sábado, 27 de junho de 2020

Curso A Dinêmica do Poker




A DINÂMICA DO POKER



O Curso A Dinâmica do Poker é um novo curso 100% online, focado nas principais estratégias para se jogar poker de forma vencedora e lucrativa. 

São 10 módulos que vão te mostrar como pensar e entender o Poker corretamente e se destacar nas mesas de poker!

Módulo 1 - Mind Set no Poker
O Primeiro passo para ser lucrativo no Poker é a configuração da sua mente.

Módulo 2
Dinâmica do Poker
Vamos abordar os 5 elementos fundamentais para você jogar Poker em outro nível 

Módulo 3
Dominando Valor e Blefe
Domine a maior estratégia do Poker

Módulo 4
Raciocinando Ranges
Aprenda a explorar a força da sua mão em determinados situações, assim como explorar jogadas altamente lucrativas.

Módulo 5
Princípios da Lucratividade
4 princípios que todo jogador lucrativo conhece e aplica no seu jogo.

Módulo 6
Estratégias Avançadas
A importância de jogar Poker sem considerar o fator randômico do baralho.

Módulo 7
Criação de Cenários no Poker
Reconfigure sua forma de "Pensar" Poker.

Módulo 8
Analise Flop, Turn e River
Aprenda à analisar e explorar as cartas comunitárias.

Módulo 9
Software de Apoio
Entender o conceito por trás do uso de software de apoio e como ele te coloca a frente dos adversários.

Módulo 10
Representação Avançada no Poker
Técnicas avançadas que jogadores profissionais utilizam como "vantagens" contra seus adversários.


Esse curso foi inspirado após a realização de Coach com 3 grandes jogadores do Poker brasileiro somadas a todas as experiências após meses jogando poker nos melhores cassinos de Las Vegas .

Cada vídeo aula do curso aborda uma estratégia de jogo e seus principais fundamentos, explicando como pensar uma mão de poker e como explorar as estratégias de jogo da mesma forma que os jogadores profissionais.

Esse curso é com certeza uma chave para jogar poker em um nível avançado.




quarta-feira, 24 de junho de 2020

Pensar Demais na Mesa de Poker


Level no poker: como pensar demais pode lhe custar dinheiro na mesa de poker




por Alex Sal


Em 1999 (e depois em 2006), David Sklansky, em seu renomado livro ‘A Teoria do Poker’ (The Theory of Poker), apresentou ao mundo os diversos níveis de pensamento no poker.

Para aqueles que não conhecem o conceito, podemos resumir conforme exibido a seguir (com uma breve renumeração da versão original para incluir ações puramente irracionais):
Nível 0: Eu sequer me importo com minhas próprias cartas.
Nível 1: Quão forte é minha mão?
Nível 2: Quão forte é a mão deles?
Nível 3: Quão forte eles pensam que minha mão seja?
Nível 4: Quão forte eles pensam que eu penso que minha mão seja?
Nível 5: Quão forte eles pensam que eu penso que eles pensam que minha mão seja?
Nível 6+: E assim por diante.

Como a leitura fica um pouco difícil, eu geralmente substituo a construção verbal do Nível 3, bastante complexa, “Quão forte eles pensam que minha mão seja?”, por uma construção bem mais intuitiva: “O que eu represento?“, que é uma forma mais concisa de expressar como nosso oponente essencialmente vê nossa mão.

A sequência apresentada é então simplificada:
Nível 0: Eu sequer me importo com minhas próprias cartas.
Nível 1: Quão forte é minha mão?
Nível 2: Quão forte é a mão deles?
Nível 3: O que eu represento?
Nível 4: O que eles representam?
Nível 5: O que eles pensam que eu represento?
Nível 6+: E assim por diante.

Vejamos alguns exemplos comportamentais de ações que se enquadram nestas categorias para entender um pouco melhor:
Nível 0: Alguém que vai all-in direto em toda mão.
Nível 1: Uma jogada na qual o jogador “casa” com sua própria mão (boa ou ruim).
Nível 2: Uma linha fit or fold (acertou ou largou) que “acredita” na história do oponente.
Nível 3: Um blefe sofisticado que se aproveita da textura de um bordo complexo e intimidador.
Nível 4: Uma jogada que “lê as entrelinhas” e que paga um blefe com sucesso.
Nível 5: Quando a Carol achar que o Paulo espera que ela blefe, ela optará por apostar por valor, em vez de blefar.

Por exemplo, quando a Carol blefa se aproveitando de uma scare card que seja mais provável ter melhorado o seu próprio range do que o range do oponente, ela está pensando no Nível 3, porque ela está usando a textura da mesa para representar força.

Da mesma forma, quando o Paulo tentar blefar no river simplesmente porque ele não consegue vencer no showdown (i.e., sua mão não é forte o bastante), ele está apenas pensando no Nível 1. O interessante aqui é que para um olho não treinado ambos jogadores parecem estar fazendo a mesma coisa (blefar), embora a justificativa de cada um deles seja muito diferente.

Como veremos, não se trata de uma coincidência, já que estes níveis possuem uma ciclicidade nata. Na verdade, esta “ciclicidade” é exatamente o que torna o poker tão complicado e eletrizante.

Para piorar ainda mais as coisas, acontece que enfrentar o Nível 1 de pensamento é o pior pesadelo dos jogadores no Nível 3 de pensamento. Pode soar um tanto quanto paradoxo, mas em uma disputa entre dois oponentes, o Nível 3 toda vez perde para o Nível 1. Você precisa estar exatamente um nível acima do seu oponente para que o nível de pensamento tenha eficácia.


A espiral dos níveis de pensamento em jogos

Neste ponto, não chega ser uma surpresa que a espiral de níveis de pensamento desempenha um papel bastante importante em jogos. Talvez o exemplo mais clássico seja o Pedra-Papel-Tesoura (PPT).





Neste jogo, é bem sabido que a maioria dos iniciantes começam com a Pedra. Este fenômeno é conhecido como “Rookie’s Rock”, ou “Pedra de Novato” (Nível 1). Este simples fator é capaz de criar uma dinâmica muito interessante. Por exemplo, com qual opção a Carol deve jogar nos seguintes cenários?
Nível 2: Carol espera que Paulo comece com Pedra;
Nível 3: Carol espera que Paulo espere que ela comece com Pedra;
Nível 4: Carol espera que Paulo espere que ela espere que ele comece com Pedra;
Nível 5: Carol espera que Paulo espere que ela, esperando que ele, espere que comecemos com Pedra.

Um pouco de raciocínio nos revela as seguintes respostas:
Nível 2: Papel;
Nível 3: Tesoura;
Nível 4: Pedra;
Nível 5: Papel.

