terça-feira, 29 de outubro de 2019

Estratégia VS Tática no Poker


Estratégia vs. Tática


Pense menos em termos táticos e mais em estratégicos



por Matt Matros


Há várias maneiras diferentes de se pensar sobre poker. Livros foram escritos ensinando a isolar tells físicas, a evitar o tilt, a analisar o jogo por meio de conceitos matemáticos e, é claro, a jogar mãos específicas em situações específicas. O poker é um jogo bastante atraente justamente devido à variedade de habilidades que exige. Mas como saber em quais dessas habilidades devemos nos concentrar? Muitas coisas podem ser importantes, mas a maioria de nós só consegue se concentrar em uma única coisa por vez. Não há como prescrever um método infalível para todos, mas posso dizer que a maioria dos jogadores se beneficiaria se pensasse menos em termos táticos e se concentrasse mais na estratégia.

Para aqueles que porventura não saibam a diferença (eu não sabia até pouco tempo atrás), estratégia se refere às decisões sobre o seu plano geral de jogo. Já as táticas são os mecanismos pelos quais você executa esse plano. Planejar jogar de forma agressiva, na esperança de ganhar mais potes do que seus oponentes, é uma estratégia. Decidir se vai dar raise de três ou duas vezes e meia o big blind com um par de setes é uma tática, assim como decidir se dá raise ou fold com um flush draw, bem como todas as decisões que se baseiam em leituras ou intuição. Estratégia e tática são, obviamente, correlatas. O segredo é que ter uma estratégia clara pode simplificar bastante as decisões táticas, como você verá.


A grande maioria das análises de poker são táticas. As pessoas querem saber o que fazer com AK depois de dar uma continuation bet, ou quão grande deve ser o stack delas para que possam semiblefar all-in no flop, ou se o espirro do oponente significa que ele está blefando ou apostando pelo valor. Essas análises são importantes: é praticamente impossível melhorar como jogador se você nunca debater consigo mesmo diante de uma decisão tática. Contudo, são as escolhas estratégicas que geralmente acabam determinando o nível de habilidade de alguém.

Durante minha carreira no poker, todas as vezes em que tive a sorte de avançar na minha compreensão do jogo, sempre houve uma mudança estratégica, não tática. Eis alguns exemplos:

1. Quando comecei, eu tomei a decisão estratégica de focar não nos meus resultados, mas na minha evolução enquanto jogador. Portanto, eu evitava me tornar um daqueles jogadores (que eu conhecia tão bem) que aprendiam a ganhar nos jogos de limites muito baixos e nunca se preocupavam em adentrar em territórios mais arriscados. Eles ficam presos em determinado nível de habilidade para sempre.

2. Durante minha investida inicial nos torneios de poker, minha estratégia era tentar fazer minhas fichas durarem o máximo possível. Mas eu só comecei a ser bem sucedido nos torneios depois que mudei isso e passei a ativamente tentar acumular mais fichas.

3. Muitos jogadores se apegam à ideia de que podem evitar situações de alto risco marginalmente lucrativas, pois são habilidosos o bastante para escolher apenas as situações de risco baixo e lucratividade alta. Eu também pensei assim durante um tempo. Mas, quando resolvi me encarar como um jogador mediano e me sentir satisfeito tirando proveito de toda situação lucrativa, eu me tornei um bom jogador de torneios.

Antes de fazer tais ajustes estratégicos, eu era basicamente dinheiro morto.

Nossa vantagem no poker advém de termos um melhor plano de ataque, uma melhor abordagem e uma melhor estratégia geral do que o outro cara. E, é claro, mudanças estratégicas conduzem a mudanças táticas. De fato, depois de decidir usar uma estratégia diferente, você se surpreenderá fazendo mais mudanças táticas do que jamais faria com a estratégia anterior. Digamos que você decida fazer um dos ajustes que mencionei acima, saindo de uma estratégia de sobrevivência e adotando uma de acúmulo de fichas. E digamos que esteja diante de uma decisão de all-in com J-9 suited e odds de 2-1 sobre o seu dinheiro. Pela estratégia anterior, você talvez não passasse muito tempo pensando. Você simplesmente daria fold depressa, sabendo que tinha a pior mão e sem querer se envolver em uma situação ruim. Utilizando a nova estratégia, você também não precisa pensar muito. Você dá insta-call, sabendo que está recebendo o preço correto. Cada estratégia conduz a uma tática totalmente oposta.

Pode ser assustador implementar uma estratégia nova no seu jogo, e é por isso que algumas pessoas evitam fazer isso. Não caia nessa armadilha. O que assusta mais: experimentar novas ideias e testar abordagens diferentes no poker ou deixar de ter grandes lucros por estar preso à estratégia que sempre usou? Não há nada mais assustador do que permanecer estagnado.

Alguns jogadores acham que têm certo estilo natural, seja ele tight-aggressive, tight-passive, loose-aggressive, maníaco ou o que quer que seja. Jamais caia nessa armadilha também. A única coisa que deve ser natural para você é o desejo de maximizar seus ganhos. Se o seu estilo tiver que mudar para você poder faturar mais dinheiro no poker, que assim seja. Meu estilo de jogo favorito é qualquer um que me dê fichas.

