sábado, 21 de março de 2020

Donald Trump e o Japonês


A história do gambler japonês que quase quebrou a banca de Donald Trump




Por Felipe De Queiroz


O planeta amanheceu estupefato em 12 de fevereiro de 1990. Na noite anterior, Mike Tyson -US-, o astro do boxe caia pela primeira vez na carreira, derrotado, em Tóquio , pela primeira vez na carreira pelo desconhecido Buster Douglas , por nocaute, no 10º assalto.

Tyson, favorito com odds de 50 para 1, caiu perante os olhos do mundo e diante dos grandes figurões do mercado do boxe e das apostas; entre eles, Donald Trump, dono do Trump Plaza Hotel and Casino, em Atlantic City , e conselheiro de Tyson.

Trump – que investia no boxe e em Tyson desde 1984 – não vivia bom momento em seus negócios e estava no Japão tentando promover seu cassino junto à imagem de Tyson. Foi lá que ele conheceu o homem que quase arruinou sua vida.


Um homem perigoso (para os cassinos)







Em uma das reuniões promocionais da luta, a atual presidente americano encontrou uma figura um pouco tímida a quem pediu uma fotografia que lhe foi negada: era o milionário japonês chamado Akio Kashiwagi , que semanas mais tarde chegou perto de fazer evaporar os negócios de Trump.

Akio já era famoso por ser uma das grandes “baleias” Las Vegas; ou seja, um daqueles ‘gamblers’ que capazes de apostar milhões e milhões de dólares em pouco tempo. Um sonho de consumo dos cassinos; um cliente que deve render muito dinheiro, mas pode até quebrar sua banca.

Sabendo de quem se tratava, Trump se aproximou de Akio e lhe convidou para jogar em seu cassino, em Nova Jersey.

Gambler fanático, o japonês – que tinha predileção pelo jogo de baccarat e costumava apostar de US$ 100 k a US$ 200 k por mão – aceitou o convite para jogar nas mesas de Trump.

“Tenha cuidado com esse homem. Ele já levou muitos cassinos à ruína”. Assim aconselharam os assessores de empresário americano. Trump não se preocupou com isso e viu as coisas pelo lado promissor, imaginando quanto dinheiro ele poderia despejar nos caixas de seu cassino.

O convidado se hospedou no Trump Plaza Casino, e, a partir do terceiro dia, entrou em ação.

Acompanhado de seguranças, o japonês, demonstrando grande talento, arrancou rapidamente e colocou em risco a banca de Trump. «Ele estava sentado ao lado, assistindo um dos melhores jogadores do mundo jogando contra mim por 250k por mão, 17 vezes por hora», disse Trump anos depois.

Após pouco tempo Akio ficou 4 milhões de dólares acima; vantagem que chegou a US$ 6 milhões passados dois dias.

Trump estava golpeado, mas não derrotado. A única maneira de recuperar o dinheiro era fazer o japonês voltar a jogar, para que mais cedo ou mais tarde as chances a favor da casa se tornassem reais.

Donald conseguiu trazê-lo de volta, com um plano que lhe fora recomendado por um matemático. Trump convencou Kashiwagi a levar US $ 12 milhões e jogar até perder tudo ou dobrar.

O japonês aceitou os termos. Trump estava confiante a ter ver o ficar 9 milhões acima. Mais três e Trump poderia ter a banca de seu cassino quebrada.

O atual presidente dos Estados Unidos quis parar, mas seus assessores lhe disseram para seguir em frente. O jogo seguiu por mais cinco dias e a casa começou a se recuperar. Ao final, o cassino venceu, mas foi por muito pouco. Akio ficou 10 milhões negativos.

O grande duelo entre Trump e seu rival japonês ficou marcado na história dos cassinos. Depois, os dois seguiram caminhos diferentes. O americano todos sabem como terminou, já Akio teve um final trágico.

Dois anos depois, em 1992, Akio foi assassinado dentro de sua casa. A motivação do crime não foi esclarecida. Rumores, porém, deram conta que a execução fora a manda da máfia japonesa, a Yakuza, por causa de dívidas de jogo.

Fonte: Codigo Poker


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