Por exemplo, no Nível 2, a Carol simplesmente espera que Paulo comece com Pedra, fazendo com que Papel seja a estratégia óbvia para ela. A seguir, no Nível 3, a Carol assume que o Paulo sabe da estratégia de “Rookie’s Rock”, portanto ela assume que ele tentará se beneficiar deste fato, optando por Papel. Portanto, a estratégia correta seria Tesoura.

Da mesma forma, no Nível 4, a Carol assume que o Paulo está esperando um ataque seu contra sua estratégia esperada de “Rookie’s Rock”. Em outras palavras, o Paulo espera que a Carol use Papel, portanto ele começará com Tesoura. Se este for ocaso, a Carol deve começar com Pedra, completando efetivamente um círculo completo! E assim por diante…

Portanto, o que acontece se a Carol estiver pensando no Nível 3, mas o Paulo não for um jogador sofisticado de PPT que simplesmente começa com Pedra (Nível 1), como a maioria das pessoas? A resposta é simples, a Tesoura da Carol vai perder para a estratégia de “Rookie’s Rock” do Paulo. De fato, a Carol pensou demais na situação em seu próprio detrimento.

Mais uma vez, o Nível 1 ganhou do Nível 3! Perceba que se ela simplesmente pensasse apenas um nível acima em relação ao Paulo (Nível 2), ela teria escolhido Papel e teria vencido.


Exatamente um nível acima, nem mais, nem menos…

O segredo aqui é que não importa quão alto seja o nível na espiral dos níveis de pensamento. O que realmente importa é sua posição relativa no círculo que nos é apresentado na vista superior da espiral. Pedra ganha da Tesoura, não importa quão avançado seja o processo de raciocínio.

Isto dito, saber a estratégia do oponente é útil, pois possibilita ter uma vantagem ao pensar exatamente um nível acima do oponente. Se pensarmos um nível abaixo, falhamos, e se pensarmos muito acima, estamos pensando demais. Existe uma linha bem tênue entre estes dois cenários.


Relação com o poker

Isto nos leva de volta ao poker.

E o que isto tem a ver com jogadores vencedores, como é o caso da Carol? Existem vários motivos.

Para começar, a espiral dos níveis define o jogo de poker de forma fundamental, muito igual à forma que define um jogo mais simples, como Pedra-Papel-Tesoura.

Além disto, ela se baseia naquilo que faz o poker um jogo de habilidade. Prever como seus oponentes podem se comportar é exatamente o que faz da Carol uma jogadora vencedora. Em outras palavras, a espiral é o marco inicial da maioria das estratégias vencedoras. Entender seu funcionamento e como se beneficiar dele é o que diferencia os jogadores casuais dos jogadores profissionais.

Para mim, esta noção é tão incrivelmente fundamental para o jogo que na verdade eu tenho muita dificuldade em escolher um exemplo prático do poker que possa representar este conceito com justiça. O fato é que a espiral dos níveis se aplica em termos técnicos a cada mão de poker imaginável. De qualquer forma, vejamos um exemplo bem simples para validar nosso ponto.

Exemplo de mão

Imaginemos um jogo ao vivo, com blinds $5/$10 e stacks efetivos de 100 BB’s. A Carol abre do botão apostando $30 com 7♦ 6♦ e seu oponente, Paulo, bastante loose e passivo, faz o call do BB.

Como a maioria dos oponentes loose e passivos, Paulo está mais ou menos pensando no Nível 1, i.e., ele basicamente está preocupado com suas cartas e nada mais. A Carol, por outro lado, é uma jogadora racional que está prestando atenção na posição e nas texturas do board.

O flop traz A♦ 5♠ 4♠ e Paulo faz check. Carol aposta $45 em um pote de $65 pot com seu open-ended straight draw e backdoor flush draw. Paulo faz o call bem rápido. O turn é um J♠, possibilitando um flush de espadas e Paulo faz o check novamente. Carol agora aposta $120 para representar o flush e forçar o fold de pares fracos. Desta vez, Paulo pensa bastante antes de fazer o call.

Finalmente, o river traz o 7♣ e a ação segue novamente em check até a Carol. Sem perder tempo, a destemida Carol aposta $300 em um pote com quase $400. Paulo pensa bastante antes de finalmente fazer o call com A♣ 2♣ e vencer o pote com top pair, sem kicker!

O que aconteceu exatamente? Visto de fora, parece que — devido à ação — Paulo fez um call horrível que praticamente só ganha de blefes.

Com o blefe, a Carol estava tentando “vender” o que ela acredita ser uma história bem convincente de força. Em outras palavras, Carol está pensando no Nível 3 (O que eu represento?). O problema é que o Paulo não é a Carol e ele não sabe o que a Carol sabe, e nem presta atenção à história que se desdobra em frente aos seus olhos.

Paulo pode muito bem estar pensando: “Tenho um par de Ases!”, como se fosse a única coisa que tivesse importância na mão. É o típico pensamento de Nível 1. E como já vimos anteriormente, este nível básico sempre destrói o Nível 3!

Certo, mas o que a Carol poderia ter feito diferente contra o mesmo tipo de jogador?

A resposta é bem simples: Ela poderia ter pensado e agido no Nível 2. Em outras palavras, ela poderia ter tentado estabelecer se o Paulo gosta da mão dele ou não. Se ele gostar, mesmo que remotamente, ela deveria evitar a maioria dos blefes e priorizar apostas baixas por valor.

Se o Paulo for loose o suficiente para jogar contra a Carol em uma textura de board tão complicada e com apenas top pair sem kicker, existe muito valor a ser extraído para a melhor parte do range da Carol.

Obviamente, isto apenas se a Carol for esperta o bastante para esperar acertar a parte mais alta do seu range e então partir para as devidas apostas! Isto é mais fácil dito que feito, claro.

Existe um certo escárnio relacionado à falta de habilidade de novos jogadores em vencer nos stakes mais baixos, quando tais jogadores falam algo do tipo:

“Quero subir de stakes, onde as pessoas vão respeitar meus raises!”

O que na verdade está sendo dito é que:

“Sou incapaz de me ajustar”

Em outras palavras, qualquer desconforto em jogar contra oponentes “encardidos” revela uma falta de habilidade em conseguir apostar baixo por valor e também em realizar folds difíceis (que são igualmente necessários quando os papeis são invertidos).

Um detalhe importante

Agora alguns de vocês podem estar pensando: “Espera, a espiral dos níveis não se trata de uma abordagem exploratória do poker? E, se for, isto não vai contra as estratégias de Teoria de Jogo Ideal (GTO, ou Game Theory Optimal), tão populares recentemente?”. Sim e sim!

