quinta-feira, 28 de junho de 2018

Doyle Brunson em Cash Game do Bellagio

Uma semana após aposentadoria, Doyle Brunson é visto em cash game high stakes no Bellagio


Doyle Brunson



Poucos dias depois de anunciar a sua aposentadoria das mesas, a lenda Doyle Brunson parece não ter se aguentando de saudades da adrenalina do poker e foi visto nas mesas do Bobby’s Room, uma das salas com o cash game mais caro de Las Vegas, localizado no cassino Bellagio.

O registro foi feito pelo craque dinamarquês Gus Hansen. 





Fiquei em casa por três dias enquanto acontecia o US$ 50k e realmente senti sintomas de abstinência. Eli e Mike Sexton me conhecem melhor do que eu mesmo (risos).

Brunson havia anunciado sua aposentadoria alegando que ficaria um pouco mais de tempo com sua esposa, que não está bem de saúde. Em entrevista ao Poker Central a lenda disse. “Estou planejando me aposentar após esse verão. Minha mulher não está muito bem de saúde, e eu ficarei com ela até o fim da vida dela ou da minha. Esse é o último tempo que nós temos para ficar juntos, e agora cada dia que eu saio de casa me sinto culpado”.

Em seu último torneio na WSOP, o craque disputou o Evento #23 (US$ 10.000 2-7 Single Draw Championship), encerrando a participação na sexta colocação. A eliminação da lenda foi cercada de muita emoção e aplausos.






segunda-feira, 25 de junho de 2018

Defendendo uma Mão Fraca


COMO EVITAR SER ESMAGADO DEPOIS DE DEFENDER UMA MÃO FRACA



por Michael Brady - traduzido por Luigi Soncin


Nota do tradutor: esse artigo contém conceitos avançados para jogadores iniciantes. Portanto, se você se considera um jogador em formação tenho duas coisas para te dizer:

Permita-se ler o artigo até o final, mesmo que não entenda-o completamente
Com esses conceitos um novo mundo, com novas jogadas, irá se abrir!


Muitos de vocês sabem que se deve defender muito o big blind em torneios, mas a questão é: você sabe o que fazer depois? Mais especificamente: como você deveria jogar pós flop depois de defender uma mão fraca?

É fácil se perder e cometer erros enquanto estamos jogando uma mão fora de posição, especialmente se você não está acostumado a jogar com tal mão, e é mais fácil ainda quando estamos enfrentando apostas em várias streets.

Então seguem 4 dicas que farão seus adversários se arrepender do dia que eles abrirem light no seu big blind.


DICA 1: VOCÊ NÃO PRECISA CONTINUAR COM CADA PEDAÇO

Não se sinta obrigado a jogar de check-call toda vez que se conectar com o board depois de defender com uma mão fraca. Você deveria considerar cada situação individualmente e tomar a melhor decisão possível, o que muitas vezes significa fold.

Decisões em cada rodada de aposta são independentes umas das outras. Não é divertido fugir no flop depois de realizar um call lucrativo pré-flop, mas fugir no flop não torna seu call pré-flop menos lucrativo.

Eis uma mão que foi jogada por um membro da Upswing que demonstra tal conceito:

MTT ONLINE 9-HANDED. O STACK EFETIVO É DE 32 BLINDS.

Herói recebe 6♣ 4♥ no big blind
UTG aumenta para 2.2bb. UTG+2 paga. Todos fogem até o herói. O herói paga.

Flop (8.2bb): 5♦ T♦ 8♠
Herói pede mesa. UTG aposta 4.5bb. UTG+2 foge. Herói paga.

Turn (17.2bb): 7♣
Herói aposta 4bb. UTG paga.

River (25.2bb): Q♥
Herói dá all-in de 34bb. UTG calls and mucks K♦ K♥.

Agora, vamos ver o que o jogador de torneios high stakes, Pratyush Buddiga, pensa sobre essa mão


ESSE É UM FOLD NO FLOP. EIS O MOTIVO:

O range de cbet do UTG deve ser muito forte em um pot com três pessoas. É pouco provável que ele dê uma continuation bet light contra dois jogadores em tal flop, que tem uma textura bastante dinâmica. Se o UTG errasse completamente o flop com uma mão como AKo ou K♣ Q♣, ele provavelmente desistiria. Então, nós devemos assumir que o range de aposta dele é forte e, portanto, devemos realizar um fold “tight”.

Nós temos draws melhores para continuar. Nós temos muitos draws – brocas, duas pontas e flush draws – no nosso range nesse flop. Se nós continuarmos contra uma bet com todos eles nosso range será muito fraco no turn em um pote inchado.

Continuar com 76 até QJ provavelmente é melhor nesse flop, apesar de que deveríamos considerar fugir os draws marginais do meio (por exemplo J♥ 7♥). Fugir as brocas mais fracas (64, 74, 96) a não ser que elas tenham um backdoor* flush draw.

