sexta-feira, 29 de março de 2019

Quando Pagar uma Aposta no Poker



Uma forma simples como saber quando pagar uma Aposta no Poker




por Robson Martins


O curitibano Armando Marques da Silva, um apaixonado pela matemática do poker, desenvolveu uma fórmula para facilitar a vida dos jogadores de poker. Se você é um daqueles que sempre tem uma dúvida se deve ou não pagar uma aposta, o artigo dele pode ajuda-lo muito.

Par fazer o cálculo é usado o número de outs que o jogador tem em comparação com as odds. Os outs são as cartas que, se aparecerem, melhoram o jogo a ponto de ser o vencedor da mão.

Um exemplo simples: se você tem um 45 na mão e o flop vem AK2 de naipes diferentes, você tem quatro outs (todos os 3) para muito provavelmente ter a mão vencedora.

Já as odds são a probabilidade de melhorar a sua mão utilizando seus outs.

Segundo o estudo, é necessário decorar apenas quatro fórmulas para fazer uma jogada que a longo prazo é lucrativa. Vamos a elas:

Se você tiver que pagar uma aposta do adversário no valor de:
30% do valor do pote: pague se tiver no mínimo 8 outs
50% do valor do pote: pague se tiver no mínimo 12 outs
70% do valor do pote: pague se tiver no mínimo 15 outs
100% do valor do pote: pague se tiver mais de 15 outs

É óbvio que não adianta apenas decorar e usar essa fórmula para ser um campeão mundial. O poker envolve vários aspectos e a matemática é um deles. Mas saber o pot odds (a relação entre a quantidade de fichas do pote e a que você deve pagar para poder continuar na mão) é importante.

Em seu artigo, o estudioso lembra que é necessário na hora de fazer a conta lembrar que existem o “reverse implied odds”, que são as cartas que ajudam você, mas melhoram também o jogo do adversário. Além disso, que estes números são válidos de uma street para a seguinte, ou seja, do flop para o turn e do turn para o river. Do flop para o river a conta é diferente.

Sem contar que é importante o jogador entender como funciona o pot odds acima de tudo para não ser surpreendido com uma aposta entre estes valores citados, como 64% do pote, por exemplo. A fórmula correta: PO = (p + Ai + A ) / A, onde PO = potts odds, p = pote ( fichas existentes na mesa antes da aposta do adversário) Ai = aposta inicial do adversário A = aposta que você tem que pagar para continuar no jogo.


Veja um resumo do estudo de Armando Marques da Silva.

MATEMÁTICA DO POKER

SEMPRE pagar as apostas quando as porcentagem de seus OUTS forem maiores do que as POT ODDS. Faça esta comparação para poder tomar uma decisão correta no longo prazo.

DECORE AS TABELAS ABAIXO:
Se tiver que pagar uma aposta do adversário no valor de:

30% do vr. do pote – pague se tiver no mínimo 8 outs – ( 18%)
50% do vr. do pote – pague se tiver no mínimo 12 outs – (25%)
70% do vr. do pote – pague se tiver no mínimo 15 outs – (30%)
100% do vr. do pote – pague se tiver mais de 15 outs (33%)
Caso adversário esteja em ALL_IN você é o favorito se tiver 15 outs ou mais (15×4=60%) – regra do 4


Esta tabela também serve para você saber o quanto deve apostar para proteger a sua mão e não dar odds para seu adversário chamar o jogo. Leve sempre em consideração as cartas do board.


JOGANDO HEAD UP

Você é a favorito quando:
Com qualquer par: 3 para cima (52,81)….. AA ( 84,77)
Com A : . A-2 np.dif. (53,19) para cima , AKs – naipados (67,10)
Com K : 5 np dif. (51,41)para cima – K.2s naipados (51,46%) para cima
Com Q : 8 np. Dif. (51,55%) para cima – Q.6s naipados (51,48) para cima
Com J : 9 np.dif. (51,56%) para cima – J.8 naipados (52,23%) para cima
Cartas seguidas naipadas : 9.10 (51,945) para cima
Cartas seguidas de naipes diferentes : 10.J (53,77) para cima


JOGANDO CONTRA 2 JOGADORES

Par de 9 para cima (53,16%) para cima – AA ( 73,13%)

Com K.A naipado não é favorito (49,73%)

JOGANDO CONTRA 3 JOGADORES

Par de Q.Q (53,14%) para cima – KK (57,67%) – AA (63,79%)

JOGANDO CONTRA 4 JOGADORES

AA (55,76%)


PRINCIPIO DE NASH

Quando estiver jogando Heads up você poderá aplicar o principio de Nash quando estiver no SB (sempre vá de all-in ou fold) com isto vai equilibrar o jogo. Condição: quando tiver menos de 10 BB.

Para facilitar ao invés de fazer o cálculo conforme a formula de Nash, DECORE a tabela acima ref. Jogo heads up.”





quarta-feira, 27 de março de 2019

Variância em Multi-Table Tournaments - Parte 2


O Quão Grande é a Variância em MTTs?

