Baralhada de Daniel Negreanu

Daniel Negreanu é salvo pelo baralho no Twitch: “Às vezes, vale a pena jogar mal”

Por Gabriel Elias


O multicampeão canadense Daniel Negreanu contou com ajuda do baralho para vencer uma mão em transmissão recente na Twitch. O dono de seis braceletes da WSOP dobrou em um torneio após shovar no flop e ver o adversário à frente naquele momento.

Com blinds em 200/400 e ante 35, Negreanu aplicou um raise no UTG para 800 com AQo. O adversário russo “*ASN*”, no botão, 3-betou para 2.400, e o canadense deu call.

O flop apresentou QJ3, com duas cartas de paus. Após check, Negreanu viu o rival apostar 1.800, e tendo 5.584 fichas no stack, optou pelo all in. “Eu quase foldei pré-flop, mas acho que temos que ir all in aqui”, disse o jogador na hora de tomar a decisão.

O russo deu call, e mostrou AA. Ele vencia a mão naquela altura, superando o par de Q do canadense. Mas após o turn, tudo mudou. Uma Q de espadas possibilitou a trinca para Negreanu, que comemorou bastante.

O river trouxe um 7 de copas para completar o board, e o jogador disse: “Meu Deus! Às vezes vale a pena jogar mal. O que acabou de acontecer?”. Ele puxou o pote de 16.848 fichas, e deixou o adversário bem curto, com apenas 3.505.

Assista ao clipe da mão e opine: você tomaria a mesma decisão?

A Realidade Virtual e o Poker OnLine

Realidade Virtual pode fazer um jogo de poker online alcançar outro patamar

Jogos de habilidade com cartas, vão se beneficiar bastante desse avanço

Entre as novas tecnologias que vão chegar com tudo e se popularizar estão a inteligência artificial e a realidade virtual. E os jogos de habilidade com cartas, como o poker, vão se beneficiar bastante desse avanço, especialmente no campo da realidade virtual.

Quer saber como? É isso que abordaremos neste artigo.


Cassino ao vivo

Quando os primeiros cassinos online e plataformas de poker, blackjack e bacará se desenvolveram, o jogo era bastante simples e os gráficos idem. Aos poucos tudo foi evoluindo até chegarmos ao estágio atual.

O cassino ao vivo é um dos produtos desse desenvolvimento. Com um crupiê de carne e osso que embaralha as cartas e distribui aos jogadores, a simulação ficou muito mais realista.

Quem joga poker também já sabe que dá para jogar em uma mesma mesa com pessoas do mundo inteiro em um jogo dinâmico que pode render dinheiro. Isso irá ganhar novos contornos.


Dual Play

Uma das maiores provedoras de jogos de cassino, a Evolution Gaming, lançou o Dual Play, que nada mais é do que a possibilidade de pessoas em um cassino jogarem com pessoas online, e vice-versa, disputando o mesmo prêmio.

Se antes existia a separação, agora esse muro foi quebrado: quem está em casa pode disputar um prêmio que antes só existiria no salão e vice-versa. Será normal ver uma quantidade ainda maior de mesas e premiações ainda mais polpudas.

Essa é uma parte da evolução porque a realidade aumentada dará um passo ainda mais longe na modernidade.


Toda a experiência de um cassino

Não é algo simples poder jogar em um cassino. Eles foram proibidos no Brasil nos anos 40 e em diversos países do mundo não há estabelecimentos do tipo.

Por isso o custo de ir jogar em um cassino é alto. Além de dar um certo trabalho: transporte, possivelmente estadia, há códigos de vestimenta, valores mínimos para sentar à mesa, enfim, custos grandes.

Tudo isso foi facilitado com os cassinos virtuais, possibilitando uma experiência interessante sem esse trabalho todo. É possível jogar de pijama em casa ou voltando do trabalho para se distrair.

Só que a simulação não era tão boa. Não tem o glamour, a importância do momento, a socialização e outros aspectos.


Agora, com os cassinos em realidade aumentada, o papo é outro. A experiência será muito melhor.

Já há alguns no mercado, mas eles ainda são tímidos e precisam de trabalho, mas a ideia está ali.