Eu propositadamente abordei pouquíssimos ajustes estratégicos nesta coluna, pois descobrir qual é a melhor estratégia para um jogador em particular é um processo altamente específico. Além disso, trabalhar em melhorias estratégicas no seu próprio ritmo é grande parte desse processo. Reserve algum tempo para pensar sobre seu plano geral nesse jogo louco que é o poker. É possível que mudanças drásticas na maneira como você pensa conduzam a um drástico aumento na sua conta bancária.





domingo, 27 de outubro de 2019

Dinheiro Grátis na PokerMatch





Bankroll GRÁTIS na PokerMatch



O dinheiro grátis nas salas de Poker OnLine está cada vez mais dificil de se conseguir.
Mas, se garimparmos, dá para encontrar algumas salas de Poker que ainda oferecem um bankroll grátis para aqueles que estão iniciando no Poker.

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Depois de feito o cadastro, procure no menu a opção "BANKROLLS", em seguida encontre o logo da PokerMatch e clique em "INFO". Conforme a imagem abaixo.



Em seguida escolha a opção "REQUEST BONUS". Observe que existe um alerta de que este bonus é por tempo limitado, PORTANTO NÃO PERCA TEMPO.




A parte final requer alguma atenção. Conforme a imagem abaixo, existe um alerta que você deve limpar os cookies do seu navegador ( chrome, firefox, etc ) para que o seu cadastro na PokerMatch seja vinculado ao BankrollMob, pois somente assim você conseguirá o bonus. Existe até um video explicativo como proceder para limpar os cookies.

Em seguida você deve clicar na palavra "CLICK HERE" ( conforme imagem abaixo ). Fazer o download do programa da sala de poker e instalar.



Ao se cadastrar usar a PROMO CODE "bankrollmob"

E finalmente, por último, deve colocar no quadro PokerMatch Account name: o login ou numero da sua conta na PokerMatch para que o BankrollMob saiba em qual conta deve depositar o seu capital inicial.

O BankrollMob depositará seu capital inicial em 48 horas mais ou menos...

Enquanto seu dinheiro não é depositado, você pode explorar o site da BankrollMob. Eles tem muitas ofertas interessantes para outras salas de poker e casinos.

Não perca tempo, como foi informado acima, essa oferta é por TEMPO LIMITADO.


sábado, 26 de outubro de 2019

Jogadas Enfeitadas


Síndrome das Jogadas Enfeitadas




Em uma sessão recente fiz o que podem ser consideradas Jogadas Enfeitadas. Paguei apostas no turn e no river com Ás maior. Fiz floats no flop com par menor e aumentei no turn como blefe, transformei uma trinca em um blefe no river, apliquei uma 4-bet em alguém com um 5 na minha mão e estava preparado para dar uma 6-bet caso meu oponente aumentasse.


Jogadas Enfeitadas não são um truque de mágica

Embora eu tenha conseguido o que queria em quase todos esses spots, essas jogadas não foram resultado de nenhuma “leitura mágica” dos oponentes. Eu não estava em tilt naquela noite e nem estava sofrendo da Síndrome das Jogadas Enfeitadas. Na verdade, todas essas jogadas fazem parte do que eu chamo de Poker ABC, que é a forma como jogo quando não tenho uma leitura decente da mão do meu oponente ou do que ele fará com ela.

É do senso comum que um grande blefe ou um um call digno de um herói grego requer leitura ou outras justificativas especiais, como por exemplo ter uma certa imagem na mesa. Porém, a teoria do jogo sugere o contrário. Vamos começar com um exemplo que mostra como eu, de forma não intencional, explorei um desequilíbrio no jogo de um oponente.

A mão começou com meu oponente dando limp de uma posição intermediária. Eu aumentei para $80 com AQ no botão, o straddle (jogador à esquerda do Big Blind, chamado aqui no Brasil de “escuro”) e o limper pagaram.

O flop veio J44 rainbow e todos deram check. Não vi motivo forte para apostar. Mãos melhores não irão desistir, mãos piores não vão pagar e JJ e outros pares baixos poderiam facilmente estar no range dos adversários.

É verdade que um check entrega aos adversários o meu próprio range. Isto é, estou anunciando para meus oponentes que minha mão não é forte o suficiente para apostar. Isso pode fazer com que alguém aposte no turn, o que pode ser um desconforto para alguns jogadores. Porém, não consigo distinguir se essa aposta será um blefe ou por valor.

Não tem problema em às vezes se colocar em situações onde você não tem certeza de onde está. Mais especificamente, é preferível o check a fazer uma aposta ruim no flop. Pelo menos você terá, no turn, a chance de tomar a decisão certa.

O turn trouxe um 6 e colocou um flush draw na mesa. O straddle deu check e o limper apostou $150 num pote de $250. Eu paguei, não porque sabia que ele estava blefando, mas porque sabia que ele tinha incentivo para fazer isso. Isto é, eu sabia que ele poderia chegar à essa decisão de blefar tendo muitas mãos mais fracas que a minha, e essas mãos adorariam ganhar o pote com uma aposta, caso fosse possível.