Salvo pela assunção implícita de que talvez eu tenha negligenciado considerar tais estratégias ou simplesmente as esqueci. GTO tem sido cuidadosamente levada em consideração, mas advertidamente não incluída no prisma básico de lucratividade do poker vencedor.

Na qualidade de alguém que estudou e ensinou o tópico por anos, acredito que o assunto é geralmente representado de forma errônea na indústria como sendo mais relevante para o sucesso no poker do que realmente é.

As estratégias GTO são como artes marciais. São ótimas de se saber e têm muitas vantagens, mas o melhor é não fazer seu uso. Isto me lembra a famosa frase de Sun Tzu:

“A melhor forma de vencer uma briga é evitando a briga.”

Da mesma forma, as estratégias GTO devem ser vistas como algo que não queremos usar. Não esqueçamos sua natureza defensiva e conservadora. Elas permitem que alguém como a Carol “garanta” uma fração específica do pote para ela, não importa o que os oponentes façam.

Isto significa que, salvo se seu oponente cometer um erro, esta fração será zero (ou menos, se considerarmos o rake). Por exemplo, é fácil ver que a estratégia GTO para Pedra-Papel-Tesoura é a de randomizar as opções de um jogador de forma que o valor esperado seja sempre zero.

Entretanto, se a Carol souber os tipos de erros que seus oponentes vão cometer, por que não tentar tirar o máximo de vantagem destes erros utilizando estratégias exploratórias?

Sabidamente, haverá ocasiões em que a Carol enfrentará uma competição agressiva, então talvez algumas ideias de GTO possam lhe salvar, no sentido de que ela pode aplicar estas estratégias para perder o mínimo ou para garantir uma boa fração na situação ideal. Ou ela pode ainda usar estratégias GTO quando não tiver qualquer informação confiável com a qual possa basear suas estratégias exploratórias.

Felizmente, salvo em raras exceções em que ela terá pouca ou nenhuma opção em relação a contra quem ela vai competir, a seleção do jogo e das mesas pode ajudar muito no que se refere à criação de um ambiente lucrativo para a Carol. Talvez Sun Tzu tinha algo em mente, afinal…

Nota importante do editor: É crucial não misturar ajustes exploratórios com base em informações confiáveis com pensamento cíclico baseado em assunções.

Se você já ouvir alguém dizer algo tipo “você deveria dar fold porque ninguém blefaria nesta situação”, o pensamento cíclico já é familiar para você.

Fonte: ROYALpag


domingo, 21 de junho de 2020

Como Adaptar sua Estratégia


COMO ADAPTAR SUA ESTRATÉGIA DE ACORDO COM O RAKE?




Por: Danilo Telles


NESTE ARTIGO VOCÊ ENTENDERÁ O QUE É RAKE NO POKER, COMO ELE AFETA A SUA LUCRATIVIDADE E COMO VOCÊ DEVE ADAPTAR O SEU JOGO DE ACORDO COM O RAKE COBRADO


O QUE É RAKE?

Rake é a taxa cobrada pelos operadores de um jogo de poker. Se você já jogou cash game em um clube, provavelmente viu o dealer retirar algumas fichas do pote na maioria das mãos – aquelas fichas eram o rake do clube.

E só para citar o óbvio: mais rake NÃO é melhor.


COMO O RAKE É COLETADO?

Há três métodos comuns que as salas de poker usam para cobrar o rake (ordenados a partir do que for mais comum):

1. Rake do pote

O tipo mais comum de cobrança de rake, o rake do pote é de geralmente 2.5% até 10% do pote de cada mão, normalmente até um valor máximo pré-determinado. Algumas salas de poker, entretanto, pegam um valor deterinado de rake do pote independente do tamanho deste pote.

Outras salas de poker não coletam nenhum rake até que o flop seja colocado, então se você aumentar pré-flop e ganhar os blinds, você ganha o pote inteiro. Isso é chamado de “no flop, no drop”.

2. Cobrança por tempo

Cobrança por tempo (também chamado de “rake por tempo” ou “taxa da mesa”) é um valor pré-determinado coletado (geralmente) a cada meia hora de jogo. Esta forma de rake é cobrada de uma de duas maneiras:
Tempo do jogador: Um valor é cobrado de cada jogador.
Pote por tempo: Um valor é cobrado do primeiro pote acima um certo valor.

Rakes por tempo geralmente são reservados para limites maiores ($10-$20 e acima).

3. Dead Drop

Um valor pré-determinado de rake é pago pelo jogador no button de cada mão, que o dealer coleta antes de distribuir as cartas.

COMO O RAKE DEVE INFLUENCIAR SUAS DECISÕES?

Falando de maneira simples, rakes altos diminuem seu EV (Valor Esperado).

Como isso afeta suas decisões? Para resumir, rake alto te força a jogar um estilo mais conservador (tight).

Isso significa que todos aqueles calls marginais pós-flop se tornam folds. Isso também tem um efeito nos ranges pré-flop já que aqueles open-raises, calls e 3-bets marginais também dependiam de apostar por valor, blefes e calls marginais para serem lucrativos.

Consequentemente, você tem que jogar mais tight pré-flop e pós-flop.

QUE SITUAÇÕES SÃO MAIS AFETADAS PELO RAKE NO POKER?

Há duas situações comuns que requerem ajustes particularmente grandes em jogos com rake alto: pagar do big blind e 3-bets. Adiante, focaremos apenas nestas duas situações.

RANGES DE DEFESA DE BIG BLIND

Nessa seção, veremos o processo de construir um range sólido de defesa de big bilnd contra qualquer tamanho de aposta.

Você pode copiar este processo para construir seus próprios ranges baseado na estrutura de rake dos seus jogos.

Vejamos uma mão assumindo um rake limitado a $5 que é cobrado quando o flop é colocado. (This is a typical rake structure for live card rooms, unfortunately.)

Clube local, $1/$2. 9 jogadores. Stacks efetivos $200.

Herói está no BB com duas cartas.
5 foldam. CO aumenta para $8. 2 foldam Hero…?

Vamos descobrir como deveria ser o range de defensa do Herói.

Este processo começa com as pot odds que eles recebem (aprenda a calcular pot odds aqui). O herói precisa pagar $6 para jogar por um pote de $12 (CO aumenta $8 + os $3 dos blinds + call de $6 do hero – $5 do rake):

Pot Odds = $6/$12 = 0.5 = 50% de equidade necessária.

