sábado, 13 de setembro de 2014

Entre o Volei e o Poker



Vida paralela no pôquer rende mais dinheiro a líbero alemão do que o vôlei

O alemão Ferdinand Tille, 25 anos, é um daqueles esportistas prevenidos que já se preparam para não depender exclusivamente de uma única coisa que sabe fazer para ganhar a vida. E se as diferentes frentes ainda despertam prazer pelo que faz além do dinheiro, melhor ainda.

O líbero da seleção nacional de vôlei de seu país, eleito o melhor do Mundial de 2010, concilia sua carreira profissional no esporte com os estudos de relações internacionais e está a dois anos de tirar o diploma. Mas não é essa a atividade que ajuda em seu ganha pão, e sim as cartas com o tradicional jogo de pôquer.

Tille, que atua no time alemão Generali Haching, joga torneios profissionais quando tem tempo e já passou por mesas em seu país, França e Áustria. Só não se dedica mais às competições in loco por conta dos compromissos com seu clube e seleção. A solução é então é usar o tempo que tem em casa para participar de torneios de pôquer pela internet. 

Ele não revela os valores, mas diz que sua vida paralela no pôquer enche mais o bolso do que como profissional nas quadras. "Eu perco um tempo com isso, mas ganho mais dinheiro com o pôquer do que com o vôlei. É uma ótima experiência para um cara jovem, e se você consegue ganhar algum dinheiro, melhor. Ganho mais com pôquer (do que com vôlei). É ótimo poder ter essa renda extra com as cartas, mas a minha paixão é o vôlei", avisa. "Não vou tão mal assim (nos torneios que joga). Mas não posso falar quanto ganhei", prossegue, sorridente.


O líbero da equipe alemã ressalta que o vôlei é a prioridade e só tenta adaptar seu tempo para a vida no baralho. Lamenta apenas que a rotina como atleta profissional de clube e seleção não permita competir de igual para igual com quem se dedica apenas às cartas. Sempre que tenta, procura se aperfeiçoar no pôquer. Mas é complicado.

"Faço o mesmo que muitos, eu leio vários livros, assisto a vários vídeos na internet. Eu trabalho duro nisso e é algo que tem que ficar sempre aprimorando. Tem pessoas que conseguem se dedicar 24 horas só ao pôquer e ao estudo dele. É mais difícil pra mim isso", explicou. "Neste momento está difícil de jogar, porque estou com foco no Mundial", continuou.

O camisa 12 e titular da seleção alemã de vôlei contou que procura dedicar suas manhãs ao computador e que joga contra muitos brasileiros. E que assim quando encerrar a carreira nas quadras vai atrás de um sonho: sentir a adrenalina de participar de uma mesa em um cassino da cidade mais conhecida do mundo para este tipo de jogo.

"É claro que para qualquer jogador de pôquer é um grande sonho poder estar nos Estados Unidos para jogar em Las Vegas. O problema é agora que não tenho tempo. Todo verão tenho que me juntar à seleção alemã, é difícil. Mas certamente quando eu parar de jogar vôlei irei a Las Vegas

A seleção alemã se classificou para a segunda fase do Mundial de vôlei na segunda colocação do Grupo B e perdeu apenas para o Brasil. Bateu Cuba, Finlândia, Coreia do Sul e Tunísia e agora duelará na próxima etapa com Rússia, Bulgária, Canadá e China.

Fonte: Esporte UOL

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