Além disso, essas jogadas não precisariam fazer efeito tão frequentemente para serem lucrativas, já que ele arriscou apenas 60% do que iria ganhar. Eu tinha uma mão que batia todo o potencial range de blefe dos meus oponentes e que também tinha outs no baralho para ir contra muitas mãos medianas e boas, então paguei.

É verdade que muitos jogadores nunca blefarão aqui, se você souber que está contra um jogador desses apenas desista da mão. O que parece preocupar muitas pessoas é que elas não sabem se estão jogando justamente contra esse tipo de adversário ou não. “E se”, elas se perguntam, “meu oponente nunca blefa, e eu pagar para pegá-lo no blefe? Não estarei sendo explorado?”

A resposta é não, e a razão é que você nem sempre terá uma mão tão forte como AQ em situações assim. Às vezes você terá uma mão mais fraca que jogaria fora frente à uma aposta, mas, já que seu oponente nunca blefa, você vê mais uma carta e vai para o showdown de graça, ou mesmo tenta fazer um blefe seu. A estratégia de nunca blefar desse jogador acidentalmente o faz economizar algum dinheiro quando você tiver AQ, mas o faz perder com outras partes do seu range.

Outra coisa que você precisa se preocupar é com a situação oposta, um oponente que blefa demais. Você facilmente encontrará jogadores assim, e quando o fizer, não perderá apenas os $150 (menos sua equidade no pote), mas $400 (menos a equidade do vilão no pote) ao desistir. Já que esse último erro custa muito mais, tenha como prioridade evita-lo se estiver em dúvida de como prosseguir.


Eu paguei, o straddle desistiu e o river trouxe outro 6. Meu oponente apostou $350 e eu paguei novamente.

A justificativa para esse call é a mesma que valeu para o turn: meu oponente poderia facilmente estar blefando, estou pagando barato (nesse spot preciso ganhar apenas 1/3 das vezes para ficar breakeven) e eu raramente terei, nessa situação, uma mão mais forte que a minha. Meu oponente mostrou K9o e eu levei o pote.

Vendo a mão que meu oponente mostrou, uma de duas coisas tem que ser verdade: ou ele blefa demais ou está escolhendo mal sobre quem aplicar blefes. Ele deveria blefar às vezes, já que em algumas situações ele terá mãos tão fracas que, mesmo que eu não desista de mãos com Ás maior, desistirei de outras mãos tão frequentemente que tornará a jogada lucrativa para ele. Porém, K9 não é uma mão dessas. Eu raramente ou quase nunca irei desistir de uma mão mais forte que K9, então essa não é uma situação boa para blefar com essa mão.

Essa jogada não é uma peculiaridade do meu jogo ou do meu estilo único de jogar poker, é apenas um bom poker. Ao enfrentar uma aposta é correto desistir com suas mãos mais fracas, mas não com as mais fortes. Consequentemente, faz sentido você blefar suas mãos fracas, já que irá se beneficiar mesmo quando seu oponente desistir com, também, mãos fracas. Mas é errado blefar com mãos médias, já que fará com que ele desista de mãos que você já estava batendo e pague com mãos que batem a sua.

De duas uma, ou meu oponente irá blefar com todas suas mãos fracas mais K9, o que significa que ele blefa muito, o que faz o call com AQ ser lucrativo, ou ele raramente blefa mas escolheu essa mão para fazê-lo em vez de uma mais fraca. No último caso, ele perde dinheiro em dois cenários diferentes: quando aposta com K9 e é pago por algo melhor e quando decide não blefar com mãos mais fracas e deixa de ganhar um pote que poderia ser ganho com um simples blefe.

Isso mostra a importância de construir seus ranges de mão e suas jogadas da forma certa, além de como um range balanceado pode ser lucrativo contra um oponente que não presta atenção no próprio range. Foi meu oponente que tentou fazer uma jogada enfeitada blefando com o tipo errado de mão, e ele pagou por isso.

Artigo traduzido e adaptado do original: Fancy Play Syndrome





quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Dicas para a Mesa Final


13 dicas para a mesa final


O que fazer para que o trabalho duro de horas ou de dias não seja jogado pelo ralo?




por Diógenes Malaquias


Como todos os jogadores de poker sabem, o grosso da prize pool de um torneio está na FT. Ainda assim, o prêmio do último colocado da mesa final chega a ser 10 vezes menor do que o do campeão. Então, o que fazer para que o trabalho duro de horas (online) ou de dias (live) não seja jogado pelo ralo?

No artigo desta edição, 13 dicas para jogar a tão sonhada mesa final:


#1 DÊ VALOR ÀS FICHAS

Não se envolva em muitas mãos e nem em potes multiway (com mais de um adversário), como em fases anteriores. Aqui, a relação stack e blind é pequena, e não temos espaços para desperdiçar fichas. Lembre-se que o objetivo do torneio é acumular todas as fichas, de todos os adversários, e quando você perde um blind, deixa de ganhar um blind ao dobrar seu stack – e o adversário, que ganhou o seu blind, vai ganhar um blind extra ao dobrar. Portanto, não desperdice suas fichas com calls desnecessários.


