terça-feira, 17 de setembro de 2013

Larissa Metran

Larissa Metran - jogadora goiana pôquer (Foto: Hugo Dourado)

Goiana de 25 anos é considerada
a melhor jogadora de Poker do Brasil


Por Vitor Santana - GloboEsporte.com

Engana-se quem acredita que o pôquer seja um jogo de azar e que a sorte seja o principal fator para determinar o vencedor. A modalidade é reconhecida pelo Ministério dos Esportes e qualificada como um jogo da mente, assim como o xadrez.

E quem tem se destacado no cenário nacional das cartas é a goiana Larissa Metran, de 25 anos, uma das fundadoras do Steal Team, o maior time de pôquer do país.
A jogadora atua profissionalmente há apenas três anos e é considerada pelos sites especializados como a melhor do Brasil. Já disputou três mesas finais em etapas do Brazilian Series of Poker (BSOP), Campeonato Brasileiro da modalidade, além de um torneio latino americano e duas vezes o Mundial. Em uma das etapas nacionais disputadas em Goiânia, Larissa foi campeã, faturando R$ 24 mil. Sua maior premiação foi em um torneio online: 21 mil dólares.
 
- Comecei jogando online com dinheiro fictício, depois passei para apostas pequenas, como três e dez centavos, até atingir mesas maiores - diz Larissa, relatando sua trajetória até os principais campeonatos do mundo.

Formada em Direito, a goiana atuou na advocacia por apenas nove meses, durante um estágio enquanto estava na faculdade. Habilidades fundamentais ao pôquer, como concentração, probabilidades matemáticas e interpretação das reações e jogadas dos adversários chamaram a atenção da jovem.


- Não me identificava com o curso. Depois que me formei e fiz o que meus pais queriam, decidi me dedicar totalmente ao pôquer - conta Larissa.
- Alguns jogadores usam óculos escuros e colocam a gola da camiseta na altura da boca, para ninguém ver sua reação ou as batidas do coração, caso esteja muito nervoso - destaca. Para os profissionais, essas pequenas observações podem revelar se o adversário está blefando ou se realmente possui um bom jogo em sua mão.

Para desenvolver as habilidades necessárias, Larissa chega a jogar online durante 14h por dia, disputando até 24 partidas simultaneamente.

Com os companheiros do Steal Team, a goiana estuda novas linhas de raciocínio e mudanças de estratégias.
O constante aprimoramento é fundamental para que a goiana fuja da perseguição masculina nas mesas.


Apenas 5% dos jogadores de pôquer são do sexo feminino, o que as torna um alvo nos torneios.

- Os homens não gostam de perder para uma mulher, ficam muito envergonhados. Em toda mesa que eu entro parece que estão me caçando só para me tirar da disputa. Isso, às vezes, pesa contra mim - relata a jovem.

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