Parte 2




Por Stuart “Zpaceman” Taylor


O segundo gráfico nos mostra uma estimativa da variância do ROI após 10.000 torneios. Embora há pequenas sobreposições, cada grupo se destacou e podem ser facilmente distinguidos.

Após uma série de 10.000 MTTs, a maioria dos jogadores estaria apto a estabelecer sua expectativa de ROI no longo prazo em torneios de 1000 jogadores com talvez +- 20%. Numa série de 20.000 torneios essa verificação do ROI seria ainda mais apurada.




A variância pode ser menor se você jogar torneios com menos pessoas. Pode levar 3000 torneios com 300 pessoas participando para que você ganhe dentro de 20% do seu ROI esperado. Pela mesma lógica, é preciso ter uma série com menos pessoas ainda disputando para se estabelecer um novo recorde. Por outro lado, seria impossível para um jogador estabelecer o seu ROI no Sunday Million do Poker Stars porque isso irá ocorrer muitas poucas vezes na vida de um jogador e o torneio tem centenas de participantes todas as semanas. A mesma lógica é aplicada ainda mais para o torneio principal da WSOP e provavelmente a qualquer evento com o buy-in alto (profissionais exclusivamente de torneios ao vivo não podem esperar atingir o seu verdadeiro ROI ao longo de suas vidas).

Fazendo uma procura através das estatísticas de alguns jogadores com grande lucro na Pocket Fives, um pequeno número deles ganha MTTs regularmente, mas eu não achei nenhum com um recorde após 10.000 MTTs. O tamanho de participantes do torneio é aproximadamente 100, então enquanto alguns desses jogadores estão convergindo seu ROI no longo prazo, eles ainda devem esperar a variância ao longo do caminho.

É importante notar que eu só encontrei dois jogadores com o ROI acima de 100% após 4000 MTTs ou mais e muitos dos perfis de jogadores de limites altos entre 1500 e 3000 MTTs podem ainda significantemente ter sua expectativa de longo prazo desorientada. Existe um jogador com um grande sucesso recentemente e um ROI muito grande em menos de 650 MTTs. Claramente esse jogador tem um longo caminho a percorrer antes de estabelecer uma expectativa verdadeira.

Seria injusto de minha parte comentar as estatísticas dos outros jogadores sem comentar as minhas. Eu tenho estatísticas de 1700 MTTs em muitos sites, e eu ainda estou longe da minha expectativa no longo prazo, embora eu acredite que tenha estatísticas o suficiente para me considerar um jogador vencedor.

O gráfico abaixo mostra que o meu ROI variou durante a série, e aparentemente está estabilizando, mas eu ainda devo jogar milhares de MTTs para ter realmente certeza.






Essa análise deve ajudar você a entender a natureza da variância a longo prazo em torneios o qual conta com muitos participantes. Um bom jogador pode ter lucros de centenas ou ficar praticamente even em milhares de MTTs significativamente abaixo de sua expectativa, ao passo que um não tão bom jogador pode ter uma maré de sorte e pode ter melhores resultados no mesmo período.

Apenas após milhares de MTTs a real distribuição entre burros, ovelhas, raposas e lobos irá aparecer e para se ter uma real estimativa do seu ROI no longo prazo eu aconselho 20.000 MTTs de 1000 pessoas.

Até mesmo para o mais dedicado jogador isso irá demorar alguns anos, então se você não está vendo resultados após algumas semanas ou meses, não entre em pânico; foque em jogar o seu melhor jogo, e eventualmente os resultados começarão a aparecer para você.

Nota do Autor: A análise matemática usada para gerar as estimativas nesse artigo foram aproximações realísticas as quais eu considero baseado em uma variância da estatística teórica. Uma análise mais rigorosa usando resultados reais de simulações está além da esfera desse artigo.
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segunda-feira, 25 de março de 2019

Variância em Multi-Table Tournaments - Parte 1


O quão grande é a variância em MTTs?

Parte 1



Por Stuart “Zpaceman” Taylor


Todos nós somos familiarizados com a variância no pôquer e ouvimos que jogar MTTs tem uma grande variância se comparado a jogos a dinheiro ou SNG. Alguns dias nós jogamos algo perto do jogo perfeito, sempre colocando nossas fichas na frente e perdendo de formas incríveis. Outros dias nós colocamos nossas fichas atrás e acertamos nosso gutshot e acabamos vencendo o torneio. Então, quanto de variância há em MTTs?

Vamos dizer que nós temos um grupo de 1000 jogadores online e todos jogam torneios MTTs. O valor de rake para o site em cada torneio corresponde a 9% a mais no valor da entrada. Os jogadores têm uma grande variedade de habilidades entre eles e isso é traduzido em certa expectativa.


Primeiramente há os “burros” que são esperados a ganhar apenas metade de seus buy-ins no geral. Para cada $100 no prêmio total, cada jogador “burro” ganhará aproximadamente $50, resultando num ROI de -54% (quando o rake está incluso).

Então há as ovelhas que são esperadas a vencerem seus buy-ins de volta. Devido ao pagamento do rake, eles ainda são esperados a perder dinheiro, mas apenas – 8%.