O jogador colocará seu óculos VR (Virtual Reality) e poderá andar em um salão como os dos grandes cassinos de Monte Carlo, Macau e Las Vegas. Em vez de clicar no jogo, ele simplesmente se sentará à mesa, ficará à frente da roleta ou colocará a moeda na máquina de slot.


E também poderá jogar poker, claro, sentando-se à mesa, recebendo as cartas e jogando.

Esse é o próximo passo nos cassinos online que trará a sua experiência de jogar de tudo, inclusive poker, com um nível de fidelidade e imersão que nunca foi visto antes.


O que isso significará para o poker

As plataformas online de poker já foram muito responsáveis pela popularização do esporte, uma vez facilitou o contato de jogadores ao redor do mundo. No Brasil, o crescimento foi enorme é uma rotina vermos brasileiros forrando em mesas com estrangeiros.

O avanço da tecnologia, entrando na realidade aumentada e usando todas as ferramentas possíveis para criar experiências mais completas irá ajudar, sem dúvidas.

Como a realidade virtual exige a tecnologia e pesquisa e desenvolvimento de empresas grandes, a união desses mundos com o do jogo também trará ainda mais credibilidade para o setor.

Ainda não há uma previsão de quando tudo isso se popularizará. Os óculos de VR já estão no mercado há algum tempo, mas o custo é alto e não há tantas funções para eles. No momento que o timing certo for encontrado, é realmente um caminho sem volta. Seu login para jogar em uma sala de poker terá outro sentido daqui para a frente.

Fonte: CardPlayer

54s é melhor que 98s

Por que 54s é melhor que 98s

(e como isso deve impactar sua estratégia)

por Dan B. ( Tradução de Tony Kaique ) 

Desde o advento dos poker solvers, jogadores vem descobrindo coisas muito interessantes sobre estratégias pré-flop. Uma descoberta particularmente interessante e útil tem a ver com suited connectors.

Em certos cenários, os connectors menores (como 54s) são preferíveis aos mais altos (como 98s). Você está prestes a aprender o porquê e como deve ajustar sua estratégia pré-flop!

Por que alguns suited connectors são melhores que outros?

O valor dos suited connectors um em relação ao outro se resume a alguns conceitos-chave:


1. Implied odds

Os implied odds referem-se à quantidade de dinheiro que você espera ganhar (ou perder) nas streets posteriores se acertar sua mão. Esse conceito é especialmente importante no No-Limit Hold’em, pois é um grande jogo de apostas no qual qualquer jogador pode fazer all-in a qualquer momento.


2. Cartas dominadas

Dominância refere-se aos casos em que dois ou mais jogadores compartilham uma carta do mesmo valor, mas um deles tem o kicker mais alto. Por exemplo, se você tem A-J e eu tenho A-9, você me domina.

Mantendo esses conceitos em mente, vamos explorar as situações em que 54s é melhor que 98s.


Quando 54s é melhor que 98s?

54s é tipicamente uma mão melhor para jogar ao fazer 3-bet e pagar 3-bets. Por exemplo, dê uma olhada no intervalo de 3-bet cutoff vs button no Advanced Solver do Upswing Lab:

Range de 3-Bet de cutoff x button do Upswing Lab

Como você pode ver, 54s é sempre um call contra a 3-bet, enquanto 98s deve ser pago apenas na metade do tempo. Isso acontece devido aos dois motivos explicados na seção anterior: probabilidades implícitas e dominação.


Por que o 54s tem melhores implied odds?

Imagine que você está no botão e o jogador no cutoff aumenta. Você escolhe 3-betar 9♠ 8♠ e o cutoff paga. O flop vem Q ♠ J ♣ 6 ♥ e o cutoff dá check. Você aposta c-small (pote de 33%) e recebe um call.

O turn é o 7 ♦, dando a você quatro outs adicionais para uma sequência. O cutoff dá check e paga sua aposta de tamanho médio (pote de 66%). O river é um T ♦, completando sua sequência. O cutoff dá check, você dá all-in e o cutoff folda.

Há um fator-chave que tornará muito difícil ser pago com 98 nesse tipo de situação. Dê uma olhada no Q ♠ J ♣ 6 ♥ 7 ♦ T ♦ e veja se você consegue descobrir por que seu oponente relutará em pagar…

…

… ok, pronto?