*Backdoor flush é a situação em que você tem 3 das 5 cartas necessárias para se completar um flush.

Liderar no turn faz sentido porque o 7♣ é uma ótima carta para nosso range; mas sair apostando no turn como esse é uma estratégia complexa, apesar de ter sido implementada corretamente. Nós queremos liderar com alguns blefes para balancear o grupo de mãos que sai apostando no turn, e dar mesa com algumas mãos fortes para “proteger” nosso range de check no turn (na dica 4 falaremos mais sobre sair apostando).

A overbet no river é boa. Nosso range é polarizado – ou nós temos uma mão muito forte ou um blefe – e o grupo de mãos do nosso adversário está pendendo para um par. Desde que todos os nossas apostas por valor serão 2 pares ou jogos melhores, nós podemos apostar mais que o pote confortavelmente e esperar ser pago por uma mão pior.


DICA 2: TOME CUIDADO PARA NÃO BLEFAR DEMAIS QUANDO SEU RANGE ESTIVER CHEIO DE DRAWS

Quando seu range contém muitos draws, é importante categorizá-los cuidadosamente. Apostar muitos draws resultarão em blefar demais, fato que seu adversário pode explorar ao te pagar com mãos mais fracas do que o normal. Por exemplo: numa situação hipotética ao invés de te pagar apenas com o primeiro par ou melhor, ele comece a te pagar com segundo ou até terceiro par. Por outro lado, cada draw que você joga de check-fold é uma oportunidade em potencial que você perde.

Vamos dar uma olhada em outro exemplo:

MTT ONLINE 9 HANDED. O STACK EFETIVO É DE 93.2BB

Herói recebe 9♥ 8♠ no big blind
5 pessoas fogem e o Cut Off (CO) aumenta para 2.2bb. Button e Small Blind fogem e o Herói defende.

Flop (6.1bb): 2♣ Q♦ T♥
Herói check. CO check.

Turn (6.1bb): 6♣
Herói aposta 4.4bb. CO foge.


98 é uma aposta obrigatória no turn. Nós temos muitas pedidas de sequência no nosso range, então nós devemos apostar apenas com algumas delas para evitar blefar demais. Então, eis o COMO nós devemos categorizar nossas pedidas de sequência nesse turn:

Aposte com combo draws (por exemplo: 4♣ 3♣, 9♣ 7♣) e duas pontas baixas (J9 e 98)

Check-call ou check-raise com os straight draws maiores (KJ and K9)

Jogue uma estratégia mista – aposte metade das vezes e jogue de check-fold outra metade das vezes – com as brocas intermediárias (J8, 97, e 87)

E check-fold os straigh draws mais baixos (54, 43, e 53)

Essa é uma estratégia padrão sólida que nos protegerá do erro de blefar demais enquanto estamos “empurrando”/gerando uma fold equity adequada no turn. (Nota: se nós conhecemos nosso adversário e ele foge muito para apostas no turn nós conseguimos atacar essa fraqueza – isto é, explorá-lo – ao apostar mais com as brocas intermediárias).

Como nós jogaremos no river dependerá de que carta cair:

Se o river for uma carta de paus, nesse caso, nós deveríamos continuar blefando com as pedidas de sequência que não acertaram que tem um paus e, portanto, que bloqueiam o flush.

Se o river for uma carta qualquer, então não ter um paus na mão é o ideal porque aumenta a probabilidade que o CO tenha um flush draw que não acertou, que muito provavelmente fugirá ao enfrentar uma aposta nossa.

Em rivers que dobram a mesa, nós deveríamos tomar muito cuidado em blefar, porque nosso oponente estará muito inclinado à pagar depois de haver a chance de muitos draws terem errado o river.


DICA 3: SLOW-PLAY ALGUMAS MÃOS FORTES PARA PROTEGER SEU RANGE DE CALL

Profissionais e amadores tendem a fugir muitas vezes contra apostas no river. Esse é um erro que custa caro desde que o pote é, na maioria das vezes, bem maior no river.

Existem duas maneiras de remediar o fold frequente no river:

Slow-play mais vezes com as mãos fortes no flop e no turn, porque assim nós podemos fortalecer nosso range no river ao jogar devagar as nossas mãos mais forte

Pagar no flop e no turn com mãos mais fracas (“mais light”). Se você dá muito “hero folds” no river com mãos como top pair, pagar até o final mais vezes pode ajudar sua taxa de ganhos tremendamente. Reconhecidamente, pagar uma grande aposta no river com menos do que uma mão estrelar pode parecer assustador, mas você precisará se acostumar a isso para competir com a população que joga poker, porque ela está sempre em evolução

Vamos a mais um exemplo:

MTT ONLINE 8-HANDED. O STACK EFETIVO É DE 53.5BB

Herói recebe 9♦ 5♠ no big blind
UTG foge. UTG+1 aumenta para 2.2bb. 5 pessoas fogem. Herói paga.