A seguir vêm as raposas, que são jogadores com boas habilidades no jogo com uma expectativa positiva de vencer aproximadamente um buy-in e meio cada vez que ele joga, lhe dando um ROI geral de +38%.

E finalmente vêm os lobos, que constantemente acabam com os burros. Esses jogadores são esperados a ganhar o dobro de seu buy-in no geral, tendo um ROI de +83%.

Quando esses 1000 jogadores sentam e começam a jogar essa série de torneios, não há nada dizendo quem são os burros, ovelhas, raposas e lobos mas todos nós sabemos que haverá mais burros do que o número combinado de lobos e raposas. Se existem 50 lobos, então deverão existir 100 mais burros do que raposas para ser feita a distribuição do prêmio, então nós podemos ter 350 burros, 350 ovelhas, 250 raposas e 50 lobos. Mas como nós podemos dizer quem é quem?

No longo prazo os lobos e as raposas acabarão surgindo como vencedores, mas num curto período de tempo pode ser difícil de distinguir o tipo de jogadores apenas pelos seus resultados, devido à variância inerente ao jogo. Então quantos torneios esses jogadores precisão jogar para que possamos distingui-los?

Torneios com 1000 jogadores normalmente pagam 100 jogadores com 25% do prêmio distribuído do décimo primeiro ao centésimo, mais 25% do quarto ao décimo e os outros 50% são distribuídos entre os três primeiros, aonde mora o retorno esperado de cada jogador (na realidade os melhores jogadores ganham mais dos 50% de seus ganhos desses lugares, mas eu estou definindo o efeito dessa análise).

Como uma regra geral, nós podemos deduzir que um burro chegará entre os três primeiros 0,15% do tempo, uma ovelha 0,3%, uma raposa 0,45% e um lobo 0,6%.

Após uma série de 100 torneios, o resultado dos prêmios em dinheiro dos quatro grupos de jogadores deve ser completamente imperceptível. Do nosso grupo de 50 lobos, apenas 30 deles devem ter terminado entre os três primeiros, junto com 50 burros, 100 ovelhas e 100 raposas. Após uma pequena quantidade, quase metade dos lobos devem parecer ser burros e quase um terço dos burros devem parecer raposas e lobos. É claro que nós precisamos de uma análise muito maior para distinguir esses jogadores.

Após 1000 torneios, nós devemos esperar que os lobos tirem a sua pele de cordeiro e apareçam. Bem, talvez não tanto quanto você imaginava. Cada burro é esperado a atingir os três primeiros lugares 1,5 vez, cada ovelha 3,0, cada raposa 4,5 e cada lobo 6,0. Esses são pequenos números e é fácil compreender que devido a variância, qualquer burro, ovelha, raposa ou lobo podem ter qualquer lugar entre os três primeiros lugares entre 0 e 6 vezes após mil torneios.

O primeiro gráfico mostra uma expectativa do ROI esperado de cada jogador após 1000 torneios. Nós podemos ver que existem longas sobreposições entre os grupos, desse modo fica difícil distinguir quais jogadores estão em quais grupos.





Então se 1000 torneios não são o suficiente para distinguir quais jogadores pertencem a cada grupo, quão longe nós precisamos ir?

No próximo artigo nós iremos ver a continuação dessa análise sobre a variância em MTTs
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sábado, 23 de março de 2019

Usando Blockers ao Blefar


Estratégia de Poker com Ryan Fee:

Usando Blockers ao Blefar



Jogadores de limites altos possuem um segredo para blefes bem sucedidos: blockers. A maioria de vocês já ouviu esse termo anteriormente, mas provavelmente no contexto do pré-flop. Nesse artigo, nós iremos examinar como considerar os blockers no pós-flop pode, na verdade, fazer com que os nossos blefes funcionanem com maior frequência. Para fazer isso, nós veremos uma mão como exemplo de uma das minhas sessões recentes.


O que são blockers?

A ideia é, na verdade, bem simples: dada as cartas em sua mão, nós fazemos isso combinatoriamente menos provável para nosso oponente de ter uma mão que inclua uma ou as duas cartas que temos. No hold’em, há 1.326 combinações de mãos iniciais possíveis; há dezesseis combinações de cada duas cartas “combo” (por exemplo, 10-9 or K-J), e seis combinações de cada combo pareado (por exemplo, A-A ou K-K).

Pensando sobre ranges combinatoriamente ajuda quando se está aprendendo sobre ou usando o conceito de blockers. Por exemplo, vamos considerar A-K pré-flop. Se nós recebemos essa mão, é 50% menos provável que o nossos oponentes terão AA ou KK (já que o número de combinações de A-A/K-K estão reduzidos de doze para seis). Portanto, nós não devemos ficar muito preocupados de enfrentar AA ou KK quando a nossa mão bloqueia essas mãos.

Usar os blockers efetivamente é uma ferramenta muito poderosa quando selecionamos mãos para usar como blefes, tanto no pré quanto no pós-flop. Se nós selecionamos mãos com os blockers corretos, podemos dimunuir a probablidade de nosso oponente continuar na mão.


Usando os Blockers para Construir Ranges de Blefes

Vejamos uma mão que joguei recentemente e pense sobre como podemos usar os blockers para escolher os blefes mais efetivos.