Em boards que contêm Q-J-T, suas muitas combinações de AK também fazem uma sequência. Isso reduz severamente as implied odds dos seus 98s, porque o AK está sempre presente no seu range de 3 apostas, e seu oponente sabe disso. Portanto, ele tem que jogar mais passivamente nessas mesas foldando muitas de suas mãos marginais, tornando mais difícil obter valor da sua sequência com 98s.

Compare isso com 54s na mesma situação no turn (Q ♠ J ♣ 6 ♥) 7 ♦:

Suas implied odds são melhores.

Quando você acerta um 3 ou um 8 no river, sua sequência será bem disfarçada e seu oponente terá mais chances de pagar. Ele pode até colocar você em um AK perdido e pagar light.

Você poderá blefar efetivamente em certos rivers.

Quando o river for A, K ou T, seu oponente pode ter medo de AK, permitindo que você faça blefes muito lucrativos com seu 5-high. Isso explica as implied odds. Agora, vamos falar sobre dominância.


54s serão dominados com menos frequência que 98s

Quando você faz uma 3-bet, o range de call do seu oponente geralmente contém muitas mãos de 9x e 8x do mesmo naipe (A9s-T9s, A8s-T8s). Isso significa que, quando você tiver 98s, será dominado com bastante frequência e acabará perdendo potes maiores, em média.

Ao segurar 54 do mesmo naipe, por outro lado, você será dominado por apenas algumas mãos com as quais seu oponente poderá pagar (65s, A5s-A4s). Os boards que atingem seus 54s simplesmente não interagem muito com o range de 3-bet do seu oponente.


Os mesmos conceitos se aplicam ao pagar 3-bets

Jogando com 98s, é mais provável que você seja dominado por mãos que fazem 3-bet e contém um 9/8. Esse é um grande problema quando você enfrenta um range de 3-bet que contém mãos como Q8s e J9s. Os boards que você encontrará com 98s apresentam problemas relacionados às implied odds. Quando você vê um board Q-J-T e ganha todo o dinheiro, vai se sentir aliviado por não encontra o AK. Além disso, os boards que você esmaga (como 9-8-4 ou J-T-7) geralmente serão muito assustados para o seu oponente e, como resultado, ele jogará menos agressivamente com o range dele. Esses dois problemas, reduzem drasticamente suas implied odds.

Esses cenários de dominância e straight-over-straight acontecem com muito menos frequência quando você tem 54s. Claro, se o board terminar em 8-7-6 e seu oponente tiver T9, você estará ferrado, mas isso não acontecerá com frequência, pois a maioria dos seus oponentes só jogará T9 quando for do mesmo naipe (enquanto eles sempre jogarão todas as variações de AK).

Fonte: Royalpag

A História do Baralho

Uma história do Baralho, do Truco ao Poker

por Mauricio Garcia

Nunca pensei que por trás de algo simples como um baralho, pudesse existir tanta história e simbolismo.

Então, como muitos de nós apreciamos jogar truco, paciência, pôquer, buraco... enfim, aqui está a história e a evolução do baralho de cartas. Nada como jogar com conhecimento de causa.

As cartas de jogar surgiram no século 9, na China. Essas cartas chinesas antigas eram “cartas de dinheiro”, e tinham quatro naipes: moedas, filas de moedas, miríades de filas e dezenas de miríades. Eram representados por ideogramas com números de 2 a 9 nos três primeiros naipes e de 1-9 no naipe “dezenas de miríades”.

Por utilizar dinheiro nas figuras, foi sugerido que tais cartas podem ter sido papel-moeda. O design atual do jogo de Mahjong (uma espécie de dominó chinês) evoluiu dessas cartas.

Há controvérsias sobre a introdução das cartas na Europa. É provável que os precursores do baralho moderno tenham chegado através dos Mamelucos do Egito, no fim dos anos 1300. A forma do baralho já era bem semelhante ao atual, com quatro naipes (bastão de pólo, moedas, espadas e copos).

Cada naipe continha 10 cartas numeradas e três cartas da côrte: Rei, Vice-Rei e Deputado. As cartas mamelucas não mostravam figuras humanas nas cartas da côrte, mas faziam menção a oficiais militares.