Já que às vezes o Herói será forçado a foldar antes do river ou foldar a melhor mão, ele não conseguirá receber toda sua equidade. É importante ter isso em mente quando defender blinds – dependendo da mão específica, você precisará de um pouco mais ou um pouco menos de 50% de equidade.

UMA PALAVRA RÁPIDA SOBRE RECEBER EQUIDADE

Toda mão recebe equidade diferentemente.

Mãos que são fortes, conectadas e/ou de naipes iguais (suited) tendem a receber mais equidade – pense em AA, Aqo, ou Jts. Estes tipos de mãos frequentemente recebem além de sua equidade – no exemplo acima, podem pagar lucrativamente com menos de 50% da equidade.

Mãos desconectadas e/ou offsuit (de naipes diferentes) tendem a receber menos equidade – pense em A2o ou Q7o. Estes tipos de mãos frequentemente recebem abaixo de sua equidade – no exemplo acima, precisam pagar com mais de 50% da equidade para ter lucro.

Posição e habilidade do jogar também importam quando se fala de realização de equidade. Jogadores em posição recebem mais equidade que jogadores fora de posição. Um profissional veterano recebe mais equidade que um jogador inexperiente porque o profissional jogará melhor no pós-flop.

Então, se sua mão é um call incerto em termos de equidade, você provavelmente deve:
Pagar se tiver uma mão forte com boa jogabilidade ou se vocÊ sente que tem uma vantagem significativa pós-flop.
Fold se você tem uma mão com baixa jogabilidade ou não tem certeza sobre sua vantagem contra seu oponente.

Se nenhuma das duas opções parecer boa com para uma mão em particular, opte pelo 3-bet. Dessa maneira você ganhará experiência mais rápido.

Tendo isso em mente, vamos ver como todas as mãos possíveis no range do nosso Herói jogam contra o range estimado de raise do CO:



O número abaixo de cada mão representa a equidade da mão contra o outro range.

Na esquerda, você tem o range de abertura do CO. Na direita, você pode ver quanta equidade cada mão tem contra o range de abertura do CO.

Antes que eu mostre com que mãos o Herói deve defender, vamos descobrir quanta equidade o Herói precisa para defender se não houver rake.

Pot odds = $6 / $8 (aposta do CO) + $9 (nosso + blinds)
Pot Odds = $6/$12 = 0.35 = 35% de equidade necessária.

A diferença é surpreendente! 50% comparado com 35%. Vejamos como quão diferente é o range de defesa do Herói com e sem rake (cortei as mãos incertas e que provavelmente não receberão equidade suficiente):



O número abaixo de cada mão representa a equidade da mão contra o range de raise do CO.

Você pode fazer esse exercício por conta próprio e mudar as diferentes variáveis como o tamanho do raise e range e se familiarizar com os ranges de defesa apropriados.

RANGES DE DEFESA DE 3-BET

Nessa seção, veremos o processo de construir um range otimizado de call em 3-bets baseado no range do oponente no tamanho do raise.

Como na seção anterior, você pode copiar este processo para construir suas próprias estratégias baseadas nas diferentes variáveis que você encontra (range do oponente, tamanho do raise, valor do rake, etc).

A mão de exemplo que usaremos acontece no mesmo clube, e veremos situações com e sem rake.

Clube local, $1/$2. 9 jogadores. Stacks efetivos $200.

Herói está no CO com duas cartas.
5 foldam. Herói aumenta para $6. BTN aumenta para $18. 2 foldam Herói…?

Este é o range recomendado de open raise do cutoff do Upswing Lab para jogos ao vivo:



Range de raise padrão do cutoff do Upswing Lab (Vermelho = raise, Rosa = Raise opcional, Azul = Fold)

Neste exemplo, vamos assumir que o cutoff aumenta com todas as mãos opcionais.

Assumiremos que o button usa os ranges de 3-bet recomendados pelo Upswing Lab para jogos ao vivo:



Range padrão de button vs cutoff do Upswing Lab (Vermelho = 3-bet, Rosa – 3-Bet opcional, Laranja = 3-Bet ou Call, Verde = Call, Azul = Fold)

Vamos assumir que o button faz 3-bet apenas com as mãos vermelhas e laranjas.

O processo é bem similar com o que usamos na seção anterior. Primeiro vamos calcular os pot odds do Herói:

Pot odds = $12 (o quanto precisamos pagar) / $12 (nosso call) + $6 (nosso raise) = $18 (o 3-bet do nosso oponente) + $3 (blinds) – $5 (rake)
Pot Odds = $12 / $34 = 0.35 = 35% de equidade necessária.

Se não houvesse rake, o cálculo seria esse:

Pot Odds = $12 / $18 + $18 + $3
Pot Odds = $12 / $39 = 0.30 = 30% de equidade necessária.

Você pode ver que a diferneça de equidade aqui não é grande. Isso é porque o tamanho do rake é o mesmo ($5), mas o pote é maior. Na seção anterior $5 foram retirados do pote de $17 (29.4% do pote), mas $5 estão sendo retirados de $37 (13.5% do pote) neste caso.

Vejamos como deveria ser o range em cada caso (novamente, cortei as mãos incertas e que provavelmente não receberão equidade suficiente):


CONCLUSÃO

O rake no poker tem um grande impacto em como você deve jogar. Você precisa levá-lo em consideração e ajustar sua estratégia se quiser ganhar o máximo possível.

Se você joga online, pode repetir o processo acima para descobrir o impacto do rake nos seus jogos. Procure a estrutura de rake no site que você joga e faça as contas. Os ranges resultantes não serão tão conservadores quanto esses acima, mas aposto que você ficará surpreso quando ver o quanto o rake faz diferença online.

E se você joga ao vivo, agora entende o quanto o rake afeta seus ranges pré-flop.


Este artigo sobre rake no poker foi publicado originalmente no site Upswing Poker, onde Doug Polk, Ryan Fee e Parker Talbot dão cursos especializados nas várias modalidades de poker.

Fonte: MaisEV


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quinta-feira, 18 de junho de 2020

Raise Call Fold


Encurralado em uma Mão de Raise-Call-Fold




Decisões que fazem sentido na hora, mas…



por Roy Cooke


Existe uma escola de pensamento no limit hold’em que diz que se você não pode aumentar pré-flop, não deve jogar a mão. É a velha teoria do “se não puder dar raise, dê fold...”

Esse é um conceito fundamentalmente falho. Com muitas mãos é interessante ter vários oponentes: se você consegue cartas fortes, quanto maior o número de adversários, mais alta a probabilidade de ação. Pares pequenos ou médios, bem como cartas naipadas, se saem melhor com várias pessoas pagando as apostas – é por isso que elas geralmente são chamadas de “mãos de volume”.