Nós aumentamos do botão e o big blind (BB) paga.

Flop – A♥  T♠  7♦

BB dá check. Nós apostamos. BB paga.

Turn – 2♠

BB dá check. Nós apostamos. BB paga.

River – 2♣

BB dá check. Com quais mãos devemos apostar?

Para responder a essa pergunta, nós precisamos ter uma boa ideia sobre o range de open raise do vilão no botão, assim como sobre o range de call do jogador da BB. Usando o Poker Ranger (um programa para avaliar ranges), nós iremos olhar mais de perto para o que esses ranges se assemelham e como eles devem afetar a nossa própria estratégia mais adiante:

Nesse bordo, que é A-10-7-2-2, não é difícil decidir com quais mãos podemos apostar por valor por três streets do botão (A-J ou melhor), que são as mãos exibidas em verde escuro (98 combinações de mãos de valor). No entanto, para fazer com que seja mais difícil de jogar contra a gente, precisamos garantir que também esteja balanceado o nosso range de aposta com o número de combinações de blefes. Se nós não fazemos isso, nosso oponente pode facilmente nos explorar desistindo de tudo, exceto de suas mãos mais fortes perante às nossas apostas. Balanceando o nosso range com mãos de valor e de blefe, limitamos a habilidade de nossos oponentes de nos explorar e nos tornamos muito mais difíceis de se jogar contra.
É melhor blefar com algumas mãos específicas

É melhor blefar com mãos que bloqueiem as mãos com as quais o nosso oponente irá de check-call no river (aquelas em verde escuro mostradas na matrix do range de call da BB). Escolhendo blefar com essas mãos, estamos usando blockers para capitalizar na redução do número de combinações que estão disponíveis para nosso oponente dar check-call. Mãos que são boas para usar como blefes nesse cenário estão destacadas em rosa abaixo:

Essas mãos são efetivamente escolhidas para nós blefarmos por alguns motivos. Primeiramente, elas bloqueiam algumas mãos do nosso oponente que contenham A-X que definitivamente pagam múltiplas streets. Por exemplo, se escolhemos blefar com J-9, há menos dez combinações de A-J e A-9 no range do nosso oponente. Além disso, essas mãos se saiem bem como blefes por causa de sua habilidade de formar mãos muito fortes no river. J-9, J-8 e 9-8 são todas aptas a se tornarem o nuts em um bordo A-T-7, enquanto ainda bloqueiam mãos no range de call do nosso oponente.


Usando combinações para ter a certeza de um range balanceado

Enquanto não é sempre necessário, nós podemos usar combinações para termos certeza de que nosso range é perfeitamente balanceado. No exemplo acima, se nós apostamos o valor do pote no river com nossas mãos de valor e de blefe, precisamos ter duas mãos de valor para cada uma de blefe para que combinemos as pot odds que estão sendo oferecidas ao nosso adversário (2:1). Dado que o nosso range de valor consiste de 98 combinações, nosso range de blefe deve consistir de aproximadamente 49 combinações para ser perfeitamente balanceado nessa situação. Os blefes destacados acima em rosa totalizam 52 combinações, o que significa que teremos que desistir de exatamente três deles para permanecer balanceado. Lembre-se, na prática, permanecer perfeitamente balanceado não é sempre a melhor jogada (especialmente em limites baixos).

Usar os blockers para construir seus ranges de blefes é a melhor maneira de garantir que seus blefes serão tão bem sucedidos quanto possível. Lembre-se, se a sua mão bloqueia um número de combinações no range de call do seu oponente e tem pouco valor de showdown, é mais do que provável uma boa escolha para incluir no seu range de blefe.

Artigo traduzido e adaptado do original: Poker Strategy With Ryan Fee: Using BIockers When Bluffing



sexta-feira, 22 de março de 2019

Playlist Heads Up - Completo

Se você curte Heads Up não deixe de ver essa playlist com uma temporada completa do programa "National Heads Up Poker Championship".





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quarta-feira, 20 de março de 2019

Pote Multi Way



Situações em potes Multi Way



Por Marc Goodwin


O jogador profissional Marc “Mr Cool” Goodwin fala um pouco sobre um dos conceitos mais complicados do poker.


Em que se difere um pote multiway de um pote heads-up?

A principal diferença esta no calculo dos odds. Quando você tem AA em heads up você sabe que esta em grande vantagem, mas em um pote multiway sua posição é muito mais precária. Digamos que os blinds estejam em 25/50 e você aumenta para 200 com AA. Se a pessoa ao seu lado pagar, muitos podem começar a pagar também, entrando por um suposto valor. Se um paga com Ts Th, esperando por uma trinca no flop, o próximo pode pagar com 8c 9s e o botão pode então justificar seu cal com 6d 5d. Então é fácil ver como um grande range de mãos pode ver o flop, especialmente em estágios iniciais de torneios ou partidas de limites baixos em cash game.


Há algum valor em pagar com pequenos suited connectors em potes Multiway?