Flop (6.2bb): 9♠ 5♣ Q♦
Herói dá mesa. UTG+1 aposta 2.8bb. Herói aumenta para 9.4bb. UTG+1 foge.


Dar check-raise com os dois pares menores é algumas vezes aceitável, mas nós deveríamos geralmente nos inclinar a apenas pagar para proteger nosso range. Nós temos mãos mais fortes para dar check-raise, nesse caso, incluindo 99, 55, Q9 e Q5.

(Nota: alguém poderia dizer que como 95 não bloqueia o primeiro par ele funciona melhor do que Q9/Q5 como check-raise. Ambas visões são boas, desde que nós não joguemos de check-raise cada combinação todas as vezes).

Se dermos check-raise no flop com cada dois pares ou melhor, o topo (a parte mais forte) do nosso range de call se torna top pair. Isso fará com que seja difícil para até o river com uma frequência suficiente contra apostas no turn e no river com um range que terá a força “capada”.

Outro procedimento é usar uma estratégia mista – por exemplo: check-raise na maioria das vezes, check-call no outro restante das vezes – com todas as nossas mãos fortes nesse flop. Essa estratégia é mais difícil de ser implementada corretamente, mas ela faz com que nosso range se torne mais versátil e nos dá uma jogabilidade maior nas rodadas seguintes.


DICA 4: CAPITALIZE NOS FLOPS DOBRADOS QUE TE DÃO VANTAGEM DE RANGE

Prat tocou no assunto de liderar a aposta no turn no exemplo da dica 1, mas executar uma estratégia lucrativa de lead no bordo (5♦ T♦ 8♠ 7♣) é difícil. Você gostaria de balancear não apenas seu range que sai apostando (leading range), mas também seu range de check-call assim como o range de check-raise.

Em turns que pareiam uma carta intermediária ou baixa, sua vantagem de range é grande o bastante para garantir sair fazendo uma aposta pequena com todas as cartas do seu range.

Eis uma outra mão que Doug Polk jogou no WCOOP:

MTT ONLINE 8-HANDED. O STACK EFETIVO É DE 23BB

Herói recebe T♥ 5♣ no big blind
5 pessoas fogem. BTN aumenta para 2.5bb. SB foge. Herói defende.

Flop (6.6bb): J♦ 5♠ 8♥
Herói pede mesa. BTN aposta 2.8bb. Hero paga.

Turn (12.2bb): 5♦
Herói aposta 3bb. BTN paga.

River (18.2bb): 6♣
Herói vai all-in com 14.7bb. BTN paga e esconde J♥ T♣.


Defender T♥ 5♣ contra um aumento do button é ok. Contra qualquer outra posição, que atacará com menos mãos, isto é, com um range mais tight, nós provavelmente devemos considerar fugir contra um raise de 2.5bbs pré-flop.

No flop temos um check-call muito claro. Com chances melhores de 3-para-1 (ou seja, precisando ter apenas 25% de equidade para realizar um call lucrativo) nosso terceiro par tem uma ampla equidade para pagar (considerando que o adversário c-bet grande parte do seu range).

O 5♦ do turn nos dá uma vantagem de range significativa, então nós lideramos ~25% do pote com todo nosso range. O button tem muitos incentivos para jogar de check depois desse 5♦ no turn porque ele raramente terá uma trinca (já que ele geralmente não apostará o terceiro par no flop) e nós temos muitas combinações de trinca (uma vez que jogaríamos de check-call com todos os “bottom pairs” no flop). Essa aposta baixa no turn, impede que o adversário dê check atrás e, quando ele fugir, impede que ele realize sua equidade.

No river temos um shove óbvio. Não queremos criar uma armadilha desnecessária com nosso stack menor que o tamanho do pote. Nós podemos balancear nosso range nesse river ao também jogar nossas pedidas de sequência que erraram (T9, T7, QT, Q9, por exemplo).


RÁPIDA REVISÃO SOBRE COMO JOGAR MÃOS FRACAS:

1 - Não se sinta obrigado a continuar cada vez que acertar o flop

2 - Tome cuidado para não blefar demais quando seu range for recheado de draws

3 - Slow-play algumas mãos fortes no flop para proteger a força do seu range de call

4 - Quando você pegar uma vantagem de range, salte sobre ela e ataque!

Espero que essas dicas te tragam uma taxa de ganhos maior no big blind.

E se você ainda está desconfortável com a ideia de jogar 6♥ 4♠ depois do flop, eu sugiro que jogue alguns torneios baratos para ganhar experiência com um risco pequeno ao seu bankroll. Você encontrará oportunidades para implementar estratégias que você aprendeu hoje e logo será suficiente para que você se sinta bem ao defender o big blind independentemente da carta.

Isso é tudo que tenho para hoje. Grande abraço!