#2 RAISE, NÃO CALL
Evite ficar pagando aumentos. Aposte mais, seja você o agressor. Tenha sempre a fold equity (FE) ao seu lado. O número de vezes que um adversário dá fold, frente ao seu aumento ou reaumento, pode transformar mãos com expectativa negativa (-EV) em mãos com expectativa positiva (+EV). Ter FE é uma das armas mais importantes em mesas finais.


#3 CONHEÇA O INIMIGO
Já na mesa semifinal, aproveite pra coletar o maior numero de informações e fazer observações sobre os adversários. Pressione os que sentem a pressão da bolha da FT. Estes são os que jogarão de forma mais passiva e com uma porcentagem de blefes muito baixa em seu arsenal.

No online, você pode pesquise sobre cada jogador no OPR ou Sharkscope. Observe quem é regular, recreativo, lucrativo e, principalmente, qual a média de buy-in deles em relação à premiação do torneio. Jogadores de limites mais baixos (low stakes) sentem-se muito mais pressionados em fases finais de torneios mid e high stakes, por exemplo.


#4 CUIDADO COM AS JOGADAS DE ALTA VARIÂNCIA
Evite jogadas em que as decisões tenham pouco EV. O longo prazo da FT é bem mais difícil de ser alcançado. Assim, uma jogada pode ser +EV em relação às fichas, mas -EV se levarmos em conta a premiação. Isso pode ser calculado usando o ICM (Independent Chip Model). Um bom exemplo é um all-in contra dois oponentes. Além das fichas, quando um deles cai, você salta para a próxima faixa de premiação, o que faz bastante diferença na lucratividade final.


#5 DEFINA SEUS ALVOS
Jogue potes, preferencialmente, contra os stacks médios. Eles não estão em uma situação que gostariam de envolver todas as fichas em uma mão, e quando sentem que estão atrás, ficam propensos a desistir. E abuse dos jogadores shorts. Na maioria das vezes, eles estarão jogando de formar tight, o que nos proporciona uma boa fold equity.


#6 JOGANDO COM POUCAS FICHAS
Caso esteja short, evite ir all-in com mãos fracas contra os jogadores que possuem stacks grandes. A tendência é que eles paguem com um range bem amplo de mãos.


#7 NÃO SE DESESPERE
Comece jogando de forma mais tight. Observe as tendências da mesa e dos jogadores. Isso irá facilitar na tomada de decisões.


#8 AGRESSIVO, NÃO LOUCO
Jogue de forma mais agressiva, como eu já disse, prefira aumentar e reaumentar em vez de apenas pagar, mas lembre-se: agressividade não é sinônimo de estupidez. Aqui, vale repetir: fold equity, fold equity, fold equity.


#9 CUIDADO COM OS MOVES
Nesta fase, evite tentar achar spots contra mais de um jogador. Há grandes chances de seu blefe não passar ou de você encontrar um adversário com uma mão de valor – já que, na mesa final, o jogo é um pouco mais tight.


#10 ESQUEÇA SUA POSIÇÃO EM FICHAS
Nunca se importe com sua atual colocação na FT. Aqui, o mais importante são suas fichas em relação aos mais shorts e à média do torneio.


#11 ATACANDO OS BLINDS
Mantenha o foco em uma boa estratégia para roubar blinds. Isso é necessário para mantermos nossa FE alta.


#12 POSIÇÃO NA MESA
Não jogue fora de posição. Raramente o EV vai compensar o investimento das fichas.


#13 RUMO AO TOPO
Jogue sempre para vencer, mas lembre-se que quanto mais você se envolver em situações que há o risco de eliminação, mais difícil será conquistar o título.





domingo, 20 de outubro de 2019

5 Lições do Poker


5 lições do Poker que podem ser Aplicadas ao Minimalismo




por Luciano Rocha


O poker é o principal esporte ao qual me dedico. Uma vez que esportes físicos não são o meu forte, decidi me enveredar pela área da mente.

Jogo poker desde 2007, porém só comecei a jogar realmente a sério – disputando torneios que valem dinheiro – ha dois anos. Desde então, mais do que ganhos monetários, passei a estudar mais a fundo a filosofia do jogo, as estratégias, o comportamento de jogadores, e toda essa pesquisa me levou a perceber o quão rico, abrangente e detalhista são cada jogada, ação e pensamento não apenas no jogo, mas na carreira de um jogador como um todo.

E dentro desse pouco tempo de estudo, percebi algumas pequenas relações entre poker e minimalismo. Certas lições, práticas e formas de pensar do jogo e da carreira se encaixam perfeitamente em uma vida mais simples e com mais foco nos momentos. Veja cinco delas aqui abaixo.


1) Foco no longo prazo

Um jogador de poker que deseje ganhar muito dinheiro em pouco tempo dificilmente terá uma carreira vitoriosa. Na verdade, ele nem mesmo será um jogador lucrativo se começar a jogar pensando dessa maneira.