Se você paga com uma mão como 4d 5d e um pote multiway você sabe exatamente onde está. Se o flop vem 9d Jh 6c você sabe que se jogar neste flop está blefando totalmente. Já se você tem uma mão como AA ou KK, você espera ainda estar a frente, mas pode ser facilmente quebrado por uma trinca, dois pares ou enfrentar um grande draw. Com mãos menores o risco é baixo, ou você acerta alto ou cai fora.

Se você aumenta pré-flop com Ah-Qh, e o flop trás um 9 high com duas cartas de copas, quão rápido você deve jogar com o draw?

Se alguém quiser jogar com um 9 ou com TT aqui, eu os farei pagar. Não há porque você deixar ninguém ter uma carta grátis aqui. De fato, você não deve ter problemas em colocar todas as fichas no pote nesta situação. Você pode ter até 15 outs se suas overcards ainda estiverem vivas, ou 9 se não estiverem. Se você apostar no flop, tem a vantagem de disfarçar o draw se acertá-lo. Então você pode dar check, como se estivesse assustado com o flush, e deixar ele apostar. Eles podem até acertar um flush pior.


Quão rápido ou devagar você deve jogar um flush não nut?

É complicado foldar qualquer flush em um bordo sem par. A única forma de saber se sua mão é boa é apostando e usando as informações que você receberá. Se você dá check com seu flush no turn e seu oponente aposta, você precisará aumentar para saber onde está. Não porque apenas pagar, porque se ele for all-in no river, o que você fará? Você provavelmente pagará e pode ser esmagado por um flush maior.


Como você joga uma trinca em um pote multiway? Quais os perigos do Slow-play?

Você precisa jogar trincas de forma forte no flop, para isolar a ação. Se os oponentes não tiverem bons jogos você não terá muitas fichas no pote, mas dar uma carta grátis para múltiplos oponentes é uma idéia terrível! Um torneio ao vivo recentemente um jogador, que aumentou no pré-flop, acertou a trinca de 8 no flop em um pote com 4 jogadores e deu check duas vezes, dando a um dos oponentes o nut backdoor flush. É melhor apostar e não ser pago, do que deixar 3 oponentes terem duas cartas grátis.


Se você tem top pair e top kicker, com uma mão como A-T em um pote four-way, você começaria apostando no big blind?

Quando temos top-top, precisamos apostar, aqui torcemos para levar o pote de cara. Se alguém paga sua aposta, te coloca em uma situação complicada. Você deve apostar cerca de 3/4 do pote, pois assim você minimiza as perdas e maximiza os lucros. Isto porque uma aposta de 3/4 causa a mesma reação de uma aposta de pote inteiro, então, porque perder as fichas extras se alguém estiver com uma mão melhor?


Já que os jogadores estão menos inclinados a fazer slow-play, a aposta por posição é mais efetiva?

Você deve sempre tentar ter posição em um pote multiway, porque se você achar que alguém esta fazendo uma jogada no flop, você pode aumentar e expulsar eles da mão com um steal. Eles pensarão: “Eu achei que minha mão era boa, mas a dele deve ser melhor”. Então a posição abre uma grande janela para blefes. Assim, é melhor jogar contra oponentes agressivos, já que eles estão mais aptos a fazerem jogadas sem as melhores mãos.
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segunda-feira, 18 de março de 2019

O Terceiro Tiro - Estratégia de Poker


Dando o Terceiro Tiro




por Ed Miller



Quando foi a última vez que você deu um terceiro tiro blefando? Meses atrás? Anos? Nunca? Permita-me parar um pouco. Um blefe no terceiro tiro é quando você blefa nas três streets pós-flop. Você aposta no flop e pagam. Você aposta no turn e pagam. E então você faz outro blefe no river.

É claro que, se der três tiros muito freqüentemente, vai ter falido antes da hora almoço. Mas a maioria dos jogadores não faz o suficiente. Alguns jamais tentam. Eles dão uma única chance ao blefe, talvez duas se estiverem atrevidos, mas nunca dão o tiro final.

Se você jamais dá o terceiro tiro blefando, tem um problema. Seu jogo é muito previsível e você está perdendo alguns blefes muito grandes e lucrativos.

Eu acredito piamente que, se quiser melhorar seu jogo, deve se forçar a sair de sua zona de conforto. Todos nós caímos em padrões familiares. Jogamos essas mãos e descartamos aquelas pré-flop. Quando flopamos um par, apostamos aqui, pedimos mesa ali, na esperança de ficar longe do perigo. Quando você joga toda mão em piloto automático, não está evoluindo. E quando não joga de forma criativa, deixa seus oponentes saírem ilesos.

Quebre isso. Tente jogadas novas. Se você não consegue se lembrar da última vez em que blefou com o terceiro tiro, tente fazer isso durante sua próxima sessão. Escolha uma mão com a qual normalmente blefaria uma ou duas vezes e simplesmente empurre a terceira aposta. Isso pode funcionar ou não, mas, de qualquer maneira, estará derrubando barreiras e melhorando seu jogo.