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domingo, 24 de junho de 2018

A Mão que Mudou a História do Poker


Para muitos, a mão que decidiu a World Series of Poker de 2003 foi o bluff que Chris Moneymaker fez em Sam Farha durante o heads-up. Mas antes disso aconteceu uma mão em que Chris Moneymaker esteve muito próximo de perder toda a sua stack.

A mão foi jogada contra Phil Ivey e determinou a sua eliminação. Um milagroso river salvou Chris Moneymaker no torneio, que depois viria a ganhar para mudar a história do poker online. O efeito "Chris Moneymaker" originou um autêntico "boom" no poker online e tornou o poker mundialmente famoso.

Veja abaixo essa mão completa!!!





sexta-feira, 22 de junho de 2018

A Ficha que Nunca Caiu


Jack Strauss: Uma vida de blefes históricos e vitórias incríveis



por  Diego Scorvo


O que é preciso para vencer um torneio de poker? Das diversas respostas que você ouvir, as mais comuns devem ser, habilidade, um pouco de sorte, calma e sabedoria. Sem a pretensão de desmerecer qualquer resposta, Jack Strauss provou que antes de tudo, para ser campeão você precisa apenas de uma ficha e uma cadeira.

Natural do estado do Texas, nos Estados Unidos, o jogador nasceu durante a grande depressão, em 1930. Os tempos eram difíceis para a maioria dos norte-americanos, e aqueles que não sucumbiram às dificuldades, aprenderam que valorizar o que tinham era muito importante. E foi assim que Strauss administrou a sua carreira, apreciando cada ficha que tinha, e nunca caindo quando ainda podia ficar de pé.

Strauss foi um jogador milionário e membro do Hall of Fame do poker, mas o “Treetop” (ganhou esse apelido por causa da sua altura) não é conhecido por essas conquistas, e sim pela virada mais impressionante na história dos torneios ao vivo. Durante o Main Event da World Series Of Poker (WSOP) em 1982, Strauss resolveu que era hora de fazer uma grande aposta. Ele empurrou todas as suas fichas em direção ao pote. Porém a mão foi desfavorável, e o jogador perdeu todo seu stack. Era o fim do torneio para ele.

O que você faria se um adversário lhe oferecesse a oportunidade de ver uma das suas cartas? Se você pensou em aceitar, Jack Strauss mostrou que nem sempre isso pode ser bom.

Jack Strauss se levantou, cumprimentou seus adversários e se encaminhou para fora do saguão. Era hora de ir embora. Entretanto, na contagem de fichas foi constatado que ele tinha uma montanha maior do que a do seu adversário, o que lhe matinha vivo no evento. Porém, o seu stack se resumia a uma única ficha.

Repetindo o milagre da repetição, aquela ficha de 500 se multiplicou e Strauss conseguiu vencer todos os seus adversários, conquistando o título do torneio de poker mais importante do mundo. Após a vitória, uma premiação de 520 mil dólares e a certeza de que, “Uma ficha e uma cadeira são tudo o que você precisa para ganhar no poker”.

A grande vitória no Main Event da WSOP em 1982 imortalizou o nome de Jack Strauss. Não havia jogador nos Estados Unidos que não se lembrasse da ficha salvadora. Os fãs eufóricos com o feito sonhavam em rever a façanha em qualquer evento que fossem. Para aqueles que pensavam que a sua carreira ficaria presa a grande virada, Jack Strauss mostrou que tinha um ás na manga.

Ao contrário de muitos, o jogador não ficou preso ao grande feito, e anos mais tarde aplicou um blefe que também entrou para história do poker. Após uma série de mãos vitoriosas no cash game, Jack Strauss decidiu que não havia o porquê de não participar da próxima jogada.

Ao receber 7-2, uma mão fraca, optou por continuar firme com a sua proposta e apostou. Dos seis jogadores presentes na mesa, apenas um continuou na rodada. As cartas do flop foram 7-3-3, o que dava a Strauss dois pares, uma boa mão, porém ele sabia que estava atrás do seu adversário, que logo em seguida aumentou a aposta. Sem hesitação, Strauss pagou e eles foram para o turn.

Jack Strauss tinha o apelido de “Treetop” devido a sua altura. O jogador tinha 2,06m

A quarta carta comunitária foi um 2, o que não o ajudou em nada. Entretanto, mais uma vez ele seguiu adiante e fez a sua aposta, o que deixou seu adversário em dúvida pela primeira vez.

Percebendo a inquietação do jogador, Strauss lançou a seguinte proposta: “Se você me der uma ficha de 25 dólares, eu deixo você ver uma das minhas duas cartas”. Apesar de achar a troca inusitada, o homem resolveu pagar. Após alguns segundos de muita tensão e mistério, a carta revelada foi um 2. O jogador logo em seguida largou a mão, e Jack Strauss ficou com o pote.