No poker, o tempo é essencial. Mil jogos é uma amostragem mínima para saber se alguém tem potencial ou não. O mesmo vale para quem é minimalista: a nossa mudança de pensamento passa a ser menos voltada para prazeres imediatistas e mais concentrada para os ganhos decorrentes de uma mudança de estilo de vida permanente e duradoura. Sempre, claro, a longo prazo.


2) A importância da constância de resultados

Quem olha o poker de perto acha que todos os grandes jogadores ganham torneios milionários toda semana. Infelizmente, para quem pensa assim, a realidade é bem diferente: uma carreira lucrativa no esporte se forma da junção de pequenos resultados de longo prazo. De nada adianta ganhar um torneio milionário e passar o resto da vida tendo resultados ruins.

A adoção de um estilo minimalista também preza pela constância. Seja a constante arrumação de ambientes da nossa casa, seja realizar pequena tarefas durante o dia ao invés de uma só a cada seis meses, ter uma regularidade é o segredo para manter uma vida produtiva e feliz.


3) Jogar poucas mãos = ter poucos bens

No poker, o jogador que joga muitas mãos sem nenhum critério ou estratégia definida acabará tendo perdas frequentes e uma carreira curta. Os grandes jogadores geralmente entram em poucas mãos, procurando tirar o maior número possível de fichas do oponente.

Um minimalista tem a mesma atitude em relação a bens. Não compramos coisas em grande quantidade, mas procuramos ter as coisas que nos permitam ter mais valor com uma quantidade menor de trabalho, tempo e espaço desperdiçado.


4) Focar em pessoas e não em coisas

Apesar de ser jogado com cartas, poker é um jogo de pessoas. Trata-se de analisar cada oponente da mesa, tentar “descobrir” o que ele está pensando e usar essa informação a nosso favor. As cartas que um jogador tem pouco importam se ele não sabe fazer essa análise.

O minimalismo também se trata de pessoas. Como diz a famosa frase de encerramento do podcast The Minimalists: “love people and use things, because the opposite never works.” (“ame pessoas e use coisas, porque o oposto nunca funciona). Valorizar nossas relações familiares, amorosas e de amizade é tão importante quanto valoriza os sinais que cada adversário dá na mesa de poker.


5) Liberdade

A liberdade é tão importante para nós que está no título deste blog. No caso do poker, o jogador possui a liberdade de trabalhar para si próprio, poder fazer seus próprios horários e ganhos; e trabalhar quantas horas quiser, de onde quiser.

O minimalismo também preza pela liberdade: a liberdade de movimentação, de não estar preso a tantos problemas e a coisas que não trazem nenhuma sensação positiva para quem as possui. O fim do peso e a liberdade são umas das principais sensações que senti ao me tornar minimalista.


Conclusão

Embora ainda haja muito preconceito sobre o poker no Brasil, está claro que ele é um esporte que traz lições absolutamente valiosas para a vida em todos os aspectos.

Se algum minimalista deseja ter um hobby que estimule a mente, pode começar por aqui.




quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Estratégias de Poker - Para Iniciantes


Conheça as Melhores Estratégias para a Mesa de Poker



Diferente de outros jogos de apostas, o poker depende muito da habilidade do jogador – e menos da sorte ou das cartas que se tira. Isso porque o poker é um jogo coletivo, onde os jogadores apostam entre si e o dinheiro apostado e premiado vem sempre de outros jogadores. Ou seja, no poker, você compete para ganhar o dinheiro que seus adversários apostam. O resultado das partidas é indiferente para os cassinos ou casas de jogos, que no caso do poker garante seu rendimento cobrando pelo espaço ou por inscrições para campeonatos e afins.

Além disso, embora se trate de um jogo de cartas onde as probabilidades importam imensamente, a dinâmica do seu funcionamento torna o jogo mais sobre as atitudes, estratégias e habilidades dos jogadores do que sobre as cartas que cada um recebe. Jogadores de todos os níveis de habilidade já perderam com ótimas mãos, ganharam com mãos ruins, e entre essas vitórias e derrotas desistiu do jogo muito mais vezes, quando era prudente. Então, é importante entender que o poker também é feito de muitas apostas “descartadas”, quando se torna prudente fazê-lo. Nem sempre vale a pena pagar para ver.


Teorema fundamental do poker

Tendo isso em mente, é importante considerar o conhecido “teorema fundamental do poker”. Esse teorema é uma regra não-oficial, mas praticada quase universalmente pelos jogadores sérios e profissionais. Basicamente, ela entende que o poker deve ser jogado como se você soubesse as cartas que seus oponentes tem em mãos, e agir a partir daí. O que isso significa é que, se você não faria aquela jogada caso o oponente tenha o que você pensa que ele tem (de acordo com suas apostas, cartas na mesa, etc), então não deve fazê-la.
Da mesma maneira, o teorema fundamental também é interessante porque nos propõe também a estratégia do contra-ataque: Se o seu adversário agiria diferente ao ver suas cartas, você já está em vantagem sobre ele. É importante notar que o teorema fundamental dificilmente se aplicará quando há mais de um oponente disputando pela rodada. Ainda assim, as bases de uma estratégia inicial de poker estão dadas.
Jogue apenas se você o faria sabendo o que seus oponentes têm ou podem ter.
Faça com que seus adversários joguem diferente do que fariam caso vissem suas cartas.