Se você não tiver coragem de empurrar metade de seu estoque em um grande blefe no river, desça de nível. Vá jogar na $0,2-$0,4 uma vez por semana e use essa sessão para treinar suas novas jogadas. Se não tiver coragem de tentá-las em um mesa normal, faça nessa. Aumente do UTG com J9s e veja o que acontece. Dê uma chance àquele estilo loose-aggressive que você sempre imaginou como seria. Dispare um enorme re-squeeze blefando. Coloque-se em situações estranhas nas quais você normalmente não estaria. Tente dar três tiros um ou duas vezes para ver o que acontece.

Eis um exemplo de uma mão em que seria razoável blefar nas três streets contra alguns jogadores:

Você abre raise de $7 do button em uma mesa de $1-$2 com 10♥ 7♥ e um estoque de $200. O big blind paga.

O flop vem 9♠ 8♣ 4♠, dando a você um straight draw. Seu oponente pede mesa, você aposta $15 e ele paga.

O turn é a Q♦. Seu oponente pede mesa, você aposta $40 e ele paga.

O river é o K♣. Seu oponente pede mesa. O pote é de $125 e você tem $138 restantes em seu estoque. Você pode blefar aqui contra muitos jogadores e esperar ganhar com frequência. É possível conseguir isso com uma aposta de $80 ou $90, mas eu provavelmente iria além e empurraria all-in.


Pré-flop, você tem um roubo relativamente fácil do button. Mesmo que não ganhe pré-flop, estará jogando uma mão decente com posição.

No flop tem duas pontas e, mais uma vez, uma continuation-bet relativamente óbvia. Depois do pagamento no flop, seu oponente poderia ter um número de mãos, de um par flopado a um draw (straight or flush), dois pares ou uma trinca, ou mesmo um ás ou overcards não melhorados.

O turn é uma overcard de outro naipe, que é um bom tipo de carta para se dar um segundo tiro. Seu oponente paga de novo. Dependendo do jogador, isso pode diminuir a gama dele para quase exatamente um par (supondo que seu oponente largasse draws puros e fizesse um check-raise com dois pares ou algo melhor). Ou, contra um jogador loose que gosta de draws, o call poderia sugerir uma gama um pouco mais ampla que inclui flush draws baixos e altos.

No river surge outra carta de outro naipe, que pode assustar qualquer mão de um par que não contenha um rei. Se seu oponente tem um flush draw, ele perdeu. Se tem uma mão como QJ ou QT, não gostará nem um pouco do river. Essas mãos são bastante plausíveis, haja vista a maneira como seu oponente jogou até agora, e a maioria dos jogadores as descartariam diante de um grande blefe no river.


Em geral, seu oponente tem significativamente mais propensão a segurar menos do que um par de reis, então um grande blefe provavelmente vai ser lucrativo, a não ser contra os mais loose.

Uma boa dose de sensibilidade ajuda a executar blefes com sucesso. A melhor maneira de conseguir essa sensibilidade é pela tentativa e sucesso, mas também tentativa e erro. Se isso for muito assustador ou embaraçoso para ser tentado em seu jogo regular, ache um limite em que você se sinta livre para tentar todas as jogadas malucas que tem vontade. Isso vai deixar o poker mais divertido, e você também vai jogar melhor. ♠





sábado, 16 de março de 2019

Progressive Knockout


COMO JOGAR TORNEIOS PROGRESSIVE KNOCKOUT


Por: Danilo Telles

SAIBA COMO VENCER EM TORNEIOS PROGRESSIVE KNOCKOUT E JOGAR COMO UM “DEUS DA ARENA”

Se você nunca jogou um torneio Progressive Knockout (PKO) no 888poker, você está perdendo a chance de jogar uma formato de poker incrivelmente emocionante. Imagine que a cada jogador que você eliminar ao longo da evolução do torneio, você ganha um bounty por cada um. OK, agora imagine que o valor desses bounties também vai aumentando durante o torneio. Tá interessado? Claro que sim!

Mas como jogar os torneios PKO do 888poker e – mais importante – como eliminar os adversários?


POR ONDE COMEÇAR

Os torneios Progressive Knockout dividem a premiação em duas seções: uma para os jogadores que tradicionalmente terminam nas posições de prize money, e uma para os bounties nos jogadores. Quando cada jogador for eliminado, o jogador responsável pela eliminação é premiado com parte do bounty da vítima, ao mesmo tempo em que o bounty dele próprio aumenta.

Portanto, quanto mais o torneio continuar, aumenta mais o bounty de cada jogador. Essa situação cria diversas possibilidades quando calculamos a melhor ação contra cada oponente específicamente.

CONTINUANDO

Assim como na vida, você realmente quer tomar as rédeas do seu destino, certo? Obviamente, se você tem um stack que é menor que o dos demais jogadores, você não consegue conquistar o bounty deles, mas se eles te eliminarem podem levar o seu.

Evite confrontos muito custosos no começo, aqueles que podem te levar um grande número de fichas, especialmente se você está esperando alguma carta pra completar sua mão em vez de extrair valor de uma mão já formada.

Ao mesmo tempo, se você está no início de um jogo e um oponente dá all-in contra você, você também precisa também considerar as vantagens de vencer a mão.
Você pode levar um bounty?
Vencer aquela mão pode te dar uma vantagem de fichas contra o resto da mesa?