A virada de Jack Strauss no Main Event da WSOP imortalizou o ditado do poker, “Uma ficha e uma cadeira são tudo o que você precisa para ganhar no poker”

Para o seu adversário, Strauss só poderia ter um par de 2, o que lhe garantia um full house, a terceira mão mais forte do Texas Hold’em. E foi assim que com uma mão fraca e uma grande ideia na cabeça, Jack Strauss conseguiu passar aquele que é para muitos, o blefe mais brilhante da história do poker.

Em 1988, o jogador faleceu fazendo o que mais gostava, jogar poker. Um enfarto fulminante o matou durante uma partida de high stakes. Jack Strauss encerrou a sua carreira com dois braceletes de ouro da WSOP, e entrou para o Hall of Fame do Poker no mesmo ano da sua morte.






terça-feira, 19 de junho de 2018

Preparando Armadilhas no Poker


Há Outras Formas de Preparar Armadilhas Além do Slow Play



Quando alguns jogadores de no-limit hold’em pensam em “armadilhas”, eles imediatamente pensam em “slow play”. De fato, alguns irão igualar os dois, erroneamente acreditando que esta é a única maneira de preparar uma armadilha para um oponente depois do flop.

Preparar uma armadilha, na verdade, refere-se a uma estratégia mais ampla pós-flop que pode, mas não necessariamente envolve fazer um slow play. Você pode “preparar uma armadilha” e ainda jogar a mão “para frente” por apostar e aumentar for valor.


Preparando uma armadilha com o Slow Play

Todos nós estamos familiarizados com o slow play, uma estratégia que pode funcionar especialmente bem em certas situações, particularmente contra oponentes agressivos. É como se fosse o oposto de blefar. Ao invés de apostar com uma mão fraca, você dá check ou paga com uma mão forte, dando a impressão através da sua ação de que esteja com uma mão fraca.

Matthew Pitt descreveu uma mão que fornece um exemplo de alguém fazendo um slow play uma mão forte com o objetivo de ganhar o maior valor possível.

Restando oito jogadores no €5.300 High Roller, Enzo Del Piero aumentou com 8♥ 7♥ e foi pago por Pierre Neuville que estava nas blinds com J♥ 9♥. O flop veio 9♠ 9♦ K♦ e Neuville fez trips. Ao invés de dar donk bet, ele escolheu dar check e permitir que o jogador que aumentou pré-flop desse uma continuation bet, e foi o que Del Piero fez.

Neuville apenas pagou a c-bet e deu check de novo depois de a carta do turn ter sido muito segura para sua mão, um 4♣, deixando praticamente certo que sua trips de noves permaneciam como a melhor mão. Del Piero deu check behind desta vez e o river trouxe um Ac.

Com outras cartas que viessem no river Neuville poderia ter escolhido essa como a hora de fazer uma aposta. Porém, ele sabia que o As era provável que tivesse melhorado a mão de Del Piero para uma boa mão, mas, nesse caso, seria a segunda melhor mão. Caso essa carta não tivesse melhorado a mão dele, ela poderia encorajá-lo a blefar e representar ter o As em sua mão. Neuville, portanto, deu check de novo e Del Piero caiu na armadilha por ter ido all-in.

Neuville pagou, ganhou o pote e eliminou Del Piero.


Preparando uma armadilha através de uma aposta

Enquanto esse certamente foi um exemplo de um slow play, o call de Neuville no raise com Jh9h ilustra o princípio chave da “armadilha” – jogar com uma mão especulativa e depois encontrar uma maneira de extrair o valor máximo quando a mão acerta bem o bordo.

Tais exemplos de armadilhas podem começar de vários maneiras. Um jogador pode escolher abrir uma mão com J♥ 9♥ – a “suited one-gapper” com potencial de flopar um flush ou pedidas de sequência. Suited conectors (por exemplo, Q♦ J♦, 9♠ 8♠ e etc.) e pares baixos também se classificam como mãos especulativas que precisam melhorar no pós-flop para superar mãos iniciais mais fortes.

Quando tais mãos melhoram, a probabilidade do seu valor de ganhos aumenta, pois seus oponentes comumente pensam primeiro nas mãos iniciais mais fortes quando outros aumentam pré-flop. Especialmente se você tiver cultivado algum tipo de imagem tight, seu raise com J♥ 0♥ e o flop vier T♥ 8♦ 4♥, seu oponente não irá necessariamente perceber o quão bem aquele bordo acertou a sua mão (dando a você tanto uma pedida de sequência quanto uma pedida de flush). Ou se você aumentar com 6♦ 5♦ e o flop vier 9♣ 5♠ 5♥ – um bordo que parece desencorajador para um raiser pré-flop segurando cartas broadway.


Em tais casos, continuation bets são mais prováveis de serem pagas, assim como suas apostas no turn/river com você podendo extrair ainda mais valor. A “armadilha” aqui é alcançada não por fazer slow play na mão, mas por apostar e/ou aumentar com ela.