No final do século 14, o uso do baralho rapidamente se espalhou pela Europa, comprovado por documentos advindos da época na Espanha, Suíça, Florença e Paris. Um livro de contabilidade de uma duquesa de Luxemburgo comprovava a compra de um baralho, com data de entrada de 14 de maio de 1379.

As cartas da época eram feitas à mão, praticamente esculpidas em alto relevo em blocos de madeira, o que as tornavam caras. Por sorte, não muito tempo depois ocorreu o advento da imprensa, por volta de 1400. Mesmo assim, as cartas esculpidas chegavam a competir com as imagens religiosas, como o uso mais comum da madeira.

Na Europa do século 15, os naipes variavam. Podiam chegar a ser cinco. Na Alemanha, eram copas, sinos, folhas e bolotas, e ainda são utilizados em alguns jogos até hoje. Na Itália e na Espanha, cartas do século 15 eram dos naipes espadas, batons, copos e moedas. O Tarô surgiu na Itália também no século 15.


Os quatro naipes de hoje

Os quatro naipes atuais - espadas, copas, ouros e paus - surgiram na França em aproximadamente 1480. O naipe de paus foi uma evolução da bolota alemã, assim como as espadas surgiram das folhas. As cartas da côrte também foram alteradas por volta desta época, para representar a sociedade européia.

Originalmente eram o Rei, o Cavaleiro e o “Knave” (Servo). A dama surgiu na Alemanha, onde as cartas eram Dama, Rei, Cavaleiro e Valete. Cartas feitas na cidade de Rouen, na França, tornaram-se então o padrão inglês, e cartas feitas em Paris viraram o padrão francês, isso por volta de 1500. No final, houve predominância do padrão parisiense.
Quem dá conta de fazer isso?


Nos jogos antigos, o Rei era sempre a carta mais alta, mas com o tempo, uma significância maior foi colocada na carta mais baixa, a esta altura já chamada de Ás, que às vezes tornava-se a carta de mais alto valor, tornando o dois a mais baixa. Este conceito pode ter sido ajudado pela Revolução Francesa, onde o Ás assumiria o mais alto valor numa simbologia das classes inferiores atingindo maior importância que a realeza.

A marcação das cartas nos cantos veio a facilitar o manuseio, mas só se estabeleceu em definitivo no final do século 18. Nesta época, a carta da côrte com mais baixo valor era o Servo (“Knave”), com abreviatura “Kn”, o que gerava confusão com a abreviatura do Rei (“K”). Em um jogo da época chamado All-fours, o Knave era também apelidado de Jack, e com a confusão estabelecida com o uso de índices com abreviatura, mudou-se o nome do servo para “Jack” e a abreviatura para “J” (o nosso valete).

A isto seguiu-se a invenção das cartas reversíveis, na França, em 1745, por um fabricante local. Mas como o governo francês controlava o design das cartas, isso foi proibido. Mas nos outros locais da Europa e também nos EUA, a idéia acabou se espalhando. As cartas reversíveis vieram a diminuir a chance de alguém espiar o outro jogador invertendo uma carta para visualizar melhor, na tentativa de ver algo, pois agora não importava mais a posição da carta.

O coringa foi uma inovação americana. Alastrou-se para a Europa juntamente com o pôquer. Apesar da figura lembrar um bobo-da-corte, acredita-se que não exista relação, até pela origem distinta. Não são usados em muitos jogos, e frequentemente são utilizados como propaganda do logotipo do fabricante.

No século 20, com a invenção de um método para cobrir as cartas de papel com uma camada plastificada, este tipo de baralho tornou-se o dominante até os dias de hoje, com uma durabilidade acentuada. Cartas inteiramente feitas de plástico foram desenvolvidas, e duram ainda mais.