Mantendo esses princípios em mente, é possível prosseguir para outras estratégias e até mesmo projetar as suas próprias. Embora o teorema central não garante apenas vitórias, com certeza minimizará suas perdas e maximizará seus ganhos.

Não blefe

Blefar no poker é extremamente tentador, especialmente para os que já estão acostumados com a dinâmica do truco e de outros “jogos-ladrão”, onde blefar é essencial para a vitória. No entanto, especialmente para os iniciantes, blefar pode – e quase sempre será – uma derrota e perda de fichas. Blefar exige que você continue jogando contra jogadores que, experientes, só continuarão apostando se eles mesmo tiverem cartas. Por isso o risco: os jogadores têm incentivo de chamar o blefe, e se o fizerem, você vai perder grandes quantias.

Nunca mostre se não precisar

Mostrar suas cartas após o final de uma partida que não resultou na abertura das mãos apenas revela informações ao seu oponente que ele poderá usar contra você. Embora alguns tentem usar como tática de intimidação ou para iludir seus oponentes, também demonstra como você age dependendo das mãos que tem, de maneiras que até você mesmo pode não perceber. Assim, o melhor é revelar o mínimo possível de informações, e sua mão é a mais importante delas. Outras coisas para se estar atento são:
- Não olhe imediatamente para suas fichas quando tiver uma boa mão. Guarde a quantidade e valor das suas fichas na cabeça.
- Evite cacuetes, a não ser que os conheça e possa usá-los a seu favor.
-Se tem pouco controle ou percepção de sinais corporais e da face, use óculos escuros e tente manter a boca inexpressiva.

Como dito antes, o poker se trata muito mais do que apenas suas cartas e as chances que elas representam de você ganhar. A prudência do jogo está em assistir e entender seus oponentes, jogar cautelosamente e, principalmente, não dar informações sobre você!




quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Relação de Dinheiro Grátis Ativos em Outubro / 2019






Relação de Dinheiro Grátis

Ativos em Outubro / 2019






Diversas salas de Poker OnLine oferecidas pela BankRollMob.
Este mês eles estão distribuindo dinheiro na PartyPoker e na 888poker
BankRollMob também distribui diversos bônus em outras salas de poker, mas verifique se o bonus que você escolher está liberado para seu país. Alguns são somente para jogadores de países europeus.

Seguindo os passos do tutorial eles liberam o dinheiro em no máximo 3 dias.





PokerStrategy é uma das mais antigas e importantes escolas de Poker do mundo.

Além das ofertas de dinheiro grátis para começar a jogar Poker OnLine nas melhores salas, você ainda tem muito material de estudo em vídeos e artigos.

Atualmente eles estão distribuindo um capital inicial GRÁTIS na PokerStars, FullTilt, Natural 8 e Bet365.






Este talvez seja o melhor e mais fácil bônus de se conseguir.

Você vai receber $8 iniciais e a medida que for jogando vão sendo liberadas outras parcelas até $88 dólares 

Basta baixar o programa da 888 Poker, se cadastrar e começar a jogar!!!!

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segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Blefes e Disfarces no Poker


Poker tells: Sobre Expressões Corporais, Blefes e Disfarces




por Guilherme Kalil


Minta para mim

Vários de vocês devem conhecer a série Lie to Me, exibida no Brasil pelo canal Fox, inspirada no trabalho do psicólogo Paul Ekman. O mote é simples: o cientista Cal Lightman lidera uma equipe de especialistas em detectar mentiras por meio da análise de expressões e gestos das pessoas.





Essa ciência, aplicável em diversos campos da nossa vida, toma uma enorme proporção em uma mesa de poker, onde é necessário tentar decifrar com quais cartas o adversário toma uma decisão qualquer. No poker, tais reações físicas são chamadas de tells e são usadas frequentemente por jogadores da modalidade ao vivo.


Tells são reações físicas não intencionais que os jogadores apresentam ao receber suas cartas, ver um flop (primeiras três cartas comunitárias abertas em um jogo de Texas Hold'em), ver uma aposta ou ouvir o comentário de um adversário. Elas podem durar milésimos de segundos, mas o olho treinado de um jogador consegue detectá-las numa mesa de poker, numa reunião de negócios ou numa paquera.

Se fosse perguntado a qualquer jogador do mundo o que tornaria o jogo dele perfeito, a resposta provavelmente seria: “Visão de raio-X para ver as cartas do meu adversário”. Pois bem, como não há jogador com superpoderes, o que pode ser feito para se aproximar o máximo disso é estimar uma gama de mãos com as quais o adversário pagaria ou aumentaria uma aposta. A melhor forma de fazer isso é por meio de padrões de apostas e da leitura de tells.


Os tells não podem ser disfarçados?