Uma mão como essa mostra-se benéfica de outras maneiras, já que também afeta a sua imagem. Você aumentou com 65 e, além disso, apostou pós-flop? Alguns oponentes não irão perceber o quão essas apostas eram por valor, ao invés disso, se lembrarão do que pareceu ser uma jogada pré-flop muito loose. Na verdade, você pode ser tight, mas agora você parece loose e, além disso, está se preparando bem para ganhar ação quando aumentar com uma mão inicial realmente forte.

Ir em frente e apostar depois de ter acertado um set com um par pequeno é outra maneira de preparar uma armadilha para o seu oponente lhe pagar. Você tem 4♦ 4♣ e o flop vem Q♣ 9♦ 4♠. Em alguns casos utilizar do slow play pode ser a alternativa correta, mas em outros ir em frente e apostar será ainda mais ilusório e, assim, uma “armadilha” mais efetiva para pegar um oponente.

Por mais que tenha sido alcançada, preparar uma armadilha significa sub-representar a força da sua mão para que encoraje os oponentes a investir suas fichas quando você os têm batidos. Porém, fazer slow play – isso é, dar check e pagar – não é a única maneira de sub-representar a mão. Apostar também pode demonstrar fraqueza, em certas situações, e, assim, passar uma mensagem de que você não está tão forte quanto realmente está.

Dar continuation bets em flops “secos” que parecem improváveis que tenham acertado a mão com a qual você tenha aumentado antes do flop é um exemplo. Então, também, pode “donk betar” – liderando com uma aposta fora de posição depois de pagar um raise pré-flop – em um flop com draws que possa ter acertado bem a sua mão. Até mesmo um check-raise pós-flop, comumente uma jogada muito agressiva que sinaliza força pode, em certas ocasiões, ser considerada como sugerindo fraqueza, interpretada como um blefe ao invés de ser vista como uma tentativa genuína de construir um pote.


Conclusão

Fazer um slow play pode ser uma forma efetiva de quando grandes potes, especialmente contra jogadores agressivos. Porém, lembre-se que há outras maneiras de preparar uma armadilha, também, o que inclui apostar com mãos fortes em situações onde suas apostas possam parecer mais como blefes do que como valor.

Artigo traduzido & adaptado do original: There Are Other Ways to Trap Than by Slow Playing




sábado, 16 de junho de 2018

Níveis de Pensamento no Poker


Níveis de Pensamento no Poker

Eles realmente existem ?




por Setembrino Lusa


Muito se ouve falar dos níves de pensamento no poker, mas eles realmente existem? ou são apenas resultado de uma estratégia bem elaborada, um misto de avaliação dos movimentos dos adversários em conjunto com o seu conhecimento de texturas de bordo e valores das apostas ?

No poker, mesmo que todo mundo esteja jogando numa mesma mesa, nem todos estão jogando o mesmo jogo. Alguns dos jogadores estão jogando um jogo de cartas, enquanto outros estão jogando um jogo de pessoas e tem os que nem sabe o que estão fazendo.

No poker, suas apostas contam uma história. Porém, para contar uma boa história, uma que seja convincente e que faça sentido, é necessário planejar, mesmo jogadores avançados ocasionalmente atiram uma aposta sem pensar se ela faz sentido ou não.

Para ser efetivo ao contar uma história, ou seja, para conseguir planejar com antecedência os diferentes resultados possíveis de uma jogada, é preciso uma boa quantidade de pensamento crítico e de habilidade.

Então vamos aos famosos Níveis de Pensamento:



Nível 0: Não sei nada


Jogadores iniciantes, principalmente os que jogam bêbados não têm noção nenhuma de o que estão fazendo. É comum encontrar pensadores de nível 0 em jogos de smallstakes ou em seus homegames. Não se “inventa” nada contra estes jogadores, eles não têm ideia do que você está fazendo, muito menos entenderão a história que você quer contar. Contra eles, mantenha o jogo simples e quando tiver uma boa mão, aposte alto para extrair o maior valor possível.



Nível 1: O que eu tenho?


Jogadores principiantes, devem ser tratados da mesma forma que no nível 0. Tudo o que eles pensam é nas cartas que têm nas mãos, e não há nenhuma preocupação com posição na mesa e muito menos pensam nos adversários.
Contra jogadores de nível 1 não deve-se tentar muitos blefs. Um blefe para ter sucesso, deve ser executado contra um jogador que está disposto a considerar o que você tem nas mãos.



Nível 2: O que meu oponente tem?


A maior parte dos jogadores encontra-se neste nível. Este é o ponto em que um jogador “começa a pensar” sobre o que você pode estar segurando, e não apenas o que eles têm em sua própria mão. Aqui estão aqueles que já têm alguma experiência no poker, mas ainda não chegaram aos níveis mais altos. Eles já têm uma noção do range dos adversários, mas ainda não sabem como utilizar o conhecimento para jogar corretamente.



Nível 3: O que meu oponente acha que eu tenho?