CURIOSIDADES:


- A crença popular que o baralho apresenta simbologia religiosa, astrológica e metafísica se embasa em alguns dados :
- 13 cartas por naipe, mesmo número de ciclos lunares em um ano
- Preto e vermelho simbolizam dia e noite
- 52 cartas no total (sem os coringas), representam o número de semanas em um ano
- 4 naipes correspondendo às 4 estações do ano
- Se todos os valores das cartas forem somados, mais um (que se atribui a um coringa solo), o resultado é 365, mesmo número de dias no ano.
- O Ás de espadas tem sempre design diferente e com o logo do fabricante. Isto começou no reinado de James I da Inglaterra, que fez uma lei obrigando a colocação de uma insígnia real na carta como prova de pagamento de uma taxa.
Até 1960 nos EUA, a marca no Às de espadas era prova de pagamento da tal taxa. Hoje em dia, o Às de espadas é uma espécie de garantia nos baralhos americanos. Se o seu baralho tiver algum defeito, basta mandar a(s) cartas defeituosas e o Às de espadas para o fabricante e ele te repõe.
- Os Valetes de Espadas, Copas e o Rei de Ouros são desenhados em perfil, ao contrário das outras cartas. São chamados de “one-eyed” (caolhos).
- O Rei de Copas é desenhado com uma espada atravessando por trás de sua cabeça e o machado do Rei de Ouros está atrás de sua cabeça, apontado para ele. Motivos pelos quais são chamados de “reis suicidas”.
- O Rei de Ouros é o único armado com um machado, todos os outros reis têm espadas. Alguns o chamam de “o cara com o machado”.
- A Dama de Espadas é a única que segura um cetro, as outras seguram flores.
- O Rei de Copas é o único rei sem bigode. Isto é atribuído a falha na impressão dos baralhos mais antigos, pois acredita-se que originalmente ele teria bigode.
- Designs mais antigos e outros diferentes ainda predominam em certas regiões européias como Alemanha, Hungria, Espanha, Itália e Romênia.

Fonte: Papo de Homem

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Call Insano de Isildur1

Call insano deu o título a Isildur1 no partypoker Millions

Conquista do sueco veio no melhor estilo cash game high stakes; após call perfeito, em mão que decidia o destino de € 100 mil

Por Felipe De Queiroz


Viktor Blom, o Isildur1, é um gênio do poker como poucas vezes vimos igual – capaz de leituras inacreditáveis e dono de coragem única na mesa. Em 2018, o sueco fez jus a sua reputação e venceu o partypoker Millions Germany com estilo, em uma das melhores jogadas em mãos decisivas de torneio dos últimos anos.

O hero call, com par de K, diante de Pavel Plesuv, da Moldávia, foi a diferença entre o primeiro (€850 mil) e o segundo lugar (€ 750). Jogadas arrojadas com € 100 mil em jogo não são novidade na carreira de Blom. Mesmo assim, os fãs e jogadores de poker, não se cansam de admirar o talento do sueco.


Relembre a mão (Veja no vídeo também)

Na jogada final, Blom aumenta para 35.000.000, com K♥ 6♦ Plesuv paga com Q♦ 7♦. No flop, Q♥ 9♥ K♦, ambos acertam um par. Plesuv dá check e call, após aposta de 45.000.000 do sueco.

O turn apresenta A♦ e Plesuv dá check de novo; Blom aposta 105,000,000, e o moldavo paga. O river traz 5♥  e Plesuv vai all-in. Os stacks eram muito parecidos e a essa altura era quase certo que o vencedor da mão seria o campeão.

Blom, após pensar bastante, por mais de um minuto, passa a impressão que vai desistir, mas paga a mão com um par do meio para finalizar o festival do partypoker com estilo.

Fonte: Codigo Poker

Qual a Melhor Estratégia

Seleção de mão inicial: qual a melhor estratégia?

por Rafael H.


Para jogar o No Limit Hold’em, não existe uma seleção de mão inicial que seja correta para todas as situações. Isso ocorre, pois, devido ao decorrer do jogo, vários estilos de jogo são lucrativos.

No entanto, existe sim uma seleção de mão inicial que se sae melhor contra certos tipos de adversários. Saber quais mãos são contra quais adversários podem significar a diferença entre um bom jogador de poker e um fantástico jogador de poker.

Para as mãos mais fortes, claro, não importa como o seu oponente jogue. Você sempre aumentará com mãos como AA, KK, AK, AJs, por exemplo.

Essas mãos são tão fortes que aumentar é sempre uma jogada lucrativa em um jogo de seis posições no máximo.

Como você joga a parte inferior do seu range, no entanto, depende de como o seu oponente joga. Portanto, para saber mais sobre qual a melhor estratégia de seleção de mão inicial, confira o nosso artigo de hoje.