Com muito treino, os tells podem, sim, ser reduzidos. Mas pouquíssimos jogadores estão isentos de demonstrar sua satisfação ou descontentamento com um novo fato no jogo. É por isso que muitos jogadores usam óculos escuros, capuz ou cobrem parte do rosto com as mãos. Não, não fazemos isso para ficar com cara de mau nas fotos.


Todo jogador tem os mesmos tells?

Definitivamente, não. Alguns tremem as mãos quando têm cartas muito boas, outros tremem por natureza. Há ainda casos raros de jogadores que tremem as mãos quando estão blefando. Às vezes vemos as veias pulsando no pescoço de alguns jogadores – que geralmente significa boas cartas, mas isso também pode significar que estão contando uma mentirinha.

O importante é observar o adversário por um tempo razoável para saber se aquele bater ininterrupto do pé é sinal de júbilo com a mão que recebeu ou de impaciência com a escassez de boas cartas.





Quais os tells mais comuns e como decifrá-los?

A resposta mais honesta que o sistema nervoso dá acontece dentro do segundo imediatamente após a recepção de uma informação. Por isso, uma das maiores revoluções que aconteceram no meu jogo se deu no momento em que eu parei de olhar para o flop na hora da abertura e passei a observar a reação dos meus adversários às cartas trazidas por ele.

O comportamento padrão entre os iniciantes é demonstrar fraqueza quando se tem uma mão boa e força quando a mão é ruim. À medida que os jogadores evoluem é necessário aprofundar a observação, procurando por tells que muitas vezes não são tão óbvios.


Os tells mais comuns são:

Mãos tremendo: Na maioria dos casos o adversário apresenta esse tell quando tem um jogo muito bom. O momento mais fácil de fazer essa observação é quando o adversário está fazendo sua aposta.

Olhar para as próprias cartas imediatamente após o flop: Imagine um flop com três cartas de um naipe. Um dos jogadores imediatamente olha suas cartas. Geralmente ele olha para conferir o naipe de suas cartas. Observe suas atitudes após essa conferida e aja de acordo.

Olhar para as fichas ou levar a mão até elas após o flop: Essa é clássica! Quando imediatamente após o flop um jogador tem uma dessas reações, em geral é hora de fugir. Jogadores pouco experientes em jogos ao vivo costumam fazer isso com mãos fortes.

Distância da mesa: É comum um jogador aproximar seu torso da mesa quando gosta de suas cartas. Por outro lado, muitas vezes, quando um jogador não gosta do que viu, ele se afasta da mesa.

Silêncio imediato: Seu adversário está no meio de uma conversa e, de repente, ao ver o flop, ele se cala e congela. Cuidado. Geralmente este jogador tem um bom jogo.

Padrão de apostas: Alguns jogadores apostam forte quando estão blefando e pouco quando têm cartas excelentes. Outros fazem o inverso. Esta é uma informação que pode ser excepcionalmente lucrativa contra um adversário específico.


Vídeo com um belo exemplo de tell




Um dos maiores profissionais brasileiros de poker e nosso único campeão mundial, o curitibano Alexandre Gomes, em uma linda mão jogada no PCA (PokerStars Caribbean Adventure) de 2009, nos dá um ótimo exemplo de tell:

Vi o vídeo ao lado de uma pessoa que, além de conhecer muito o Alê, estava na plateia assistindo à mão ao vivo. Essa pessoa me confidenciou que no momento em que o adversário pede a contagem das fichas e o brasileiro responde com a testa apoiada em sua mão, já tinha certeza de que Gomes não perdia mais.


Como revelar o mínimo possível?

De acordo com o maior especialista em tells na atualidade, o ex-agente do FBI Joe Navarro, que interrogou suspeitos por 25 anos, a melhor maneira de esconder os seus tells é:

- sentar-se confortavelmente,

- usar óculos escuros grandes,

- manter os cotovelos encostados na mesa

- e as mãos juntas tapando a boca e, de quebra, as veias do pescoço.






Entender os tells exige muito treinamento, claro. Ainda assim, com esse pequeno guia já é possível conseguir mais informações sobre as cartas dos parceiros, o grau de satisfação do seu chefe com o relatório feito às pressas e o quanto a gatinha está interessada no seu papo sobre como você é sensível à linguagem corporal alheia.

No entanto, lembre-se: tells são como gosto, cada um tem o seu.

Fonte: Papo de Homem




sábado, 12 de outubro de 2019

Jogadas Agressivas


Escolhendo Oportunidades Lucrativas:

Aprenda Como Armar Jogadas Agressivas




Logo depois do tiroteio na Columbine High School, no estado norte-americano do Colorado, em 1999, me lembro de ter visto um artigo de opinião que apoiava o porte de armas para alguns professores selecionados. O artigo incluía uma frase que ficou em minha cabeça desde então: “Problemas até agora impensáveis exigem soluções até agora impensáveis.”

Não importa sua opinião acerca do armamento de professores, esse não é o ponto. A questão é como percebemos novos problemas e novas soluções. Vamos a um exemplo concreto.