Neste nível o jogador já pensa sobre o que ele tem, o que você tem e o que você acha que ele tem. Jogadores do nível 3 tendem a virar lucrativo consistente nos níveis de micro stakes e são os jogadores que costumam fazer muitos movimentos de steal e continuation bet.



Nível 4: O que meu oponente pensa que eu penso que ele tem?


Neste nível de pensamento, os jogadores além de interpretarem o que você demonstra e pensa, fazem o inverso e interpretam também o que você pode ter avaliado sobre eles e utiliza isso, e age de forma a fazer acreditar, é um jogo de tendências e puramente empírico, que pode dar resultados incríveis se você tiver uma boa avaliação e consguir fazê-los errar mais.



Nível 5: O que meu oponente pensa que eu penso que ele pensa que eu tenho?


Jogar neste nível de pensamento é comprovadamente muito lucrativo, envolve fazer várias perguntas e obter respostas em sequência, como: “O que é que o vilão acha que eu imagino que ele pensa que eu tenho”. É o nível 4 elevado a um patamar mais complexo, você tem q avaliar posição, histórico de mãos entre você e os demais jogadores da mesa, valor das apostas, linguagem corporal, tels, como está sua imagem e considerar uma estratégia de validade de jogar cada mão com cada adversário.

Chegamos em algumas considerações, os níveis servem sim para denotar a capacidade de pensamento de jogadores de poker, contudo, todos tem ambasamento nas técnicas matemáticas, observação exaustiva de cada movimento de cada jogador e principalmente o mindset de cada jogador.

Vamos lá, as seguintes situações: jogar cansado; jogar bebendo; jogar com preocupações em mente: não prestar atenção na estrutura do torneio e no buy-in; e principalmente entrar em tilt; Todas essas situações prejudicam substancialmente seu jogo, fazem com que você esqueça inclusive da mais básica regra que você já aprendeu e te faz deixar de ganhar muito dinheiro.

Portanto, quando for jogar, lembre-se, mente tranquila e muita observação, utilize cada informação e cada técnica a seu favor. GL no Game.





sexta-feira, 15 de junho de 2018

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E por isso ele decidiu criar uma espécie de atalho pra quem está lutando para se tornar um jogador lucrativo nos MICRO e LOW STAKES mas que ainda não conseguiu obter nenhum resultado satisfatório.

Então o Elton resolveu compilar tudo o que deu certo para ele em um único lugar e quebrar a curva de aprendizado pela metade para que você não tenha que passar por tudo ate se tornar lucrativo.

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quinta-feira, 14 de junho de 2018

Isildur1 folda par de Ases

Durante um torneio recente o brasileiro João Simão faz o famoso jogador de High Stakes OnLine, Viktor "Isildur1" Blom, foldar um par de Ases. Sensacional o sangue frio de Simão e a já famosa falta de habilidade, em jogos live, do Isildur1.






terça-feira, 12 de junho de 2018

Estratégia Contra o Float


Estratégia contra o Float - O antidoto



Muitos jogadores iniciantes nem mesmo fazem ideia do que é o Float. O float é uma ferramenta que profissionais utilizam com frequência em seu jogo. Consiste em pagar pré-flop, pagar no Flop ou no Turn (se for preciso) e quando o oponente dar check então apostar para tirar o pode dele.

Está ferramenta pode funcionar tanto em posição como fora de posição. Fora de posição é diferente já que sua intenção é aplicar o check-call e em seguida sair apostando no Turn. Está estratégia é muito eficiente e boa, porém qualquer pessoa que a análise somente como uma forma de roubar o pote se esquece de outro ponto muito importante: seus adversários.

Como vimos até o momento sobre observação de jogadores, concluímos que basicamente existe 4 Níveis de pensamento no jogo, porém uma mesma estratégia (como o float) funciona muito bem contra muitos jogadores porém não funciona tão bem assim contra diversos outros jogadores. Meu objetivo é te ajudar a aplicar está ferramenta melhor.



Contra jogadores de Nível 1



Neste nível os jogadores jogam de forma óbvia. Se eles tem alguma mão de valor ou tenha uma mão forte, eles apostam, e se eles possuem uma mão fraca tendem a desistir com maior facilidade do pote. Por exemplo, jogadores de nível 1 com QQ e um Flop como Kxx são capazes de apostar no Flop e darem check-call no turn se a carta do Turn não for uma carta perigosa como um A. Porém se eles possuem um A alto simplesmente largam no turn. Aplicar o Float contra esses jogadores é eficiente. Se eles apostam duas vezes seguidas é porque possuem uma mão forte.


Jogadores de nível 1 jogam de forma óbvia. O Float não funciona tão bem assim contra jogadores pagadores (calling Station) e não funciona tão bem contra jogadores passivos que tendem a pagar com um range de mãos muito grande. Contra jogadores de nível 1 o Float funciona em muitos momentos, porém existem muitos jogadores neste nível que não adiantará fazer muito float. Basta diminuir um pouco a quantidade de vezes em que aplica o Float contra jogadores complicados que nos impedem de aplicar está ferramenta.