Se você responde que sim a essas perguntas, isso vai te ajudar a determinar se você tem boas chances pra dar call.

ESTEJA ATENTO AOS BOUNTIES

Pode ser que esse conselho pareça o mais conservador possível, especialmente olhando apenas para este formato. Por outro lado, pode ser fácil ser enganado por uma mão tentadora e esquecer a importância do valor envolvido entre você e seu oponente.

Por exemplo, se você recebe o raise de um jogador agressivo e tem uma mão forte mas não muito forte, numa posição de mesa que em que você está desprotegido para receber um all in, você tem que considerar outros fatores.
Seu stack é maior que o dos oponentes?
O bounty que você vai disputar vale essa ação?
Qual é a motivação por trás da ação do adversário?

Você tem mais possibilidades implícitas se há mais valor nas fichas que você quer ganhar do que as fichas em si. Então tenha em mente de que você sabe a recompensa em questão significa para a sua decisão.

ENTENDA OS VÁRIOS ESTÁGIOS DO JOGO

Uma das razões para o sucesso dos torneios Progressive Knockout é a possibilidade de pagamento rapidamente depois da inscrição. Você não precisa esperar que a maioria dos jogadores sejam eliminados pra ganhar dinheiro. Na verdade só de eliminar alguém no primeiro nível de jogo você já leva o seu bounty. Esse cenário, por outro lado, representa também uma das mudanças chaves desta modalidade.

Não há apenas os níveis comuns de jogo pra lidarmos, como o estágio inicial em que jogamos como cash game, o estágio médio em que temos de acumular fichas e o seguinte com a bolha, só pra nomear três, mas existem também outros fatores diferentes pra serem considerados.

Uma posição entre a dinâmica progressiva dos bounties de cada jogador, com mudanças e ajustes em pouco tempo, e o que elas significam ao lado dos tamanhos de stack de diferentes forças é a chave do sucesso do PKO.

ENVOLVA-SE CEDO NO JOGO

Uma dica que muitos jogadores dão é a de garantir que você entre no jogo cedo. Mesmo que você possa se registrar tardiamente nos torneios Progressive Knockout, se envolver na ação desde o início pode ser útil. Se você conquistar uma eliminação cedo e acumular fichas, você pode usar o tamanho do seu stack pra pressionar jogadores e conseguir mais eliminações.

Pra equilibrar esse conselho, um dos jogadores de mais sucesso em torneios online no mundo, o Team 888Poker’s Chris Moorman, alerta: “O primeiro erro que vejo as pessoas cometerem nos PKO MTTs é caçar os bounties a qualquer custo, com mãos ruins, enquanto podem arrasar seus stacks em caso de derrota”.



sexta-feira, 15 de março de 2019

Relação de Bônus Grátis Ativos em Março / 2019






Relação de Bônus Grátis

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quarta-feira, 13 de março de 2019

20 Anos sem Stu Ungar




Morte de Stu Ungar completa 20 anos

Relembre a Vida do Jogador




Por Felipe De Queiroz


Genial, mas inconsequente em tantos aspectos; Stu Ungar foi o maior de sua geração e um dos maiores da história; mesmo assim, morreu quebrado.

Em 23 de novembro de 1998, pouco mais de um ano depois de vencer pela última vez o Main Event da WSOP, o americano Stu Ungar foi encontrado morto no chão do Oasis Motel em Las Vegas-EUA.

Os 45 anos que o talentoso jogador passou na Terra não foram fáceis. As drogas desempenharam um papel importante em sua vida e decisivo em sua morte.

Jogar poker foi a vocação de Stu: era tão difícil vencê-lo no Gin Rummy ( jogo de baralho normalmente jogado entre 2 a 4 pessoas e parecido com o buraco) que os cassinos a certo ponto o proibiram de deixavam participar dos torneios. Depois de ganhar os Eventos Principais da WSOP, em 1980 e 1981, ele passou a ser considerado por seus pares como o melhor jogador NL Hold’em da história.

Ao longo de sua carreira, Stu ganhou US $ 3.675.231 em torneios ao vivo, o que lhe valeu um lugar no Top 10 de mais vencedores por 20 anos. Considerando cash entre jogos a dinheiro (Gin Rummy e Black Jack) especula-se que seus ganhos tenham ultrapassado a marca de 30 milhões. Mesmo assim, morreu em falência.

Assim foi Stu: a cara do poker. O maior de sua geração e um dos maiores da história. Por outro lado, o retrato de tantos jogadores talentosos: genial, mas inconsequente em tantos aspectos.

Como homenagem a esse ícone, deixamos esse documentário: One of a Kind: The Rise and Fall of Stu Ungar (Único: a ascenção e queda de de Stu Ungar)




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domingo, 10 de março de 2019

Evolução dos Padrões - Parte 2



Evolução dos Padrões Técnicos no Poker

Parte II


Como o jogo mudou quando se diz respeito ao jogo com stacks médios e curtos



por Ramon Sfalsin


Continuando o artigo sobre a evolução histórica das técnicas do poker, nesta segunda parte (leia a Parte I clique aqui), falarei sobre as técnicas pré-flop que mudaram ao longo dos últimos anos.