Eu estava na posição under the gun em uma partida de limit hold’em de $30-$60, com um par de setes. É uma mão com a qual, a depender da textura da partida, é possível pagar, desistir ou aumentar.

São cartas com a quais eu dou call no tipo de jogo em que geralmente preciso conseguir acertar uma trinca para ganhar, cujas odds são de mais de 7-para-1. Pagar provoca mais pagamentos, e, entrando de limp, eu induzo jogadores a fazer isso. Dessa forma, aumento minhas chances de conseguir ação ao acertar a trinca. Muitos oponentes provavelmente pagarão pós-flop com mãos que não venceriam uma trinca, o que eleva o preço implícito de minhas cartas. Ao deixar de aumentar, também mantenho o preço inicial o mais baixo que puder. Um baixo custo no começo da rodada aumenta a chance de conseguir implied odds positivas. Em resumo: geralmente, quando você precisa trincar para vencer, é melhor ter vários oponentes e um baixo custo inicial.

Eu daria fold com 7-7 em uma partida tight com jogadores duros e agressivos. Não acho que valha a pena entrar de limp ou aumentar e depois encarar várias apostas pré-flop, fora de posição, contra oponentes traiçoeiros. As chances de tomar um raise, de não conseguir volume com cartas boas, e o fato de minhas decisões passarem a ser muito mais difíceis, com uma maior margem de erros, geram implied odds menores para minha mão.

Eu aumentaria com um par de setes ou maior se a partida tivesse poucos participantes – e também faria isso em diversas outras situações, se estivesse entre os últimos a falar. Mesas com menos jogadores pedem um grau maior de agressividade, e ter poucos oponentes aumenta ao valor de pares médios. Eu também subiria a aposta se tivesse uma imagem intimidadora na mesa e meus oponentes fossem daqueles que tendem a cometer o erro de jogar muito tight, desistindo quando deveriam ter pagado. Ao dar raise, quero que meus oponentes desistam, antes do flop, de mãos que contenham duas overcards ou, o que é melhor, um par maior (o que é bem menos provável). Eu ficaria feliz em levar os blinds, mas teria posição privilegiada, mesmo que eles pagassem. Embora a textura do jogo ou da situação que justifique um aumento com essa mão seja rara, ela tem aplicação.

A partida em que eu segurava os setes era tight-passive, quase sem raises pré-flop e com poucos jogadores. Como em muitas outras situações no poker, aquela não se enquadrava na categoria das decisões óbvias: em vez disso, conceitos precisavam ser misturados para que se chegasse à melhor decisão. Embora o jogo fosse tight, o que diminuía o volume de apostas, era também pouco provável que eu sofresse um raise. Tratava-se de uma partida na qual eu achava que realizava boas leituras, o que me fazia jogar mais loose do que em uma mesa na qual eu tivesse dificuldade em ler os jogadores e suas mãos. Minha imagem era tight, e eu não entrava no pote há várias rodadas. A decisão entre fold e call era apertada, então decidi entrar de limp, na esperança de conseguir ação e formar uma trinca, ou conseguir um flop favorável.

Às vezes o jogo, assim como a vida, simplesmente não coopera com seus planos. Um jogador depois de mim aumentou, outro oponente pagou, e um terceiro colocou mais uma aposta. Eu não estava em boa situação: tinha que decidir se pagava duas apostas adicionais, podendo me deparar com mais raises contra apenas três oponentes ou desistir com meus $30 iniciais no pote. Nenhuma escolha seria favorável, mas chamar os $60 parecia melhor do que abandonar os $30 no pote. Decidi pagar: entregar os $30 de bandeja é bem pior do que colocar $60 com uma chance – ainda que pequena – de acontecer algo melhor.

O pior enredo possível aconteceu. O oponente que tinha subido a aposta primeiro empurrou um reraise, e o que tinha dado o primeiro reraise chegou ao cap. Deixar $90 no pote seria horrível — então eu relutantemente coloquei os $60 adicionais em direção ao pote. Eu esperava o flop com um par de setes na mão, enfrentando três oponentes, após ter pagado cinco apostas! Ai!

Eu tinha certeza de que pelo menos dois de meus adversários tinham pares mais altos (um tinha A-A, o outro K-K), o que aumentava as chances de eles conseguirem trincas maiores. Era uma situação de EV (valor esperado) muito negativa, algo que me desagradava demais. Mesmo assim, cada decisão individual que tinha me levado até aquele ponto foi correta no momento em que foi tomada.

Apenas porque uma situação ruim se apresentou não significa dizer que as decisões tenham sido incorretas. As decisões no poker são baseadas em informações incompletas. Você nunca tem certeza absoluta de como seus oponentes irão agir – o máximo que se pode fazer são boas estimativas. Portanto, se você investiu mal seu dinheiro, pense a respeito de sua decisão sob a perspectiva do instante em que foi tomada. E, se ela fazia sentido, não se martirize pelo mau investimento.
Eu desisti no flop, descartei meus setes, e dei adeus aos meus $150.

Fonte: CardPlayer


domingo, 14 de junho de 2020

Relação de Dinheiro Grátis Ativos em Junho / 2020



Relação de Dinheiro Grátis

Ativos em Junho / 2020





 



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quinta-feira, 11 de junho de 2020

Jogando Overpair

3 Dicas para jogar um overpair de maneira matadora



por MunhozVs


Jogar um overpair pós flop aparentemente é uma tarefa simples, afinal de contas você tem um par acima do board e sua mão muitas vezes será boa o suficiente para continuar apostando não é mesmo?


Apesar da ideia de continuar apostando ser realmente boa, existem alguns ajustes que você pode e deve fazer para melhorar os seus ganhos quando estiver na frente e minimizar suas perdas quando seu overpair não for a melhor mão.

O objetivo deste artigo é te dar algumas dicas sobre como fazer isso, então vamos lá…


Definição de overpair

Segundo o nosso bom e velho dicionário do poker a definição de overpair é:

Um par na mão (pocket pair) mais alto do que a maior carta da mesa, ex: QQ em um flop 894.

Ou seja, é quando temos um par melhor do que os pares que nossos oponentes podem formar com as cartas da mesa.


Algumas probabilidades interessantes dos overpairs

Decidi incluir estas probabilidades aqui pois percebi que muita gente pesquisa sobre quais são as chances de um overpair vencer contra determinadas mãos:

Overpair vs set

overpair vs set: de 9 a 12% de chances para o overpair.


Fiz algumas simulações deste cenário no equilab e no geral as chances de um overpair ainda se recuperar quando nosso oponente acertar uma trinca (set) varia entre 9 a 12%.