Jogando contra o Calling station

Um Calling station gosta de dar call, então neste caso, você tem que adicionar mais mãos de par superior em uma seleção de mão inicial.

A primeira coisa a se perguntar é “de onde virão meus ganhos?” Com um Calling station, seu maior lucro virá das mãos fortes. Isso ocorre, pois, dar call com mãos mais fracas é muito típico de um Calling station.

Um Calling station geralmente tem as seguintes características: Eles não prestam atenção à posição, eles pagam muitas mãos pré-flop e desistem muito pouco no pós-flop.

Portanto, se você jogar contra um Calling station, então você terá que adicionar mais mãos com o valor do par mais alto na seleção de mão inicial.

Assim sendo, mãos que você pode levantar contra um Calling station são AA, AK, KK, KJ, QK, por exemplo.

Além disso, um Calling station comete erros que um jogador regular não fará. Eles vão pagar um raise com A ♦ 2 ♥ e três apostas pagam no flop, turn e river quando há um ás no flop.

Em outras palavras: Quando seu oponente joga com uma seleção de mão inicial maior de mãos dominadas, você também deve jogar uma maior variedade de seleção de mão inicial.

Jogando contra os jogadores regulares

Seus ganhos contra jogadores regulares não vêm de uma seleção de mão inicial dominada. Fazer call com uma mão dominada é algo que um regular simplesmente não faz com frequência.

Um regular não cairá em três streets com o mesmo A ♦ 2 ♥ quando houver um ás no flop. Você pode ter um ás fraco em um valor de rua, mas quando há muita ação, um jogador regular não estará sempre disposto a continuar chamando.

Contra um regular, a maioria de seus ganhos virão das situações em que você sabe como fazer com que ele dê a melhor mão.

Neste sentido, a maior vantagem de uma seleção de mão inicial Connector do mesmo naipe é que, com essas mãos, você pode acertar um flush no flop ou no turn, e assim você pode continuar jogando.

Um bom exemplo disso: Você tem 6 ♣ 7 ♣ no cut-off e aumenta. Um regular no big blind chama. O flop traz 8 ♣ 3 ♠ 2 ♦. Ele verifica e você aposta $ 12.

Um jogador regular irá pagar com qualquer par de mãos nessa situação, já que ele sabe que muitas vezes você vai apostar nessa situação. Ele da call e o turn é um T ♣. Ele passa e você aposta.

Ele não tem ideia se você tem um overpair, um oito, um dez ou o que for. A única coisa que ele sabe é que o pote está se tornando cada vez mais desfavorável a ele.

Sua mão também melhorou nesse meio tempo. Você agora tem um gutshot straight-flush draw e mesmo na situação em que você da call, você ainda tem 12 outs para ganhar a mão.

Por essa razão, um Connector é recomendável nesta situação. Além disso, elas geralmente melhoram no turn.

Se você acertar uma carta de seu naipe no flop, você irá melhorar 1 em 4,7 vezes para um flush draw no turn.

Se você continuar apostando com overcards, seu oponente sempre terá uma decisão difícil. É difícil obter valor dos regulares, mas é mais fácil blefar contra eles.

Assim sendo, se eles não desistirem, você pode acertar sua mão e ganhar seu stack ou perder, mas então faça com que eles desistam apostando no river também.

Blefar com equidade é sempre melhor do que blefar sem equidade, já que você cria uma saída com isso. Você espera que seu oponente desista, mas não é totalmente sem chance se eles não desistirem pois você ainda pode acertar as cartas.

Conclusão

Um Calling station gosta de continuar pagando com as mãos dominadas, enquanto os regulares não farão isso rapidamente. As vezes que você vê um regular dando call com uma mão dominada, então provavelmente há um cooler.

Infelizmente, você não pode confiar em coolers para obter lucro com jogadores regulares. No final, você obtém tantos coolers comparados a eles.

A diferença na sua taxa de vitórias vem das vezes em que você faz ele foldar a melhor mão com mais frequência.

Fonte: Shark Poker Reviews

Aula de Poker com Profissional

Estrela de TV americana ganha aula de poker com craque como presente de aniversário

Por Gabriel Elias

A apresentadora e comediante americana Ellen DeGeneres ganhou uma aula de poker de presente pelo aniversário de 62 anos, completado no último domingo (26). A esposa de Ellen, Portia de Rossi, surpreendeu a companheira ao dar uma sessão de coaching particular com Vince van Patten, jogador e comentarista do WPT.