Contra jogadores de nível 4



Estes jogadores sabem o que é um float e sabem como descobrir quem gosta de aplicar o Float e sabem como utilizar diversas contra estratégia que funcionam muito bem contra jogadores que utilizam o Float com frequência. Mesmo que queira é complicado jogar contra jogadores que possuem diversas estratégias contra o Float.



Contra jogadores de nível 2 e 3



Contra esses jogadores o Float tende a funcionar melhor. Eles estão melhorando e evoluindo o jogo que possuem e como consequência ainda possuem muitas crenças e estratégias que são excelentes contra jogadores de nível inferior ao deles, porém eles tendem a não conseguirem compreender o que um jogador de nível superior está tramando contra eles.


Por exemplo, jogadores de nível 2 aprendem logo cedo que um flop que traz K92 é um Flop muito bom para aplicar a Cbet e que se alguém paga neste Flop é porque tem o K. Esse tipo de pensamento de jogadores de nível 2 é baseado que jogadores de nível 1 tendem a pagarem neste tipo de Flop justamente com o K e tendem a largar todo o resto. Como eles sabem disso, eles acreditam que este conceito vale contra todos os jogadores nesta mesma situação.


Eles ainda não percebem o quão óbvio estão sendo quando jogadores de nível superior os observam. Estes jogadores de níveis superiores por saberem disso tendem a darem call no Flop K92 enganando o pensamento do jogador de nível 2 que automaticamente irá colocar o jogador de nível superior no K ou algo próximo. Como consequência eles tendem a desistirem do pote no turn ou river. Este é um ótimo jogador para aplicar o Float em boards em que o jogador de nível 2 sabe que o flop é um ótimo para blefar. Da mesma forma que em Flops ruim para a Cbet ele raramente irá blefar, isto quer dizer que não devemos tentar aplicar o Float em situações que sabemos que ele não irá blefar. A melhor forma de blefar contra esses jogadores em Flops complicados é esperando que cartas que complicam ainda mais board apareçam como uma carta que completa o Flush a Sequência ou cartas altas que colocam medo nele.


O Float em posição é fácil aplicar, porém o Float fora de posição é um pouco mais difícil. Vamos imaginar que estamos contra um jogador de nível 2 ou superior que está aplicando o Float e nós estamos fora de posição. Nossa jogada será pagar no Flop (check-call) e tomar a iniciativa no Turn. Muitos deles tendem a largar pois tendem a fazerem a Cbet no Flop em cerca de 80% das vezes. Esse é um número muito alto que implica que além de apostar com as mãos de valor que possuem, também estão apostando com mãos com pouco valor (estão blefando ou semi-blefando). Neste caso você consegue aplicar o Float e fará ele largar até mesmo QQ no Boards K923.



Bem, sabemos o que é o Float, agora vamos aprender as contra estratégias para lidar com o Float.



Contra estratégia



A contra estratégia somente funciona se você é capaz de compreender o jogo de seu adversário. Se você sabe que seu adversário não sabe o que é o Float então ficará difícil saber ou colocar seu adversário no Float, porém se você sabe que seu adversário é capaz de aplicar o Float, principalmente em Flops e Boards ideais para o Float, então você tem excelentes razões para aplicar uma contra estratégia.


A jogada é bem simples e nós estamos fora de posição (Float clássico contra jogadores fora de posição). Se somos o agressor iremos aplicar uma Cbet no Flop e seremos pagos. Daremos check no turn (não importa com qual mão que seja) e então o adversário vai apostar. Isso é normal, e ele não faria isso por exemplo com A alto ou segundo par. Isso quer dizer que ou ele está forte ou ele não tem nada (blefando ou semi-blefando).


A jogada é apenas pagar no turn. Se o jogador que está aplicando o Float ele é pago no Turn, ele praticamente desiste da mão, já que somente uma mão como Top pair pagaria nesta situação (isso na cabeça do jogador aplicando o Float). Basicamente, ele desiste do pote. No River é muito importante pois nós estamos aplicando um ‘Float’ no Float do vilão, então somos obrigados a tomar a iniciativa no River com uma aposta que represente valor. Essa aposta tem que fazer ele pensar que você tem uma mão para tirar valor da maioria das mãos no range dele. Uma aposta excelente é apostar entre 65%-85% do pote. Isso deve ser o suficiente para amedrontar jogadores de nível 2, 3, porém contra jogadores de nível 4 que compreendem está jogada é bem mais difícil que ela dê certo. Isso não quer dizer que ela não funcione.


Se aplicar está jogada contra um jogador pagador, você será pago em alguns casos com segundo par e perceberá a jogada ruim que fez. Por isso é necessário compreender se seu oponente é capaz de aplicar o Float, se ele não for capaz de aplicar o Float (blefar) então é melhor evitar colocar ele no Float e jogar normalmente a mão.


Obrigado por ler.



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