Essas chances vão variar de acordo com o board já que se o seu overpair ainda tiver chances de fazer uma sequência ou flush elas vão melhorar.

Mas em boards onde seu par não tem outra chance de melhorar a não ser acertando uma trinca as chances serão essas que passei.

overpair vs underpar

overpair vs underpar: 81% de chances para o overpair.

Esta é uma situação onde somos muito favoritos com nosso overpair, já que as chances de vencer pré-flop em uma situação dessas é de cerca de 81% para o overpar contra cerca de 18 a 19% de chances do under pair, aqui é a famosa situação 80/20 que costumamos falar.

Já no flop as chances do underpar vencer são ainda menores de apenas 8,4% se o board não tiver mais nenhum draw disponível.


overpair vs flush draw

overpair vs flush draw com duas cartas baixas: 70% de chances para o overpair.


Aqui se nosso oponente tiver um flush draw com cartas abaixo do nosso overpair as chances de vencermos são de aproximadamente 70% contra cerca de 30% do nosso oponente.
overpair vs flush draw com duas cartas altas: 51% de chances para o overpair.

Agora se ele tiver um flush draw e também cartas acima do nosso par as coisas ficam mais complicadas já que temos aproximadamente 51% de chances de vencer contra cerca de 49% do nosso oponente, nos deixando em praticamente um coin flip.


overpair vs top pair

overpair vs top pair: 78% de chances para o overpair.


Quando nosso oponente acerta um top par ele tem a chance de evoluir para dois pares ou até mesmo uma trinca.

Nesse tipo de situação nosso overpair tem aproximadamente 78% de chances contra cerca de 22% do nosso oponente, nos deixando ainda sim bem favoritos em uma situação de praticamente 80/20

Estas são as principais situações e vale lembrar que estes valores que passei aqui são aproximados e podem variar um pouco de acordo com a textura do board em que a situação ocorrer.


3 DICAS PARA JOGAR UM OVERPAIR

Agora que ja destrinchamos as principais probabilidades que nossa mão tem contra nossos oponentes é hora de entrarmos em algumas dicas práticas para que você possa implementar e melhorar os seus resultados jogando um overpair, let’s go!

Dica #1 – Ajuste a força das suas apostas de acordo com a força do seu overpair

Como eu disse lá no começo do artigo, no geral a estratégia de seguir apostando quando temos um overpair em relação ao board é sempre uma boa ideia, mas como escolher o melhor tamanho de aposta?

Para definir isso precisamos levar em consideração alguns fatores, são eles:
Textura do board;

Primeiramente precisamos avaliar a situação do board, se for um board cheio de draws nós não queremos que nosso oponente pague um preço barato para ver a próxima carta, então devemos usar uma aposta maior.

Se for um board seco e sem muitas possibilidades de draw podemos apostar mais baixo para induzir nosso oponente a continuar com mãos mais fracas como segundo ou até mesmo terceiro par, afinal de contas agora já sabemos que se ele tiver acertado um par ainda somos cerca de 80% favoritos.

Quão forte é o nosso overpair;

Ja na questão de quão forte é nosso overpair, se tivermos por exemplo AA ou KK não existem muitas cartas que se baterem serão ruins para nós.

Isso quer dizer que podemos continuar apostando baixo para trazer nosso oponente para o jogo.

Já se por exemplo o board vier 7s 5h 2c e nós tivermos 88, nosso over pair será bem vulnerável afinal de contas nosso oponente pode estar segurando cartas acima do nosso par.



E as chances de bater uma carta alta no turn ou river são altas então temos que nos proteger e uma maneira de fazer isso é apostando um pouco mais alto.

Quais os tamanhos dos stacks envolvidos;

Outro ponto que devemos observar é o tamanho dos stacks que estão envolvidos na mão, se você ou o seu oponente está jogando short stack, não vamos precisar apostar muito alto para conseguir colocar todas as nossas fichas no pano nas proximas streets afinal estaremos jogando um pote com SPR baixo.

Mas se estivermos jogando com mais fichas então já temos que efetuar nossas apostas pensando em como conseguir colocar todas as fichas no pano no river caso o board não complique a nossa vida.

Isso envolve em pensar nos tamanhos de apostas para que o all-in no river seja um tamanho de aposta natural.


NOTA: Eu ainda vou escrever um artigo sobre o conceito de SPR aqui no blog, este é um conceito de jogo avançado, enquanto o artigo não é publicado caso queira conhecer mais sobre este e outros conceitos de jogo avançados sugiro conhecer o meu treinamento Poker Classe A.


Dica #2 – Só faça traps com seus overpares mais fortes.

Como eu falei seguir apostando com este tipo de mão é sempre uma boa ideia, mas em algumas situações nós vamos querer fazer uma famigerada armadilha (trap) para pegar o nosso oponente.


Fazer uma trap seria demonstrar fraqueza dando check no flop ou no turn para iludir nosso oponente e o fazer pagar uma aposta futura ou até mesmo começar a apostar por conta própria

Este tipo de jogada é especialmente boa em 3 situações:
- Quando estamos enfrentando oponentes agressivos;
- Quando alguém envolvido na mão esta short stack;
- Quando o nosso overpair é muito forte;

Em todas estas situações nós podemos nos dar ao luxo de dar um check para induzir nosso oponente ao erro.

Isso por que em todas elas ou ele vai começar a colocar fichas no pote por conta própria, ou não precisaremos de grandes apostas para colocar todas as fichas no pote, então aqui é o sweet spot para fazer este tipo de slow play.


Dica #3 – Tenha disciplina para saber desistir do seu overpair.

Nem só de vitórias vivem nossos overpares, algumas vezes eles não serão a melhor mão e é nessas horas que teremos que ter a humildade de reconhecer que podemos estar perdendo e fazer aquele fold da disciplina, mas quais são estes momentos?


Bem não é nada fácil identificar uma situação onde podemos estar perdendo com o nosso overpair especialmente se nosso oponente jogar bem.

Mas existem sim algumas situações onde da pra acreditar que podemos estar perdendo, as duas principais são:

Quando enfrentamos um check/raise no turn contra nosso segundo barril.

Se você deu raise pré-flop, apostou o flop e foi pago, apostou o turn e enfrentou um raise esta é uma das situações mas claras onde o nosso overpar provavelmente já não é a melhor mão, especialmente nos micro e low limits.


Isso por que no geral jogadores nestes limites tendem a ser bem honestos com a forma como jogam suas mãos, e tendem a jogar bem passivamente, então se você enfrentar um raise nesse tipo de cenário pode ter certeza que 90% das vezes você vai estar derrotado.