Uma parte da aula foi publicada por Rossi em seu Instagram. Nela, Van Patten aparece ensinando algumas dicas do jogo para Ellen: “Geralmente, quando as pessoas atuam como fracas, elas estão fortes”. Assista.

Ellen DeGeneres é uma das personalidades mais famosas da TV dos Estados Unidos. Ela apresenta um talk show chamado “The Ellen DeGeneres Show”, há 16 anos, na emissora americana NBC. O programa possui média de audiência de 3 milhões de telespectadores, uma das atrações diurnas mais assistidas nos EUA.

Ela também é a única pessoa a apresentar o Oscar, o Emmy e o Grammy, três principais premiações americanas do mundo audiovisual. Além de apresentadora e comediante, Ellen já atuou em filmes e séries, assim como foi dubladora. Seu principal trabalho em filmes se deu em 2003, quando dublou a personagem Dory na animação “Procurando Nemo”, dos Estúdios Pixar.

Com pouco mais de US$ 100 mil em resultados ao vivo, segundo o HendonMob, van Patten ganhou destaque no meio do poker com seu trabalho como comentarista do WPT. Há mais de 10 anos, ele atua nas transmissões ao vivo do circuito. Além disso, é ex-tenista profissional e chegou a atuar como ator no filme “Seven days to Vegas”.

Fonte: SuperPoker

A Confiança e o Poker

O Fator Confiança

por Alan Schoonmaker


“Como eu pude ser tão idiota?” é o título do meu primeiro artigo desta série  que venho escrevendo e a primeira pergunta do fascinante livro de Jason Zweig, Your Money & Your Brain (Seu Dinheiro & Seu Cérebro). Foi escrito para investidores — e poker é uma forma de investimento. Esse livro prova que o nosso cérebro nos faz pensar que somos muito mais espertos do que realmente somos. Hoje, vamos falar sobre confiança.


Confiança é essencial

A falta de confiança gera incertezas, e pessoas indecisas não podem ser bom investidores ou jogadores de poker. Zweig quase ignora isso. Quando ele fala de confiança, ele foca na verdade no excesso de confiança, em suas causas e seus efeitos. “O caminho para o inferno é pavimentado pelo excesso de confiança” — verdade para investimentos, para o poker e para a vida.


Excesso de confiança está em todo lugar

Uma pesquisa feita com 50 motoristas mostrou que quase dois terços deles diziam dirigir melhor do que a média. Todos eles estavam em um hospital e 70% foram considerados culpados por suas batidas, sendo que 44% possivelmente enfrentaria acusações criminais.

É comprovado cientificamente que uma das características fundamentais do ser humano é pensar que ele é melhor do que realmente é. Se você perguntar a um grupo de 100 pessoas: “Comparado com as outras 99 pessoas aqui, quem é melhor do que a média em X?” Certamente, 75% das pessoas levantarão a mão, independentemente se X for dirigir um carro, jogar futebol, contar piadas ou usar bem a criatividade — apesar do fato que, comprovadamente, mais da metade das pessoas estaria abaixo da média do grupo.

Autoavaliar-se é mentir para si próprio. Dentro de cada um de nós esconde-se um charlatão que nos encoraja a uma imersão à parte mais inflada do nosso ego.


Estou no controle

O charlatão citado acima também nos faz acreditar que temos controle sobre evento incontroláveis. Mesmo quando os resultados são aleatórios, nós acreditamos que nossas decisões são melhores do que aqueles que outras pessoas fazem pela gente.

Vamos a um exemplo. Duas pessoas compra um bilhete de loteria. A primeira escolhe os próprios números. A segunda recebe números aleatórios. Antes do sorteio, se tentamos comprar seus bilhetes, por ter escolhido os próprios números, a primeira pessoa sentirá que de alguma maneira ela pode vencer as odds e que seu bilhete é especial, então seu preço será bem maior do que o da segunda pessoa.

Estudos apresentados no livro mostram que as pessoas se sentem mais confiantes quando realizam as próprias ações. Comprometimento gera confiança, mesmo quando a probabilidade de sucesso seja mínima.