Na minha mais recente sessão no Harrah’s Cherokee ($1/$2 no-limit hold’em), eu estava jogando apenas o ABC do poker no começo do jogo, como normalmente faço. Gosto de persuadir a mesa a pensar que aposto ou aumento apenas quando tenho boas mãos, e dou check e fold quando não tenho. Depois que eles estiverem pensando isso, se torna muito mais fácil explorá-los com blefes e slow playings.

Depois de algumas mãos eu tinha aumentado antes do flop somente com cartas altas ou mãos especulativas como suited connectors, tive poucos callers e errei os flops. Como eu queria estabelecer uma imagem séria preferi não apostar estando totalmente air, contra vários oponentes, então optei pelo check-fold.

Depois disso ter acontecido algumas vezes percebi que um dos jogadores big stacks da mesa começou a apostar em flops que dificilmente melhorariam minhas mãos iniciais possíveis. Por exemplo, se o flop vinha , ele aparentemente pensava que eu tinha errado o flop com as mãos que eu provavelmente teria aumentado no preflop, como AJ+. Então ele arriscava roubar o pot.

Isto foi, sem dúvida, inteligente. Ele estava jogando a matemática, que diz que a maioria dos flops não melhorarão a maioria das mãos dos jogadores. Não sei se ele realmente acertava os flops ou se apenas decidia que provavelmente ninguém tinha acertado, deixando o caminho aberto para blefes seguros. De qualquer forma, ele levava os potes sem ser contestado.

Mas depois que isso aconteceu duas ou três vezes o padrão era bem óbvio para qualquer um que prestasse um pouco de atenção. Então, na próxima vez em que o mesmo padrão apareceu eu estava pronto. Eu aumentei com KJo, alguns jogadores pagaram e vimos um flop com cartas desconectados e sem ases ou cartas vestidas. E como esperado, o big stack saiu apostando $15, comigo e mais outro jogador na mão.

Baseado no mesmo raciocínio que ele usava. Eu sabia que muito provavelmente ele não havia conectado qualquer jogo forte com esse flop. Poucos jogadores de $1/$2 NLHE conseguem resistir à tentação de dar slow play em mãos grandes, como trincas. Eu estava confiante que sua aposta representava nada além de um top pair, e provavelmente menos que isso. Da mesma forma, era improvável que o outro jogador teria acertado algo grande. Então, aumentei para $40 e levei o pote.

O que importa aqui é porque isso funcionou – porque era a primeira vez que ele me via fazer esse tipo de ação. Eu fui mais agressivo do que estava sendo até então. Sua conclusão natural foi de que uma aposta agressiva e inesperada implica uma mão muito forte – como uma trinca, ou ainda par de ases ou de reis, que não precisam da ajuda do flop para ser a melhor mão.


Foi o mesmo raciocínio que me fez dar fold em cartas altas a primeira vez em que ele apostou nessa mesma situação. Concluí que ele provavelmente tinha algo grande, enquanto eu não tinha. Mas depois de ver ele fazer aquela mesma jogada algumas vezes mais, ela deixou de ser forte. Se tornou mais difícil dar crédito a ele por ter algo forte que valesse a pena apostar todas as vezes.

E, claro, se eu continuasse aumentando suas donkey bets, como fiz aquela uma vez, cedo ou tarde ele pararia de assumir que tal agressão representava uma mão forte.

Este é o ponto: A primeira vez que um oponente observador te ver tomar uma ação incomum de força, você terá muito respeito. Porém, da segunda ou da terceira vez você provavelmente não terá tanto respeito assim.

Mas então, como explorar esse conhecimento? Bom, pense um pouco. Quando você realmente tiver uma mão monstra, você quer que os oponentes paguem ou desistam? Paguem, certo? Porém, quando você faz algo muito agressivo você provavelmente terá apenas folds. Isso significa que a jogada mais inteligente é fazer movimentos agressivos quando você tiver um jogo fraco.

Então faça de novo alguma outra vez, e novamente sem uma mão forte, e você provavelmente vai se livrar de novo.

Mas na terceira vez, assumindo que seus oponentes estejam prestando atenção no jogo, é melhor que você realmente tenha a mão forte que está representando, pois neste ponto você já levantou suspeitas e a curiosidade dos seus adversários. Quando você achar que vai ser pago, aqui que você deve realmente ter a mão monstra, para extrair o máximo de valor possível das mãos que são fortes o suficiente para ousar pagar suas apostas.

A maioria dos jogadores desse nível entende tudo ao contrário. Eles são agressivos antes do flop dando limp-reraise na primeira vez em que pegam AA ou KK. Ou aplicam seu primeiro check-raise apenas depois de flopar uma trinca.

Esses jogadores não estão pensando de forma detalhada. Eles estão induzindo ao fold quando deveriam estar tentando fazer com que paguem suas apostas. Uma estratégia muito melhor é usar o crédito de ser um jogador agressivo pela primeira vez e levar um pote que você não conseguiria ganhar apenas com a força da sua mão – isto é, em um blefe puro.

E como bônus, desse jeito é bem mais divertido!

Traduzido e adaptado de: Picking Profitable Spots: Learn How to Set Up Your Aggressive Moves