A mensagem que o seu oponente vai estar passando com este raise é do tipo “tenho uma mão forte estou disposto a jogar por todas as minhas fichas”.

Nessas horas o melhor que podemos fazer é desistir a não ser que tenhamos alguma informação adicional sobre o nosso oponente que possa nos fazer querer continuar.

Quando estamos recebendo muita ação em um pote multi-way.

Se você esta jogando um pote com 2 ou mais oponentes e depois do flop ele continuaram contra a sua aposta esteja preparado para se desfazer do seu overpair.

Especialmente em boards molhados, isso por que as chances de eles terem acertado uma mão melhor do que a sua serão consideravelmente altas já que ambos continuaram na mão após uma ação agressiva da sua parte.

Então nessas situações se você estiver jogando em posição no turn é bom considerar controlar o pote dando check.

Se depois de dar check no turn, o river nenhum deles apostar existe uma boa chance do seu overpair ainda ser a melhor mão então da até pra considerar apostar por valor no river.

Agora se depois que você der check algum deles apostar e houver um call ou um raise, ai meu amigo é a hora de saber clicar no botão de fold e deixar o seu par partir (momento trocadilho infame rsrs).


Conclusão:

Espero que este artigo tenha te dado mais clareza sobre como se comportar com seus over pares daqui pra frente.

Assim como tudo no poker não existe uma fórmula pronta para jogar overpair, mas existem sim situações comuns onde nós podemos definir estratégias base para seguir e ajusta-las de acordo com o decorrer da mão, e é isso que eu quero que este artigo seja pra você.


Se você curtiu a leitura, gostaria de pedir que considere compartilhar este artigo com algum dos seus amigos que joga poker, isso vai ajudar ele a evoluir no jogo e vai ajudar a me motivar a seguir escrevendo mais conteúdos como este.


E se quiser comentar o que achou do texto fica a vontade, o campo de comentários é todo seu!

Um forte abraço e GL nas mesas.




domingo, 7 de junho de 2020

Flops com Overpairs


Check em flops com overpairs: quando fazer?



por Alex Sal


Você olha para suas cartas e vê lindas Q♦ Q♥.

Você faz o raise preflop e dois jogadores fazem o call. Se o flop trouxer undercards, você ainda tem seu overpair. Quando você pensa em usar suas fichas, você lembra deste artigo. O que foi dito em situações deste tipo?

Você está prestes a saber quando é conveniente dar check no flop com um overpair para poder ganhar o máximo. Este artigo vai abordar três situações:
- Multiway
- Fora de posição contra um tight caller
- Flops desfavoráveis em posição contra o big blind

Vamos lá!


Situação #1: Multiway

Digamos que você aumenta preflop com Q♦ Q♥ e dois jogadores fazem o call, um deles no botão e o outro no big blind.

O flop revela T♥ 9♦ 5♠.

Você deve considerar seriamente fazer o check neste cenário, salvo se estiver jogando contra um jogador recreativo que possa cometer um erro frente a uma aposta.

Os motivos deste check são bastante complexos:

Tem muito a ver com o fato de que a equidade é dividida por 3 jogadores. Isto significa que sua mão na verdade tem muito menos valor do que se você estivesse enfrentando apenas um jogador.

Além disto, o encargo da defesa recai sobre dois jogadores, o que significa que nenhum deles é forçado a fazer o call com um range maior de mãos contra seu c-bet.Ou seja, vão fazer o call com mãos que perdem para seu par de damas com menor frequência caso estivessem em um pote heads-up.

Um último fator importante é o fato de que como você está enfrentando dois jogadores, a probabilidade de estar enfrentando uma mão mais forte aumenta muito.

Quando consideramos estes motivos em conjunto, a decisão entre fazer o bet e o call fica bem mais aproximada do que pode parecer num primeiro momento.

Ao inserir os detalhes desta mão em uma ferramenta moderna de resolução de situações de mãos envolvendo 3 jogadores, ou solver, podemos observar que o solver opta por dar o check em 100% das vezes (amarelo = check):



O solver também calculou que o expected value (EV) ao fazer o check é 0,1bb maior que se você optar por um bet de 60% do pote (você pode saber o EV das duas opções no lado direito, no meio da imagem).

Qual é o Plano Depois do Check?

Esta parte é complicada pois depende de vários fatores, incluindo:
- O range exato dos oponentes.
- Se o botão vai apostar.
- Se o big blind vai fazer o call da aposta.
- Textura da mesa.

De qualquer forma, na maioria das vezes você deve optar pelo check-call, procedendo com cautela com base nos fatores acima. Leia também: o segredo para jogar potes multiway pré-flop.

Situação #2: Fora de posição contra um range restrito de cold-call

Esta situação é jogada de forma errada até mesmo pelos melhores jogadores de poker. Por exemplo, você aumenta em middle position com A♦ A♣ e um regular faz o call no botão. O flop traz J♥ 5♠ 3♣.

Nesta situação, 99% dos jogadores irão colocar fichas no pote imediatamente, entretanto os solvers indicam que isto pode ser um pequeno erro. Não me entenda mal, apostar aqui não é -EV em qualquer situação imaginável, mas nem sempre é a melhor opção em termos de expected value.

Há um fator negativo em apostar: mesmo que seu range tenha mais overpairs que o range dos seu oponente, em geral o seu range continua sendo mais fraco que o dele. O range do seu oponente é bastante restrito/condensado e, portanto, sets representam uma parte considerável deste range.

Isto significa que se você adotar uma linha mais direta (apostar suas mãos e draws fortes, enquanto faz o check com a parte mais mediana do seu range), seu oponente terá a oportunidade de começar a fazer raise na sua c-bet de forma mais agressiva. Isto te obriga a tomar decisões que envolvem todas as suas fichas com uma frequência mais alta, e contra-atacar não vai ser fácil.

Obviamente isto tudo é teoria e apenas aconteceria ao jogar contra jogadores de alto calibre que estão cientes destes recursos. Isto dito, mesmo dando o check, você pode explorar a agressão excessiva de seu oponente frente à sua ação. Vamos falar sobre isto na próxima seção.

Qual é o Plano Após o Check?

Desta vez a situação não é tão complicada porque você está jogando contra apenas um oponente.

Geralmente você vai adotar a linha de check–raise com seus overpairs, salvo se o board tiver pelo menos a possibilidade de um straight, caso em que você pode optar pelo check–call.

Você vai perceber que a maioria dos oponentes jogarão de forma bastante agressiva contra o seu check, tentando representar uma mão forte, e que desistirão com bastante frequência no river.