O jogo short-stack

Há aproximadamente dez anos, os atletas de referência ensinaram que, se o jogador tivesse uma mão inicial forte, menos de 15 big blinds e quisesse aumentar a aposta, ele deveria dar all-in. O motivo é que o raise padrão antigo era alto, cerca de 3 a 3,5 big blinds, ou seja, investir mais de 25% do stack e depois desistir era considerado um erro matemático. Por isso, ir all-in era o jeito mais “fácil” de não cometer esse erro.

Naquela época, quem desse raise com menos de 15 bbs, provavelmente, teria uma mão “premium”, como A-A, K-K ou Q-Q. Aproveitando-se disso, alguns jogadores profissionais, como o brasileiro Caio Pessagno, começaram a explorar esse padrão fazendo muitos raises pré-flop e consequentemente roubando muitos potes, pois o raise demonstrava força e os oponentes desistiam na maioria das vezes.

Ao longo dos anos, o tamanho do raise inicial foi diminuindo — e o motivo é bem fácil de entender. Primeiramente, o jogador não pode dar um raise de X big blinds com mãos fortes e de Y big blinds com mãos fracas, pois estará cometendo um erro grave e demonstrando claramente o que tem em mãos nas situações futuras. Por isso, manter um padrão fixo no tamanho do raise é de suma importância para não dar informações extras, as chamadas “tells”. Levando em consideração que na maioria das vezes não teremos uma mão forte quando fizermos raise, não há motivo para manter um padrão alto no tamanho da aposta, por isso, fazer o raise mínimo é o melhor custo/benefício, no longo prazo, para economizar fichas quando desistirmos contra um reaumento.

No poker, todas as nossas ações devem ser balanceadas, ou seja, nenhuma ação pode ser feita somente com uma mão forte ou fraca, pois o jogador estará sendo explorado de alguma forma. Hoje, fazer um raise mínimo de 2 bbs, tendo 13 bbs, não machuca tanto quanto fazer um raise de 3,5 bbs, além de ser uma boa alternativa na hora de tentar roubar o pote e acumular fichas. Entretanto, há jogadores que dão raise-fold tendo entre 9 e 15 bbs com mãos fracas, e outros que só dão raise com mãos fortes. Ficar atento a quais jogadores têm essa ferramenta no arsenal será importante na hora de decidir como enfrentá-los em diversas situações.


Jogando com stacks entre 20 e 30 big blinds

Possuindo um stack entre 20 e 30 bbs, o erro mais comum, segundo as escolas antigas, era dar um re-raise e depois desistir. A explicação é bem simples e segue a mesma lógica do pré-flop. Levando em consideração que o raise pré-flop padrão era de 3 bbs, o tamanho do reaumento seria alto, algo em torno de 8 a 9 bbs, ou seja, investir mais de 30% do stack e depois desistir era considerado um erro matemático, e dar “all-in direto” era o jeito mais “fácil” de não cometer esse erro. Entretanto, com a diminuição do raise padrão, os re-raises também ficaram menores. Assim, fazer um reaumento para 5 bbs, contra um mini-raise, compromete menos de 25% do nosso stack e pode ser uma ótima jogada contra jogadores agressivos.


Sem dúvidas esse é o stack mais interessante de se jogar em torneios. Primeiro por ser o stack que você mais vai ter no decorrer de um torneio, segundo por ser um stack que não aceita deslizes. Qualquer erro poderá fazer você cair para 10-15 bbs, entrar em uma área desconfortável e sem stack para fazer diversas jogadas. É um stack que você deve ser bem loose das posições finais e bem tight das posições inicias, tomando cuidado com os stacks e os vilões à sua esquerda, observando se você corre riscos de enfrentar um resteal. Com esse stack, você deve também manipular muito bem seus bets pós-flop.

Independente do nosso stack e dos oponentes, no poker, todas as nossas ações devem ser balanceadas. Nenhuma ação com determinado stack pode ser feita somente com uma mão forte ou fraca, principalmente em cash games. Esse é exatamente o nosso objetivo no poker, explorar as falhas de cada jogador. Se um jogador só aumenta com mãos fortes quando possui menos de 20 bbs, teremos que ter um range mais forte para pagá-lo ou dar all-in. Se o jogador só reaumenta com mãos premiuns (A-K e JJ+), estaremos explorando-o desistindo de mãos fortes como A-Q e 10-10. Se o oponente blefa muito pós-flop, estaremos ampliando nosso range de call. Se ele desiste com frequência contra reaumentos pré-flop, vamos explorá-lo reaumentando mais vezes. Se o jogador só pagará no flop quando acertar pelo menos um par, explore-o apostando em todos os flops, pois na maioria das vezes os jogadores não acertam nem mesmo um par.

Não ter preconceito para realizar determinada, saindo fora da caixa, também pode ser muito válido para alcançar o nosso objetivo: ajustar e explorar as falhas técnica de cada um dos nossos oponentes.

Então, fiquem sempre ligados nos padrões dos seus oponentes e tentem explorá-los.



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