Acreditar que estamos no controle reduz a atividade neural de áreas do cérebro que processam a dor, ansiedade e conflito. Ao ajudar a reduzir a rede angústias do seu cérebro, a ilusão de controle pode realmente trazer conforto.

A ilusão de que estamos no controle é mais forte quando uma atividade:

• Aparenta ser parcialmente aleatória.

• Oferece múltiplas opções.

• Envolve competir contra outras pessoas.

• Requer esforço.

• Parece ser familiar.

• Pode ser praticada ao longo do tempo.

Como o poker reúne todos os fatores acima, nós acreditamos com frequência quando aquele charlatão nos diz que somos melhores do que realmente somos. Nos lembramos de todas nossas boas jogadas, mas esquecemos ou minimizamos nossos erros. Incomodamos as outras pessoas com histórias de bad beat apenas para proteger nossos egos e preservar nossas ilusões.


A sorte está sorrindo para mim

Uma sequência de sucessos faz você se sentir que está jogando com o dinheiro da casa. Veja bem, apostadores costumam dividir mentalmente o dinheiro em “dois baldes”: o próprio dinheiro e o dinheiro da casa. Seu capital inicial é o seu próprio dinheiro, o que você ganha depois (lucro) é o dinheiro da casa. De alguma maneira, perder o “dinheiro da casa” machuca menos — o que é um pensamento errôneo, já que o valor do dinheiro é o mesmo.

Ganhar repetidamente, o que no poker chamamos de upswing, nos faz sentir que o futuro é mais previsível. Se você consegue ganhar 100 mil dólares em um mês jogando torneios de poker, seu cérebro automaticamente o faz acreditar que o próximo mês será da mesma maneira. Ter sucesso por determinado período lhe faz acreditar que a sorte está do seu lado, que nada é aleatório. O sucesso precoce faz as pessoas acreditarem que elas têm pode sobre um processo que pode ser totalmente aleatório. Agora, em vez de atribuir os resultados a algo abstrato como o acaso, a pessoa passa a materializar a sorte, uma força que está sempre ao seu lado. Isso leva investidores a fazerem investimentos descuidados e jogadores de poker a correrem riscos estúpidos, o famoso “jogar dinheiro no lixo”.

Quando um jogador de poker ou um investidor sente que nada pode detê-lo, ele invariavelmente cometerá erros amadores que, para pessoas que olham de fora, são inaceitáveis ou simplesmente estúpidos.


Profeta do acontecido

“Eu imaginei”. “Eu já sabia”. “Óbvio que iria dar errado”. Quem nunca disse isso para si próprio ou para outra pessoa? Ou quem nunca ouviu isso de alguém? Muitas vezes isso é consequência daquele charlatão interior, que nos faz acredita que o futuro é mais previsível do que possa ser. Ele faz você se sentir um idiota quando olha para trás, mas também é quem lhe faz agir como idiota até o desenrolar dos acontecimentos. Muitas vezes, os resultados são apenas inevitáveis ou surpreendentes.


Seu maior desafio

Você pode acreditar que seu maior desafio está em dominar a teoria do jogo, a leitura de mãos e os “tells” dos adversários, mas a verdade é que o único grande desafio que você deve encarar é lidar com a verdade sobre você mesmo. Lute contra seu ego, que deseja mentir para você e para os outros. Perto disso, nada merece ser chamado de desafio.


Algeme seu charlatão interior

Já que ele é muito poderoso, você precisa de algemas fortes — e as melhores são registros detalhados e precisos. Não registre apenas seus resultados. Olhe com cuidado por que você está ganhando e por que está perdendo, e não minta para si mesmo sobre esses motivos. Sempre achamos que a habilidade nos faz ganhar e o azar nos faz perder. Não caia em mais essa pegadinha do cérebro. Pensar dessa maneira nunca fará com que você aprenda com seus erros, impedindo que você evolua. Abrace seus erros. Ao aceitar seus erros em vez de enterrá-los, você transforma deficiência em qualidade.

Em termos simples, para de se enganar. Analise, aceite e trabalhe suas fraquezas. Gradualmente, você melhorará suas habilidades e seus resultados.

Fonte: CardPlayer