Situação #3: Flop Ruim em Posição Contra o Big Blind

Flop ruim, neste sentido, é um board conectado, como 9♠ 7♠ 5♥, T♠ 9♦ 8♥ ou 7♣ 5♥ 4♦.

Estes boards favorecem muito o range do big blind, que terá mais straights e dois pares que você. Em um flop com 9-7-5, por exemplo, o PioSolver opta pelo check com uma grande frequência com overpairs (middle position vs big blind):



Perceba como os overpairs mais altos indicam o check com maior frequência que overpairs mais baixos. O check com AA é mais frequente que com KK, que é mais frequente que o check com QQ, que é mais frequente que JJ e TT.

Estas frequências de check são proporcionadas pela vulnerabilidade de cada uma das mãos. Não há outra carta que possa vir no turn e fazer com que AA seja menos que um overpair, então você pode facilmente dar o check e deixar a outra carta vir.

Por outro lado, existem 4 cartas que podem fazer com que KK seja inferior a um overpair, e 8 cartas que podem fazer com que QQ seja inferior a um overpair, portanto estas mãos devem apostar com maior frequência que AA. Entretanto, estas mãos devem optar pelo check, por serem capazes de manter muito bem a sua força.

Se você estiver jogando contra um oponente observador e habilidoso, apostar com overpair nestes boards conectados pode ser um verdadeiro inferno. Se você não optar pelo check em várias destas situações, seu oponente pode ser brutal, aumentando sua agressividade contra suas apostas e seus checks.

Ele pode jogar de forma mais agressiva pelos menos motivos explicados na situação #2: ele terá mais mãos nuts (dois pares ou melhor) ao comparar o range dele e o seu.

Qual é o Plano Depois do Check?

Optar pelo check simplifica sua vida.

Você vai fazer o call de um probe bet em cada turn, mesmo se houver quatro cartas seguidas no board (mas geralmente opte pelo fold no river nestes casos). Se o turn não trouxer uma quarta carta seguida, você deve sempre optar pelo call no river, salvo se o river trouxer uma quarta carta seguida.

Bem direto no ponto, certo?

Considerações Finais

Optar por checks com overpairs nestas situações lhe darão uma maior confiança (já que você tem mãos fortes no seu range em casos em que não as teria). Além disto, estes checks farão com que o restante da mão seja bem mais fácil de jogar.

É isto por ora! Espero que tenha gostado deste artigo. Eu gostei muito de escrevê-lo! Se tiver dúvidas ou sugestões, deixe um comentário logo abaixo.

Traduzido da UpSwing Poker

Fonte: ROYALpag



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quinta-feira, 4 de junho de 2020

Mini Boom do Poker OnLine


APROVEITE ENQUANTO É TEMPO: DADOS INDICAM FIM DO MINI BOOM DO POKER ONLINE, ENTENDA



MERCADOS EUROPEUS PERDEM TRAÇÃO COM O RELAXAMENTO DE MEDIDAS DE ISOLAMENTO SOCIAL E MERCADO GLOBAL JÁ ESTÁ SENDO IMPACTADO. VEJA OS GRÁFICOS E NÚMEROS



por Alex Faccini





A música está parando de tocar.

A surreal situação criada pelo surgimento do coronavírus e as quarentenas impostas a fim de controlar o avanço da epidemia tiveram um lado positivo para o poker online, com as salas registrando o maior número de jogadores nos últimos cinco anos, criando o que se convencionou chamar de mini boom do poker online. Porém, a festa parece estar perto do fim.

Os dados são da GameIntel, que mostra que os mercados da França, Espanha e Itália já registram quedas e se aproximam do número de jogadores de antes da epidemia.

Embora as salas tenham registrado um crescimento de 275% se comparado ao período pré-coronavírus, atualmente os sites contam com apenas cerca de 50% do pico de jogadores. França Espanha e Itália adotaram duras medidas restritivas ainda em março, e agora começam a relaxar várias regras em busca do retorno à vida normal.




Tráfegos do mercado segregado da Europa (amarelo) e italiano (verde).


O mercado global também já está sendo impactado mas a boa notícia, em termos de poker, é que o platô tende a ser mais longo. Quão mais longo não se sabe.

O gráfico abaixo mostra o crescimento em porcentagem do mercado global (em azul), americano (vermelho) e europeu (amarelo), todos apresentando queda.




Já o gráfico abaixo mostra o fluxo de jogadores em mesas de cash games no mercado global.




Outra forte evidência da desaceleração são os números do PokerStars. Em março, a sala da espada vermelha apresentava uma média de 6.700 jogadores presentes nas mesas de cash games, número que disparou para 15.000 em abril. Agora, são cerca de 11.000 usuários nas mesas a dinheiro real (veja imagem abaixo).

Relatório contábil divulgado pelo PokerStars também aponta a tendência, com a sala buscando investimento dos acionistas a fim de reter os novos jogadores.

“Com o cancelamento das restrições… o crescimento anual [da receita do poker e do jogo] começou a moderar, e antecipamos que esta tendência irá se acelerar à medida que mais economias se abrirem”, diz trecho do relatório.




Ainda que o mercado global esteja cerca de 70% maior do que há três meses, já perdeu parte expressiva do volume de usuários conquistados no auge do isolamento social.
O QUE ESPERAR

Como a situação imposta pelo coronavírus é nova, é difícil fazer qualquer tipo de previsão. Entretanto, os gráficos deixam claro que o pico já passou e uma das dúvidas é até quando a ainda expressiva presença de amadores e recreativos irá.

O que se pode prever com algum grau de certeza é o enxugamento das “coronaseries”. Com o maior número de economias se abrindo, mais improvável será a ocorrência em massa de torneios especiais com garantidos milionários. Séries estendidas, algo novo e devido apenas à singular situação, farão parte do passado. Algumas salas, porém, podem adotar uma postura mais agressiva. O PokerStars anunciou o lançamento da Summer Series, e o partypoker deve realizar em julho outra grande série. Mesmo assim, os prêmios não chegarão próximos ao período de pico.

Já em termos de promoções, os sites devem oferecer vantagens aos jogadores que conheceram ou retornaram ao poker online durante as quarentenas como tentativa de reter esse tipo de cliente. Regulares e profissionais, por sua vez, não devem ver grandes novidades.

A grande dúvida é como ficará o cenário quando a epidemia passar, se o poker online irá aproveitar a onda e apresentar crescimento, ou se os números voltarão ao período pré-pandemia.

De qualquer forma, é hora de aproveitar enquanto há cerveja no bar e já ir se preparando para chamar o uber.

Fonte: MaisEV


segunda-feira, 1 de junho de 2020